quarta-feira, 3 de setembro de 2014




OBSESSÃO POR ELÍTRIOS


O espírito, traumatizado pelo ódio, vai se deformando e concentrando, a ponto de ficar com o tamanho aproximado de uma cabeça de mico, onde predominam os olhos grandes, e com os braços e pernas atrofiados e colados ao corpo.

Em nossa Doutrina denominamos esses espíritos de elítrios.

Na fixação de seu ódio, ele permanece nos planos invisíveis, aguardando a oportunidade de vingança, e assim pode ficar até por milênios. Chegado o momento do reajuste, do acerto de contas com o espírito que o levou a essa condição, ele vem para o plano físico e começa a exercer sua ação de reajuste. Na maioria das vezes, nasce com o espírito de quem vai cobrar a dívida. Enquanto o recém nascido vai se formando como ser humano, ele permanece incubado, dormente. Assim que as condições físicas da vítima se apresentam favoráveis, ele começa a absorver as energias vitais.

Cada caso aparece com características próprias da situação em que a dívida se formou. Esse mecanismo é obscuro e de difícil penetração. Sua presença é verificada, no trabalho mediúnico, nos casos de doenças rebeldes e tratamentos médicos, principalmente as consideradas incuráveis.

A doença causada pelos elítrios pode estar situada em qualquer parte do corpo. Também, pode ser verificada a presença de mais de um elítrio no mesmo paciente.

A forma sutil de sua atuação faz com que, a princípio, os sintomas sejam imperceptíveis. O elítrio vai firmando seus tentáculos e, quando chega o momento, começa a sucção. A partir daí, os sintomas são alarmantes, e o paciente é levado ao médico, já sem recursos.

A aderência de um elítrio tanto pode ser em termos musculares como em centros nervosos e medulares. Sua ação, entretanto, se faz sentir em todo o organismo, pois absorve as energias sutis do paciente.

O câncer, em algumas das modalidades que se apresenta, tem essa característica. Muitas doenças, consideradas curáveis pela Medicina, não são resolvidas quando o paciente tem elítrios. Só o Mediunismo pode detectá-los e atingi-los.

Geralmente, o elítrio já vem na bagagem do espírito quando encarna.

Um espírito leva muito tempo para se tornar um elítrio. Só algo terrível, em termos de crueldade humana, pode provocar essa situação. O espírito desencarna sob torturas físicas ou morais, e seu ódio se concentra numa ou mais pessoas que causaram sua desdita. Uma vez no plano invisível, sem a alimentação relacional que poderia fazê-lo esquecer, ele vai deformando seu corpo etérico, num processo inverso do feto humano.

Todo espírito, ao desencarnar, leva consigo sua alma e a reveste de um novo corpo, no plano invisível. No princípio, este corpo é semelhante ao que deixou no plano físico. Ele tem as mesmas características, os mesmos hábitos, usa as mesmas roupas, os mesmos óculos, etc. Esse corpo e esses hábitos vão, a partir do desencarne, se modificando, de acordo com rumos que o espírito toma, com a síntese mental que forma da existência que acaba de deixar. Se essa síntese é o ódio caracterizado num agrupamento de fatos, ele se torna um elítrio.

Atingida essa condição, ele permanece hibernando, até que chegue o momento de retomar o caminho. Isso pode durar anos, séculos ou milênios, contados em termos da Terra.

Assim que o espírito ofensor atinge o grau de evolução suficiente, às vezes através de várias encarnações, para ter condições de suportar a cobrança, ele programa a encarnação em que vai pagar a dívida para com os elítrios que ajudou a formar.

O espírito, geralmente, encarna no ventre materno, quando o corpo gerado atinge o terceiro mês. Nessa altura, ele é colocado nesse corpo e se torna um ser humano que irá nascer, provavelmente, daí a seis meses.

Junto com esse espírito, os responsáveis por essa encarnação colocam, também, os elítrios. A posição desses espíritos, em relação ao organismo que vai se formando, obedece a razões acima do nosso conhecimento. De um modo geral, sabemos que, na qualidade de futura doença, eles se preparam para causar ao paciente dores semelhantes àquelas que lhes foram causadas no início do drama.

O processo de descongelamento do elítrio vai se fazendo de acordo com as etapas de crescimento do ser cobrado. Eles tanto podem causar um mal congênito, como permanecer dormentes e aparecer, subitamente, em idade avançada. Cada caso é um caso específico e, dificilmente, aparecem dois casos iguais.

Qualquer doença pode ter sua origem num elítrio, porém nem todas são causadas por eles. A de maior incidência, com essa origem, é o câncer, em algumas de suas modalidades. Por essa razão é que existem doenças que são curáveis em uns indivíduos e incuráveis em outros. E, por essa razão, indivíduos portadores da mesma doença, uns são curados no Mediunismo, e outros não. A cura mediúnica é possível quando se trata de obsessão, quer dizer, doença causada por uma dívida espiritual e o paciente apresente condições que permitam arranjos na contabilidade sideral.


O indivíduo pode ter um ou mais elítrios, e certos elítrios podem causar efeitos em mais de uma pessoa de intimidade, como o caso de marido e mulher, mãe e filho, etc.

A presença de um elítrio já é suficiente para gerar uma obsessão. Porém nem todos estão ativos. E o comportamento do indivído pode inclusive evitar sua “ativação”.

O indivíduo pode ter um ou mais elítrios, e certos elítrios podem causar efeitos em mais de uma pessoa de intimidade, como o caso de marido e mulher, mãe e filho, etc.



Espíritos Desencarnados

A obsessão por espíritos desencarnados é a mais comum. O espírito encarna, e traz programada uma série de reajustes com outros espíritos desencarnados. A maioria desses reajustes se faz na vida quotidiana do indivíduo, nas mil e uma maneiras que a vida diária proporciona. Os espíritos cobradores se aproximam da área invisível da pessoa, e provocam situações embaraçosas.

Com isso, provocam a dor, e esta libera as energias de que eles se acham credores. Satisfeitos e vingados, eles se afastam. Assim são nossos aborrecimentos e nossos desastres quotidianos. Sempre tem alguém se aproveitando de nossas amarguras e se libertando de nosso espírito.

Essa energia sutil, da qual os espíritos são ávidos, é produzida de duas maneiras básicas: pela dor ou pelo trabalho espiritual, considerando trabalho espiritual toda atitude humana condizente com os princípios Crísticos. A forma mais lucrativa do trabalho espiritual é a mediúnica.

A obsessão começa a existir quando as condições de cobrança são desequilibradas. Ou o espírito cobrado não tem dor suficiente intensa para satisfazer o cobrador vingativo, ou não consegue outra forma da produção da energia necessária para satisfazê-lo.

Nesse caso, o obsessor toma conta da personalidade, na proporção em que consegue romper suas resistências, e a pessoa entra em desequilíbrio. Esse fenômeno pode durar de apenas alguns minutos até uma existência. Até certo ponto de sua duração, a intervenção é possível, no mecanismo da Lei do Perdão e do Amor Crístico. Ultrapassado esse ponto, o indivíduo se torna um esquizofrênico ou um louco total, e acaba por desencarnar nessas condições. O que se passa depois está fora do domínio humano. Salve Deus!

Observem que a obsessão ocorre sempre quando o espírito obsessor consegue nivelar o padrão do obsediado ao que ele mantém! Consciente ou inconscientemente, na maioria das vezes, somos nós que permitimos a obsessão! Baixamos nosso padrão vibracional, nos entregamos a pensamentos negativos insuflados pelo obsessor e formamos uma “corrente”, uma linha direta que permite até mesmo que atuemos como marionetes nas mãos de um manipulador.

Determinadas atitudes, impulsionadas pela obsessão de um espírito desencarnado, podem nos levar a tragédia moral, social, financeira e até mesmo física.

Obsessões sexuais podem fazer perder até mesmo bons missionários.

Obsessões pelo poder destroem os líderes natos e os transformam em tiranos, seja em pequenas e grandes empresas, na política ou mesmo em congregações religiosas.

Obsessões materiais fazem com que o dinheiro seja visto até hoje como algo “sujo”.

A obsessão é sempre negativa e traz prejuízo a todos os envolvidos. Não importa se é uma obsessão romântica ou cheia de ideais, e nem mesmo se está ligada a nossa religiosidade... Assim nascem crimes passionais e também os fanáticos.

Após “permitida” a obsessão, somente com auxílio espiritual ela poderá ser curada! Esta cura deverá processar-se para todos os envolvidos, para o ser encarnado, e para o ser, ou seres, desencarnados, que estejam atuantes.

É importante saber que o ajuste de uma situação obsessiva não consiste, apenas, em afastar o obsessor. A intervenção indevida só transfere o problema para situações futuras, provavelmente piores. É necessário dar, ao obsidiado, condições de pagamento de suas dívidas e proporcionar, com isso, a libertação de ambos – obsidiado e obsessor.



Diz-se que uma pessoa é obsidiada quando tem uma idéia fixa, ama ou odeia descontroladamente alguém ou algo, e é assediada por essa idéia, pessoa ou coisa. Isso, na linguagem comum, é uma obsessão, um defeito da personalidade, uma anormalidade de comportamento. Caracterizadas, no indivíduo, sob a forma de vícios, hábitos estranhos, marginalização social, revoltas, etc., são resultantes do conflito natural da gama vibratória psicofísica, e, até certo ponto, faz parte da vida normal.

Sob o olhar espiritual a obsessão adquire outra dimensão... Entendemos que nas obsessões existem sempre influências espirituais e só assim consideramos quando a pessoa perde sua liberdade, total ou parcialmente, por meio destas influências.

O espírito, ao encarnar, ocupa um corpo físico, submisso à matéria deste plano denso. Este corpo é comandado por sua personalidade (alma, mente), influenciada diretamente pelo meio em que convive e que auxiliou na formação desta mesma personalidade transitória.

O espírito, sua Individualidade, que agrega todas as suas personalidades (almas) de encarnações passadas, é regido por leis de outra dimensão, de aspecto transcendental. Ao encarnar, igualmente está regido pelas leis físicas da matéria, e pelo meio social em que está inserido.

Analisando assim encontramos um “cabo-de-guerra” entre as obrigações transcendentais do espírito encarnado e seus desejos “da alma” (provenientes da personalidade construída nesta encarnação específica).

A luta entre os dois – personalidade e espírito – cada qual procurando atender às demandas de seu ambiente, forma a eterna dualidade que se reproduz em todos os homens. À personalidade repugna qualquer interferência e, para isso, dispõe do seu mecanismo de defesa. O espírito, a fim de atender aos compromissos anteriores, liga-se e permite que outros espíritos interfiram na vida da pessoa. Para o espírito, o corpo tem, apenas, uma utilidade transitória: o período necessário para atingir os fins a que ele se propõe. É apenas um meio, um veículo. O corpo pode se desagregar, e acabará por desaparecer. O espírito permanece, neste ou em outros planos.

Nessa perspectiva ampla, a obsessão é um fenômeno próprio da vida neste planeta, onde o espírito encontra condições de equacionar seus problemas, criados por ele, em tempos diferentes, em encarnações diversas.

A personalidade, regida por leis relativamente estáveis, procura a tranqüilidade, a satisfação de suas necessidades básicas e o melhor aproveitamento do ambiente. O espírito, regido por leis mais dinâmicas, com outro conceito de tempo, procura o conflito, o ajuste de contas e a cobrança ou o pagamento de seus débitos.

A ligação de um espírito com outro, qualquer que seja a sua natureza, produz alterações no meio psicofísico, na forma de ação da personalidade. Quando essas ligações são de caráter negativo, produzem-se as obsessões.

Existem mais obsessões do que se considera habitualmente como tal, por se notar esse fenômeno apenas quando se manifesta em termos de convulsões, manifestações de loucura ou ações criminosas.

Sob esta ótica espiritual passaremos a estudar cada caso obsessivo separadamente, nos complementos desta série.

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