Milhares de médiuns se
posicionam para dar início ao Coroamento. Sem qualquer stress ou
reivindicações de posto, lentamente a desordem do começo da fila vai tomando
forma. Em poucos minutos forma-se um cortejo que, olhado do alto, parece uma
enorme cauda felina... de jaguar!
A chegada aos esquifes
mergulhada no silêncio interior de cada Individualidade dá o necessário tom
solene do sublime momento que se aproxima.
As mãos são unidas, o
mantra da Iniciação é emitido, e Indú Rei vem a nós!
Mergulhados nos
esquifes os Doutrinadores e Doutrinadoras impregnam com sua energia o
receptáculo de Luz que abrigará espíritos milenares. Formas hediondas, muitos
sem qualquer consciência de suas antigas condições físicas e espirituais, são
preparadas para este momento e trazidas pelos Cavaleiros e Guias Missionárias.
São espíritos que não
teriam em nenhum outro portal do planeta a possibilidade de retornarem ao
Caminho Crístico. Somente ali encontrarão a Paz!
Os Doutrinadores e
Doutrinadoras se levantam, abrem o receptáculo com a “puxada” e iniciam a
limpeza e doutrinação. Camadas espessas de energia pegajosa são removidas e,
ao final da curta apresentação, a pequena fagulha da centelha Divina volta a
brilhar no plexo daquele irmão. Um gigantesco portal é aberto e uma poderosa
Amacê é posicionada para recebê-los em sua forma original. A primeira parte
da missão está cumprida!
Então, elegantemente o
Sol convida a Lua sob a força incomensurável das águas. Este povo bendito, de
heranças tão antigas e evolução tão distante de nossos padrões de explicação
mental, vem trazer a desimpregnação do ambiente e dos médiuns, permitindo que
outros trabalhos sejam realizados e os médiuns recebam de acordo com sua
sintonia.
Obrigado Tia Neiva por
trazer até nós esta grandeza!
Obrigado Tio Beto por
unificar médiuns de lugares tão distantes para o ideal de servir a
Espiritualidade em uma sintonia e respeito profundo pela obra de sua mãe, de
nossa Mãe!
Jamais poderei
esquecer as Estrelas dos dias 12/04 e 19/06/2014. Que muitas outras possam
ser realizadas e que sua vida física seja longa, sua acolhida fraterna e
nossa resposta seja o amor pela Doutrina do Amanhecer!
Kazagrande
|
SALVE DEUS! FAÇAM O FAVOR DE SEREM FELIZES. COMAM E BEBAM; A MESA ESTÁ POSTA! SALVE DEUS
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Um trabalho de Estrela Candente
domingo, 22 de junho de 2014
O visitante especial
Compilado
do livro Transição Planetária
Manoel
P. de Miranda (espírito) e Divaldo Franco
Havíamos
sido informados anteriormente que nossa comunidade receberia a
visita de nobre Entidade residente em outra dimensão,
que viria trazer-nos notícias preciosas a respeito do futuro
programa de atividades que seriam realizadas proximamente na Terra, no
qual nos encontrávamos inscritos Oscar e nós. O dia transcorrera, portanto,
assinalado por doces expectativas.
A
noite, no horário convencionado, enquanto os Céus bordavam-se com os diamantes
estrelares, dirigimo-nos, o amigo e nos, ao recinto dedicado as conferencias
especiais. Tratava-se de um
edifício semicircular, cercado por jardins bem cuidados, nos quais se destacavam
arvores frondosas e fontes luminosas,
cujas águas bailavam no ar ao som de deliciosas melodias, em área ampla, no
coração da Colônia.
Recebêramos
vagas informações a
respeito do nobre Órion, que viria da constelação do Touro, particularmente de
uma das Plêiades, a fim de apresentar-nos considerações relevantes a respeito do
momentoso projeto sobre reencarnações em massa,
conforme vinha acontecendo no amado planeta, desde a segunda metade do século
passado, e ora se intensificariam.
Observei
que, num dos lados da mesa, a distância regular, duas
Entidades femininas com longas vestes vaporosas e alvinitentes sentaram-se ao
lado de um tubo formado por tênue claridade que descia do teto. O
amigo citado, visivelmente inspirado, com uma voz melodiosa como uma flauta
habilmente tocada, pôs-se em prece que acompanhamos em silencio. Misericórdia,
Senhor!
Quando
silenciou, completara-se
a materialização do visitante especial no tubo de luz, graças a contribuição das
médiuns que lhe ofereceram a substancia própria para o
acontecimento.
Era de estatura um pouco mais alta do que o terrícola padrão. Os olhos pareciam
duas estrelas fulgurantes no céu da face gentil.
Os
movimentos corporais faziam-se harmônicos, quando
saiu do lugar onde se condensara, seguindo o mestre de cerimônias, que o
conduziu a um assento especial e com destaque sobre a plataforma.
Ato contínuo, levou-o à tribuna e concedeu-lhe a palavra. O nobre Espírito
agradeceu com um sorriso jovial e iniciou a sua
exposição:
Veneráveis
administradores, almas irmãs nossas de todas as dimensões: Saudamos-vos a todos
em nome do Senhor do Universo. Representando a formosa Esfera de
amor que se encontra instalada numa das Plêiades, envolta em vibrações especiais
constituídas de fótons que formam uma luminosidade em tons azuis,
aqui estamos, atendendo à invitação do Sublime Governador do planeta
terrestre.
Embora
sem condições de falar em nome dos nossos Guias espirituais, trago
o compromisso de contribuir convosco no programa de elevação da
Humanidade
através da reencarnação de servidores do Bem, adrede preparados para o mister
sublime.
Esta
não é a primeira vez que
o mundo terreno recebe viajores de outras moradas, atendendo à solicitação de
Jesus-Cristo,
qual aconteceu no passado, no momento da grande transição das formas, quando
modeladores do vaso orgânico mergulharam na densa massa física fixando os
caracteres que hoje definem os seus habitantes. Da
constelação do Cocheiro vieram aqueles nobres embaixadores da luz que
contribuíram para a construção da Humanidade atual,
inclusive outras inteligências, todavia, não moralizadas, que após concluídos
alguns estágios evolutivos retornaram, felizes, aos lares
queridos.
Em
outras oportunidades, luminares da Verdade submergiram nas sombras do mundo
terrestre, a fim de apresentarem as suas conquistas e realizações edificantes,
auxiliando
os seus habitantes a crescer em tecnologia, ciência, filosofia, religião,
política, ética e moral. Nada
obstante, o desenvolvimento mais amplo ocorreu na área da inteligência e não do
sentimento, assim explicando
o atual estágio de evolução em que se encontram,
rico de conhecimentos e pobre de edificações
espirituais.
Periodicamente,
por sua vez, o planeta experimenta mudanças climáticas, sísmicas em geral, com
profundas alterações na sua massa imensa, ou sofre o impacto de meteoros que lhe
alteram a estrutura, tornando-o mais belo e harmônico, embora as destruições
que, na ocasião, ocorrem, tendo
sempre em vista o progresso, assim obedecendo à planificação superior com o
objetivo de alcançar o seu alto nível de mundo de
regeneração.
Concomitantemente,
a fim de poderem viajar na grande nave terrestre que avança moralmente nas
paisagens dos orbes felizes, incontáveis
membros das tribos bárbaras do passado,
que permaneceram detidos em regiões especiais durante alguns séculos, de maneira
que não impedissem o desenvolvimento do planeta, renascem
com formosas constituições orgânicas, fruto da seleção genética
natural,
entretanto, assinalados pelo primitivismo em que se
mantiveram.
Apresentam-se
exóticos uns, agressivos outros, buscando as origens primevas em reação
inconsciente contra a sociedade progressista, tendo, porém, a santa oportunidade
de refazerem conceitos, de aprimorarem sentimentos e de participarem da
inevitável marcha ascensional. Expressivo
número, porém, permanece em situações de agressividade e indiferença emocional,
tornando-se instrumentos de provações rudes para a sociedade que desdenha. Fruem
da excelente ocasião que, malbaratada, os recambiará a mundos
primitivos,
nos quais contribuirão com os conhecimentos de que são portadores, sofrendo, no
entanto, as injunções rudes que serão defrontadas.
Repete-se,
de certo modo, o
exílio bíblico de Lúcifer e dos seus comparsas, no rumo de estâncias compatíveis
com o seu nível emocional grosseiro, onde a saudade e a melancolia se lhes
instalarão, estimulando-os à conquista do patrimônio de amor desperdiçado na
rudeza, e
então lutarão com afã para a conquista do bem. Ei-los, em diversos períodos da
cultura terrestre, desfrutando de chances luminosas, mas raramente aproveitadas,
cuja densidade vibratória já não lhes permite, por enquanto, o renascimento em o
novo mundo em construção.
O
Emissário silenciou suavemente e repassou os olhos luminosos pelo imenso
auditório mergulhado em quietude e reflexão, absorvendo-lhe cada palavra, logo
prosseguindo: As
moradas do Pai são em número infinito, mantendo, como é compreensível,
intercâmbio de membros, de
modo a ser preservada a fraternidade sublime, porquanto, aqueles mais bem
aquinhoados devem contribuir em benefício dos menos enriquecidos de momento. A
sublime lei de permutas funciona em intercâmbio de elevado conteúdo
espiritual.
Da
mesma forma que, da
nossa Esfera, descerão ao planeta terrestre, como já vem sucedendo, milhões de
Espíritos enobrecidos para o enfrentamento inevitável entre o amor abnegado e a
violência destrutiva,
dando lugar a embates caracterizados pela misericórdia e pela compaixão, outros
missionários da educação e da solidariedade, que
muito se empenharam em promovê-las, em existências pregressas, estarão também de
retorno, contribuindo para a construção da nova mentalidade desde o
berço,
assim facilitando as alterações que já estão ocorrendo, e sucederão com maior
celeridade.
Nesse
sentido, o psiquismo terrestre e a genética humana encontram-se
em condições de receber novos hóspedes que participarão do ágape
iluminativo,
conforme o egrégio Codificador do Espiritismo referiu-se em sua obra magistral
“A Gênese”, constituída por todos aqueles que se afeiçoem à verdade e se
esforcem por edificar-se, laborando em favor do próximo e da sociedade como um
todo.
Desse
modo, qual ocorre em outros Orbes, chega
o momento em que a Mãe-Terra também ascenderá na escala dos mundos,
conduzindo os seus filhos e aguardando o retorno daqueles que estarão na
retaguarda por algum tempo, porquanto o inefável amor de Deus a ninguém deixa de
amparar, ensejando-lhes oportunidade de refazimento e de evolução. Nesse
inevitável esforço, estaremos
todos empenhados, experienciando a vivência do amor em todas as suas
expressões,
formando um contingente harmonioso e encantador.
Ninguém
que se possa eximir desse dever que nos pertence a todos, individual e
coletivamente, porquanto o
Reino aos Céus está dentro de nós e é necessário ampliar lhe as fronteiras para
o exterior,
dando lugar ao Paraíso anelado que, no entanto, jamais será dentro dos limites
territoriais da organização física.
A
realidade que somos, Espíritos imortais em essência, tem sua origem e
permanência fora
das limitações materiais de qualquer mundo físico, que poderia não existir, sem
qualquer prejuízo para o processo de evolução.
Nada obstante, quando o Criador estabeleceu a necessidade do desenvolvimento nas
organizações fisiológicas, à semelhança da semente que necessita dos fatores
mesológicos para libertar a vida que nela jaz, razões ponderosas existem para
que assim aconteça, facultando-nos percorrer os degraus que nos levam ao
Infinito.
Continuando
com a mesma tonalidade musical, esclareceu: Qual seria, então, a razão por que
deveriam vir Espíritos de outro Orbe, para o processo de moralização do planeta?
Primeiro, porque, não
tendo vínculos anteriores como defluentes de existências perturbadoras, não
enfrentariam impedimentos interiores para os processos de doação, para os
reencontros dolorosos com aqueles que permanecem comprometidos com o
mal,
que têm interesse em manter o atraso moral das comunidades, a fim de explorá-las
psiquicamente em perversos fenômenos de vampirização, de obsessão individual e
coletiva.
Estrangeiros
em terras preparadas para a construção do progresso,
fazem-no por amor, convocados para oferecer os seus valores adquiridos em outros
planos, facilitando o acesso ao desenvolvimento daqueles que são os nacionais
anelantes pela felicidade.
Segundo, porque mais adiantados moralmente uns, podem contribuir com exemplos
edificantes capazes de silenciar as forças da perversidade e obstaculá-las com
os recursos inexcedíveis do sacrifício pessoal, desde que, as suas não são as
aspirações imediatas e interesseiras do mundo das
formas.
Enquanto
outros estarão vivenciando uma forma de exílio temporário, por
serem desenvolvidos intelectualmente, mas ainda necessitados da vivência do
amor, e em contato direto com os menos evoluídos, sentirão a necessidade do
afeto e do carinho,
aprendendo, por sua vez, o milagroso fenômeno da solidariedade. Tudo se resume,
portanto, no dar, que é receber e no receber, que convida ao doar. A fim de que
o programa seja executado, neste mesmo momento, em diferentes comunidades
espirituais próximas à Terra,
irmãos nossos, procedentes de nossa Esfera, estão apresentando o programa a que
nos referimos, de forma que, unidos, formemos uma só caravana de laboriosos
servidores,
atendendo as determinações do Governador terrestre, o Mestre por
excelência.
De
todas essas comunidades seguirão
grupos espirituais preparados para a disseminação do programa, comunicando-se
nas instituições espíritas sérias e convocando os seus membros à divulgação das
diretrizes para os novos cometimentos.
Expositores dedicados e médiuns sinceros estarão sendo convocados a participarem
de estudos e seminários preparatórios, para que seja desencadeada uma ação
internacional no planeta, convidando as pessoas sérias à contribuição psíquica e
moral em favor do novo período.
As
grandes transformações, embora ocorram em fases de perturbação do orbe
terrestre, em face dos fenômenos climáticos, da poluição e do desrespeito à
Natureza, não
se darão em forma de destruição da vida, mas de mudança de comportamento moral e
emocional dos indivíduos,
convidados uns ao sofrimento pelas ocorrências e outros pelo discernimento em
torno da evolução.
À
semelhança das ondas oceânicas a abraçarem as praias voluptuosamente, sorvendo
as rendas de espumas alvas, os
novos obreiros do Senhor se sucederão ininterruptamente alterando os hábitos
sociais, os costumes morais, a literatura e a arte, o conhecimento em geral,
ciência e tecnologia,
imprimindo novos textos de beleza que despertarão o interesse mesmo daqueles
que, momentaneamente, encontram-se adormecidos.
Antes,
porém, de chegar esse momento, a
violência, a sensualidade, a abjeção, os escândalos, a corrupção atingirá níveis
dantes jamais pensados, alcançando o fundo do poço, enquanto
as enfermidades degenerativas, os transtornos bipolares de conduta, as
cardiopatias, os cânceres, os vícios e os desvarios sexuais clamarão por paz,
pelo retorno à ética, à moral, ao equilíbrio. Frutos
das paixões das criaturas que lhes sofrerão os efeitos em forma de consumpção
libertadora, lentamente
surgirão os valores da saúde integral, da alegria sem jaça, da harmonia pessoal,
da integração no espírito cósmico da vida.
Como
em toda batalha, momentos difíceis surgirão exigindo equilíbrio e oração
fortalecedora, os
lutadores estarão expostos no mundo, incompreendidos, desafiados por serem
originais na conduta, por incomodarem os insensatos que, ante a impossibilidade
de os igualarem, irão combatê-los, e
padecendo diversas ocasiões de profunda e aparente solidão. Nunca, porém,
estarão solitários, porque a solidariedade espiritual do Amor estará com eles,
vitalizando-os e encorajando-os ao prosseguimento.
Todo
pioneirismo testa as resistências morais daquele que se atreve a ser diferente
para melhor quando a vulgaridade predomina, razão pela qual são especiais todos
esses que se dedicam às experiências iluminativas e libertadoras. Nunca,
porém, deverão recear, porque o Espírito do Senhor os animará,
concedendo-lhes desconhecida alegria de viver, mesmo quando, aparentemente, haja
uma conspiração contra os seus superiores propósitos.
O
modelo a seguir permanece Jesus, e a nova onda de amor trará de retorno o
apostolado, os dias inesquecíveis das perseguições e do martirológio que, na
atualidade, terá características diversas, já que não se podem matar impunemente
os corpos como no passado. Isso
não implica que não se assaquem acusações vergonhosas e se promovam campanhas
desmoralizadoras contra eles, a fim de dificultar-lhes o empreendimento
superior.
Assim mesmo, deverão avançar, joviais e estóicos, cantando os hinos da liberdade
e da fé raciocinada que dignificam o ser humano e o promovem no cenário
interior.
Trata-se,
portanto, de um movimento que modificará o planeta para melhor, a fim de
auxiliá-lo a alcançar o patamar que lhe está reservado. Quem
não se entrega à luta, ao movimento, candidata-se ao insulamento, à
morte.
Assim sendo, sob o comando do Cancioneiro das bem-aventuranças, sigamos todos
empenhados na lídima fraternidade, oferecendo-nos em holocausto de amor à
verdade, certos do êxito que nos está destinado. Louvando, portanto, Aquele que
nos convidou, misericórdia solicitamos.
Quando
terminou a eloquente explanação apresentava lágrimas nos olhos que não se
atreviam a romper-lhes as comportas. O governador geral de nossa comunidade
acercou-se lhe e o abraçou carinhosamente, qual desejávamos todos fazer. Ato
contínuo, conduzido
pelo nosso administrador, o emissário retornou ao tubo de luz e diluiu-se
delicadamente. Havia
cumprido com o dever que lhe trouxera à nossa Colônia.
sábado, 21 de junho de 2014
ESCOLHA E MEDITE!
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segunda-feira, 16 de junho de 2014
Os Guardiões
Compilado
do livro Os Guardiões
Ângelo
Inácio (espírito) e Robson Pinheiro
Pretender
lidar apenas com espíritos superiores e viver com o pensamento em regiões
sublimes pode redundar em enorme decepção para aqueles que vivem de maneira
mística. Os
espíritos mais elevados deixaram o céu há muito tempo. Em outras palavras, os
céus estão vazios,
pois aqueles que se colocaram a serviço da política do Reino, da filosofia de
vida do divino Cordeiro, desceram para as regiões sombrias, no
intuito de trabalhar duramente pela renovação, reurbanização e reacomodação da
humanidade desencarnada,
visando realizar ampla limpeza energética, fluídica e quase material no ambiente
próximo à Crosta.
É
hora do trabalho, e trabalho árduo. Trabalho prazeroso, que provoca imensa
satisfação naqueles que querem ver o mundo diferente e melhor. Vamos, meu filho,
pois teremos
de vencer uma tempestade de energias que poderá atrasar nossa excursão, comentou
Pai João, a respeito da sua preocupação quanto aos fluidos densos daquela
dimensão.
Após reunir os líderes dos guardiões e Pai João fazer as devidas recomendações
quanto às atitudes de segurança e como se comportar no ambiente aonde iriam,
todos saíram pelo pátio principal do colégio.
Uma
luminosidade pálida parecia ser a principal fonte de luz naquelas regiões
inóspitas, embora, na cidade propriamente dita, os guardiões houvessem
criado
uma espécie de sol artificial, que produzia luz e calor para toda a comunidade
astral. O
aparato tecnológico erguia-se acima da cidade dos guardiões, de maneira a chamar
a atenção de quem passasse por aquelas paragens.
Suspenso
por forças gravitacionais produzidas a partir de alta tecnologia, o
equipamento irradiava uma luz muito parecida com a do Sol, embora em intensidade
bem menor.
Era tal a suavidade da luz e o aconchego por ela proporcionado que era possível
ter a impressão de que se estava numa cidade em planos menos
densos.
Porém,
os guardiões não ignoravam que ali, onde
a cidade estava incrustada, a natureza era sobremaneira inquieta, insólita e
assustadora.
Era uma região muito próxima da dimensão dos homens, por
isso mesmo as formas-pensamento aderiam com facilidade às construções astrais, o
que obrigava a equipe a ficar de prontidão,
revezando-se em turnos, a fim de evitar que a toxicidade das formas mentais
produzidas tanto por “encarnados como por desencarnados” viesse
a corroer a estrutura delicadíssima da matéria astral na qual eram erguidas as
construções da cidade.
Viam-se
escadarias montanha acima. Em cima das montanhas, destacamentos de guardiões
montavam guarda, vigiando atentamente os arredores, afinal, ali estava longe de
ser um céu. Pairava
sobre eles a ameaça constante de ataque repentino de forças contrárias e de
opositores do Cordeiro.
Os guardiões jamais menosprezavam o quesito segurança, pois a própria razão de
ser dessa imensa equipe de servidores da luz estava eminentemente associada a
esse fator.
Se
dormiam, o faziam com um olho só, enquanto o outro permanecia aberto, como
brincavam as sentinelas entre si. Os sentidos estavam constantemente em alerta,
com a atenção voltada a cada detalhe,
a cada sombra e a cada vulto, fossem animais, homens ou formas mentais
invasivas.
Aliás, esta era das falas preferidas de Watab: estar alerta sempre, estar sempre
acordado, jamais descuidar da segurança, em hipótese alguma confiar que tudo
está tranquilo. A
Terra ainda não era um paraíso e, enquanto isso fosse verdade, estariam de
prontidão,
cônscios de seu papel como um destacamento dos poderosos guardiões a serviço da
suprema lei.
No
que concerne ao trabalho dos servidores da luz no plano físico, enquanto
encarnados, os guardiões também não dormem jamais.
O simples fato de estar imerso na carne oferece grande risco para os agentes da
justiça e da misericórdia divina, já que, muitas vezes, acabam por se distrair
do foco central de suas vidas e das metas traçadas antes do mergulho no mundo
físico.
São
humanos e, por isso mesmo, passíveis de muitos erros, próprios da caminhada.
Em
razão disso, os guardiões ficam atentos para preservar seus aliados de certos
tropeços no caminho, tais como ataques energéticos, emocionais ou espirituais
que possam causar impacto devastador sobre suas vidas.
Entretanto, não podem tudo, não evitam tudo, pois, entre eles, os guardiões,
sabe-se
que sem a parceria e a participação de seus protegidos não há como preservá-los
indefinidamente dos riscos se a eles se expõem repetidas vezes. O Trabalho é de
parceria. Sem
imposições, mas sem tirar das pessoas que merecem assistência a oportunidade de
vivenciar situações que lhes possam trazer algum aprendizado ou conhecimento,
mesmo que tais experiências sejam amargas, algumas
vezes.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Liberta-te do mal
Vive-se a hora angustiante das buscas intérminas que atendem às paixões imediatistas, mas não resolvem as questões profundas do ser espiritual. O homem e a mulher modernos atiram-se na desvairada correria do prazer, como se as únicas finalidades existências fossem as sensações que exaurem em detrimento das emoções dignificadoras que renovam e fortalecem o caráter, facultando tranqüilidade e alegria de viver.
Em
conseqüência, predominam a insatisfação, o mau humor, os comportamentos
alienantes, as fugas psicológicas da realidade, a solidão, em lamentáveis
mergulhos interiores de desencanto e de frustração. Multiplicam-se
as denominações religiosas, especialmente no Cristianismo, sem que os indivíduos
se estabilizem emocionalmente, estando,
pois, influenciados pelos veículos de comunicação de massa que oferecem as
fantasias e as quimeras de fácil aquisição, resultando em comprometimentos
espirituais de alta gravidade.
Preocupados
com os lucros financeiros muitos
pastores de almas, ao invés de as conduzirem às reflexões interiores, derrapam
no mercado da simonia, vendendo a salvação a preços módicos, sem o
menor pudor pela responsabilidade que assumem enganando a ingenuidade daqueles
que preferem o reino dos céus na Terra, olvidando-se dos valores espirituais de
alta significação.
Desse
modo, aumentam
as estatísticas de criaturas vinculadas às religiões sem o sentimento de
religiosidade, umas
em lamentável fanatismo, outras apenas formalmente, enquanto mantêm a conduta
materialista, distanciando-se
cada vez mais da fraternidade e da solidariedade
que devem caracterizar os sentimentos de vinculação com a
fé.
O
grande rebanho humano, embora esclarecido nos programas de tecnologia e de
algumas doutrinas científicas, permanece
sem rumo e sem crença real em torno da sua imortalidade e dos objetivos
essenciais significativos.
A morte se lhe apresenta como a tragédia do cotidiano que deve ser evitada a
qualquer esforço e preço, como se a indumentária carnal estivesse elaborada para
a eternidade.
As
ilusões e fantasias que se divulgam a respeito da vida-além-do-corpo atemorizam
grande número de ingênuos e produzem rios de zombaria nos mais cépticos,
dando
a impressão de que o mundo espiritual pode ser manipulado pela astúcia e
prepotência
daqueles que se apresentam como intermediários das informações
imortalistas.
Iludidos
em si mesmos, cercam-se de incautos que lhes prestam culto de servilismo
doentio, assumindo postura ridícula de condutores de outros, olvidados
do ensinamento de Jesus a respeito dos cegos que conduzem cegos e ambos tombam
nos abismos.
Há, sem dúvida, expressiva fome da verdade e buscas honestas que nem sempre são
bem-sucedidas, provocando desencanto e amargura.
De
um lado a predominância materialista e de outro as informações sem fundamento a
respeito do ser espiritual. Para atender a essa expressiva necessidade, urgente
e significativa, chegou
à Terra o Espiritismo, conforme Jesus o prometera antes de se despedir dos Seus
discípulos.
Portador de saudáveis notícias do mundo espiritual que é causal e de onde
procedem todas as criaturas antes da sua viagem carnal, o
Espiritismo apresenta um programa seguro de esclarecimento e de paz,
fundamentando-o na análise daqueles que vadearam o Letes mitológico e aportaram
na Realidade.
Demonstrando
a necessidade da autoconsciência, esclarece
que a vida física é uma experiência educacional no processo de iluminação
interior sempre crescente.
As dificuldades existenciais fazem parte do cardápio evolutivo, efeito natural
dos comportamentos doentios ou grosseiros das experiências passadas, nas quais
houve comprometimento de natureza moral, seja prejudicando o próximo ou a si
mesmo cada qual se prejudicando.
Na
condição de ensementador, o
Espírito é o ceifador daquilo que produz, sendo sempre convidado a retornar
pelos campos de ação executada, a fim de reunir os bons e os maus frutos que
ficaram aguardando-o.
Desse modo, o conhecimento espírita propicia a renovação do indivíduo, que vem
tardando a sua recuperação moral, facultando-lhe entender as leis que regem a
vida e às quais se deve submeter, porquanto elevam e dignificam os seres
humanos.
A
primeira característica daquele que se propõe à renovação é
a irrestrita confiança em Deus, que se exterioriza em forma de tranqüilidade em
relação a todos os acontecimentos existenciais,
entregue à diretriz superior e feliz pela oportunidade de elevação espiritual.
Ante a adversidade não se entregue à blasfêmia nem ao desespero, compreenda
que o oceano agitado, é constituído pelas mesmas águas que lhe dão
calmaria,
sendo a ocorrência afligente o resultado dos ventos tempestuosos das ações
perturbadoras.
Convidado
à construção do Bem onde quer que se encontre, agradece a oportunidade,
tornando-se partícipe da equipe operadora da fraternidade, ao mesmo tempo
empenhando-se a produzir o melhor que lhe esteja ao alcance, porque
sabe que todo processo de iluminação é feito por meio de esforço pessoal e da
entrega a Deus.
Naturalmente,
como as demais pessoas, momentos surgem em que o estresse, o desânimo, a aflição
surpreende-o. Mas, isso
é natural, porquanto é constituído da mesma estrutura que caracteriza todas as
criaturas,
não se permitindo porém, permanecer nesses desvios de comportamento que após
superados mais o fortalecem para os futuros
cometimentos.
Nesse
indivíduo em renovação, os sentimentos superiores expressam-se em forma de
paciência em relação aos demais, de autoconfiança, e porque
consciente da transitoriedade da existência física empenha-se em aproveitar ao
máximo o tempo de que dispõe
para o encontro consigo mesmo e, naturalmente, com Deus.
Aquele
que conquista a
tranqüilidade defluente da fé religiosa edificante e saudável vive em harmonia
com tudo e com todos, não se alienando da sociedade a pretexto de encontrar a
plenitude,
tampouco mergulha na efervescência das futilidades sob a justificativa de estar
participando da vida mundana. Vive no mundo, mas não é do mundo, perdido nas
suas falsas apresentações.
Toma
decisões seguras e, quando, por acaso, equivoca-se, refaz o caminho e tenta
novamente tantas vezes quantas se façam necessárias ao aprendizado que persegue.
Tais
características programam a mulher e o homem de bem, cuja existência é
perfeitamente de acordo com as convicções que mantêm no íntimo. A
pessoa que se alimenta de tranqüilidade é estável e harmoniosa, sempre afável e
útil, pois que aprendeu com Jesus a viver solidária com o
Universo.
Muitas
vezes é frágil na aparência, mas resistente nas ações e perseverante nos
objetivos abraçados. Nunca
desiste dos objetivos a que se dedica, mesmo quando tudo, encontra-se,
aparentemente, em postura contrária.
O seu é um entusiasmo sereno e vigoroso que a ajuda a manter o mesmo clima de
alegria, seja nos momentos de triunfo ou naqueles de sofrimento. O importante é
não deixar de porfiar, aguardando o instante próprio para dar prosseguimento ao
programa a que se dedica.
Encontrou
em Jesus a segurança que antes lhe faltava e, por isso mesmo, reconhece que esse
é o seu momento de renovação interior e de aquisição da felicidade
real.
Compilado
do livro Liberta-te do Mal
Joanna
de Ângelis (espírito) e Divaldo Franco
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