quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Franciscanas (Falange)



Fomos tribos de Guerreiras, não conhecíamos civilização, mas éramos unidas e lutávamos pela sobrevivência e sempre em protecção aos mais fracos, ou seja, de tribos menores.

Quando uma tribo lutava contra outra, tinha sempre o cuidado de enterrar os derrotados, quer estivessem vivos ou mortos. Então nós, as Guerreiras, saíamos à noite e, com as mãos, desenterrávamos e retirávamos os vivos para curá-los.

Fazíamos sapatos de nossas vestes para colocarmos nos pés feridos dos doentes.

Fazíamos túneis que chegavam até os depósitos de mantimentos dos castelos (com a ajuda dos serviçais dos mesmos), e de lá roubávamos o que podíamos para as tribos necessitadas. Muitas vezes levávamos tanto, que morríamos carregando os fardos tão pesados.

Mas, quando entrávamos em luta éramos ferozes, exigentes connosco mesmas e em obediência a quem nos comandava. Sempre unidas, sem pedir nada em troca.

Convivíamos pacificamente com um povo também guerreiro, que levava doentes para serem tratados por nós. Este Povo era chamado de “FADINHAS”, e vivia nas matas sempre ajudando aos que precisavam.

Fomos enfermeiras incansáveis, nas guerras, sempre tentando salvar vidas. Fomos senhoras de engenho, fazendeiras (principalmente na época do Angical).

Muitas foram Rainhas, Princesas, Aias, Prostitutas, Ciganas, Senhoras de Centuriões, de Gladiadores, de Lacaios, de Carrascos, de Ladrões, de Andarilhos, de pobres e de ricos por várias encarnações.

Depois dessas encarnações, tornamos a nos encontrar como CLARRISSAS, em 1181 em Assis, e novamente em 1981 como FRANCISCANAS no Vale do Amanhecer.

Nós Franciscanas temos como modelo CLARA DE ASSIS, que em situação histórica, verdadeira e semelhante a FRANCISCO DE ASSIS, rompeu radicalmente sem usar violência, com todas as convenções do seu tempo.

Nossa história como CLARISSAS (uma de nossas encarnações mais marcantes), começou no ano de 1181 e 1182.

CLARA DE ASSIS ou CLARA DE OFFEDUCCIO conheceu FRANCISCO DE ASSIS na Igreja de São Rufino, e deste encontro surgiu uma imensa simpatia e amizade.

CLARA ansiava participar do Movimento Cristão que FRANCISCO DE ASSIS comandava, e com este conhecimento esperava ela que a ocasião seria esta.



Informações sobre a Falange Franciscanas

1ª Franciscana - Nilza
Adj de Apoio - Adj Trino Otalevo Mestre João do Valle

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Mensagem de Pai Zé Pedro



Meu filho, ser Jaguar não é apenas ser um cientista, é preciso ter coração! Olhando as referencias dos homens da ciência deste planeta, vemos que a maioria se fascina pelo conhecimento que podem adquirir e se deslumbra pelas descobertas que podem concretizar. E assim, muitos esquecem o lado espiritual e as emoções que alimentam a alma transitória, logo, o desequilíbrio é inevitável.

Na Doutrina do Amanhecer muitos se perdem ao observar somente o lado científico. Falo do lado mais rígido da Doutrina, das técnicas, dos estilos Iniciáticos, das posições, dos Rituais, das Chaves e do próprio Acervo de Koatay 108, que ainda possui tanto a ser desvelado. Saber tudo isso é importante sim, mas não é para todos, pois muitos possuem um espírito de Jaguar, porém revestido de uma alma simples.

Vejam o exemplo de vosso Pai Seta Branca, o Grande Jaguar, dotado da experiência milenar dos Equitumans, espírito irmão Jesus, que veio na simplicidade da alma de um indígena. Lembrem-se disso, e jamais critiquem aqueles que vêm com esta simplicidade. Não julguem os que não compreendem e por vezes nem se interessam pelas técnicas, pois muitas vezes o amor e sintonia de um Mestre de branquinho é que segura a Corrente Mestre de um Templo Iniciático.

O Acervo de vossa Mãe Clarividente foi escrito para seu espírito, por isso tantas vezes pode ser relido e entendido como se fosse a primeira vez. A evolução do seu espírito, pelo burilamento de sua alma, é que determina a compreensão possível do momento em que é lido.

Meu filho Jaguar, conheça todo o acervo de nossa Doutrina, aprenda corretamente todas as técnicas, mas, ao falar com um espírito, seja apenas outro espírito a caminho de Deus! Assim poderá tocar seu coração e encaminhar sua jornada!

Lembre sempre da família! Ela é seu equilíbrio emocional, indispensável para sua alma. Não falo só da família física, que tantas vezes enredada pelos laços kármicos traz a dor pela incompreensão; falo da família que espiritualmente lhe é confiada para aprender e para lhe ensinar as lições de comportamento, de conduta, de tolerância e humildade: somos uma grande família!

Meu filho, liberte-se de tudo que não lhe faça feliz e siga o caminho traçado pelo seu espírito! Aprenda a ouvir sua voz e saberá sempre por onde seguir e como passar pelos seus reajustes da melhor maneira, da maneira como foi planejada por você mesmo e seus Mentores. Pergunte se o quê atrasa sua libertação é seu apego, seu ciúme, seu orgulho, sua vaidade, ou se realmente não tem amor no coração para libertar aos que lhe rodeiam e a si mesmo.

Siga seu caminho sem olhar para trás, sem culpas e recalques. Não guarde mágoas e nem ressentimentos. Perdoe sempre! Perdoe a todos e a si mesmo.

Salve Deus!


Mensagem de Pai Zé Pedro das Águas em 12/01/2014, no Templo Anavo do Amanhecer - Cochabamba / Bolívia.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Prevendo o futuro



Uma das nuances marcantes da mediunidade de Tia Neiva era a CLARIVIDÊNCIA. Clarividência: Ver com clareza!

Tia conseguia ver, e perceber, os enredos kármicos projetados na aura das pessoas, e com isso vislumbrava também o futuro que se projetava para aquele paciente ou mesmo médium. Digo vislumbrava, porque o futuro é construído a cada dia! De acordo com nossas decisões, atitudes e oportunidades evolutivas, o futuro vai se modificando.

Temos um “roteiro de viagem”, programado por nosso espírito em conjunto com nossos Mentores, porém, encarnados, nossas decisões nos levam a desvios do caminho naturalmente traçado, e com isso, o “futuro” traçado neste planejamento vai sendo alterado, adiantado ou atrasado.

Tia afirmava que não gostava de fazer “profecias”, de prever o futuro. Dizia que somente fazia as previsões de início de ano, tão esperadas e muitas vezes divulgadas em programas de televisão, por conta de seu transcendente. Seu espírito de Profetiza do Templo de Delfos, trazia um charme a ser manipulado. Porém, não era algo que fazia com alegria, pois tinha absoluta consciência da impossibilidade de “acertar tudo” em um futuro ainda em construção.

Em nossa Doutrina alguns médiuns possuem certos graus de “vidência”, não falo de clarividência! Falo do dom mediúnico de projetar e receber as energias projetadas para um futuro iminente. E quantos se perdem por conta disso!!!

É triste, meus irmãos e minhas irmãs, ver médiuns que alardeiam pretensas profecias, que falam abertamente de pequenos flashes, pressentidos na aura de outras pessoas, como se fossem uma verdade absoluta! Muitos geram dívidas kármicas que chegam a comprometer suas encarnações, mesmo com toda a gama de possibilidades de trabalhos espirituais de nossa Doutrina.

Falar “do futuro de uma pessoa” gera a grande possibilidade de interferir em seu karma, pois pode ocasionar uma mudança de direcionamento nas atitudes do ser, que nem sempre pode ser benéfica!

Lembremos sempre da história que Tia contava sobre o Monge que, sendo abordado na saída do Templo, com pressa de aproveitar sua ida à cidade, descreveu para um grande fidalgo, uma vida de martírios para seu filho. Ele passou a vida toda esperando que chegassem os infortúnios, que nunca chegaram, e suas vibrações acabaram por destruir o impensado mestre (no final está a carta original de Tia Neiva).

Visualizar um quadro não significa que deva sair falando! Tenha absoluta certeza que, se a pessoa necessitar saber de algo, e se tiver preparo e merecimento para tanto, a mensagem chegará pelas comunicações adequadas e no local propício, ou será não confiamos nos Mentores?

Para finalizar vou contar uma historinha real: Certa vez uma Ninfa, necessitando chamar a atenção, parou ao lado de um grupo de quatro amigas e disse: Olhem! É uma Amacê sobre a Estrela Sublimação, vocês estão vendo? Nenhuma delas viu, mas uma delas, querendo aparecer um pouco afirmou que sim. Logo uma outra, não querendo se sentir “menos médium” que as outras confirmou também. E ali ficaram as três, olhando para o nada, enquanto outras duas sentiam-se frustradas.

Muitos “veem” coisas para chamar a atenção... Outros realmente podem até vislumbrar algo, mas É ALGO PESSOAL.

Lembremos sempre: Tudo que é da Luz é útil!!! Qual a utilidade de sair vendo coisas, fazendo profecias e escravizando os sentimentos dos que ouvem?

Kazagrande



Fragmento da Carta “Minhas Palestras com Humarran” Maio de 1960

Houve um tempo em que a Índia era o ponto principal para as revelações, vinham de muito longe, curiosos e romeiros, Magos... videntes; viviam por aí à espreita das oportunidades de suas alucinações. Em uma destas, aconteceu com um famoso Lorde que veio da Inglaterra para saber o destino de seu filho recém nascido: o “Mestre” que lhe atendeu estava de saída, os seus companheiros já estavam esperando na célebre porteira, para assim, cada um ter a sua direção. O fidalgo insistia e o “Mestre” contou sem amor o que via: disse que o seu filho teria um mal destino e, deu todo o roteiro de sua vida: em tal tempo te acontecerá isto, em tal tempo será assim e, na verdade, o fidalgo saiu dali louco. Seu filho que até então era sua alegria, passou a ser sua própria sentença, e até então não fez nada, senão sofrer à espera dos acontecimentos em toda a sua vida, porém, nada aconteceu. O jovem foi feliz, casou-se e nada de mal, enquanto o fidalgo, seu pai, amargurou toda sua vida. As vibrações do fidalgo não preciso dizer que destruiu o impensado “Mestre”.
Ninguém teve intenção de magoar ninguém, porém, o “pecado” das palavras impensadas de um Mestre ou Clarividente, é algo muito sério. Veja sempre em sua frente o fidalgo, o homem que sofreu a conseqüência do seu orgulho, porém, nunca faças como o impensado Mestre, nunca participe com ninguém; serás antes de tudo uma psicanalista. É bem melhor que as pessoas saiam de perto de ti, lhe desacreditando, do que desacreditando em si mesmas.
Carta “Minhas Palestras com Humarran” Maio de 1960

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Caminho Natural


Em vários textos e em incontáveis e-mails em cito o “Caminho Natural”.

O Caminho Natural é o roteiro traçado por nosso espírito antes de chegar a este plano físico. Reunido com seu Mentor, já designado para acompanha-lo nesta jornada, preparamos um direcionamento para nossas metas kármicas. Escolhemos nossos pais, nossos encontros e desencontros, e nos preparamos de acordo com este “guia de viagem”.

Porém, quando encarnados, não nos lembramos do planejamento e nos enchemos de novos desejos. Queremos muito! Desviamos-nos dos planos e passamos viver em função destes desejos. Queremos uma vida diferente, ficar ao lado de pessoas diferentes e acreditamos que só seremos felizes ao atender aos apelos da alma.

Como seria mais fácil a vida se passássemos a “ouvir” a voz do espírito! Se compreendêssemos que naturalmente a vida nos mostra o caminho a ser seguido, e que este caminho nos conduzirá a plenitude da realização espiritual e a uma felicidade ainda presente no plano físico.

Ninguém está fadado a ser infeliz! Sofremos pelos nossos “quereres”, por não seguir o “caminho natural”, aceitando os fechamentos, para que as oportunidades apareçam.

Nós médiuns, que temos todas as técnicas de contato com o próprio espírito e ainda o local sagrado do Templo para buscar esta Individualidade, sofremos em dobro, pela consciência ignorada. Nossa responsabilidade não nos desculpa perante as infantis insistências da alma.

É preciso entender quando aquele que parecia o “amor de sua vida” se afasta naturalmente. Ninguém é de ninguém e a escada evolutiva é fatal. Muitas das pessoas que encontramos neste plano físico, demoraremos séculos para reencontrar, ou nem mais encontraremos, mesmo que seja o “tal amor de sua vida”. No mundo espiritual a Lei da Razão somente permitirá que fique onde seu padrão vibratório permitir, e nosso amor físico pode estar muito mais avançado, ou muito mais atrasado espiritualmente... Sua família espiritual é outra e sua alma gêmea vibra em algum lugar do Universo, esperando o momento do reencontro... Encontrá-la aqui? Na Terra? Salve Deus! É a exceção, não a regra! A absoluta maioria encontra apenas reajustes nos relacionamentos, ou amizades espirituais que nos auxiliam a evoluir em conjunto.

Também é preciso compreender que as perdas, ou o quê aparentemente são perdas, fazem parte de nosso ciclo evolutivo e quando perdemos algo, bens, um emprego, etc., significa que aquele ciclo encerrou e um novo irá se abrir. É necessário entender que o novo somente aparece quando nos libertamos do velho. Quando deixamos de vibrar no passado, nas perdas, nos desejos da personalidade, abrimos as portas para um novo presente e futuro.

Dizem os antigos que sempre que uma porta se fecha, outras duas se abrem... E é realmente assim! Temos que nos desligar da energia do que passou para estar em condições de enxergar os sinais do caminho natural, que irá apresentar as novas oportunidades.

Sem medo! Sem medo de enfrentar o novo, sem medo de mudar, de evoluir, de seguir em frente, de aceitar as novas oportunidades.

Entendo que não podemos ser “frios” as emoções do passado. Mas é preciso saber como vibrar no passado! Pense e vibre apenas no que lhe traga algo bom! Se lhe trouxer melancolia, angústia ou mesmo uma saudade que lhe impede de avançar... Salve Deus! Não estará fazendo o bem para ninguém e nem para você mesmo.

Meus irmãos e irmãs, passamos do tempo de brincar! É hora de parar de reclamar, parar de lamentar-se e olhar para tudo que temos nas mãos! É hora de buscar o espírito, mergulhar na Individualidade e ser feliz no cumprimento desta jornada. Assim nos preparamos “lá em cima”, assim poderemos ser felizes de verdade.

Kazagrande

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Solidão



A solidão é um sentimento onde vivenciamos uma profunda sensação de vazio e isolamento. A solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou querer realizar alguma atividade com outra pessoa, não por que simplesmente se isola, mas por que os seus sentimentos precisam de algo novo que as transforme.

Dominar o negativismo nos momentos de solidão e transmutá-los em reflexão positiva é uma árdua tarefa. Normalmente, ao sentir-se só, o ser humano tende inicialmente a pensar em decisões impulsivas que o liberem imediatamente da angústia. Fazem escolhas erradas, rendem-se ao passado e procuram acreditar que é “melhor estar mal acompanhado do que só”.

As correntes vibracionais de irrealização e de obsessão sentimental podem também ser alimentadas nestes momentos, e a energia, que “paira ao nosso redor”, esperando a baixa do padrão vibratório, pode entrar em nosso campo energético e trazer de volta a lembrança de pessoas que vibram em nós a espera de uma oportunidade obsessiva.

Mas, a solidão não precisa ser negativa! Podemos aproveitar estes momentos para verdadeiras reflexões e direcionar nossos pensamentos para nossos ideais de vida. Criar na mente, já na intensão de plasmar no físico, o relacionamento de cumplicidade com o companheiro(a) que nos foi destinado e que, em alguma parte, espera o reencontro.

É, sobretudo, na solidão que se sente a vantagem de viver com alguém que saiba pensar.

Podemos pensar, refletir, planejar... Fugir dos pensamentos insuflados pelas correntes obsessivas que podem nos atingir nos momentos de solidão.

Sentir-se só é uma decisão!Por vezes estamos sós, mas não precisamos nos sentir e mergulhar na tristeza, aí se encontra a decisão! Entrar nas doenças modernas denominadas como depressão, stress, apatia crônica, etc... É uma perigosa senda a ser trilhada. Temos que reagir, direcionar a mente em favor da construção de nosso futuro e “estar bem para atrair pessoas boas”.

Somente estando bem com você mesmo é que se torna possível atrair pessoas boas. Estar deprimido, angustiado, somente vai atrair gente nas mesmas condições ou com padrão vibratório compatível.

Escuto (leio) muitos Mestres e Ninfas dizendo: parece que só entra tranqueira em minha vida. E realmente, parece que algumas pessoas só atraem “cobradores”. Mas não tem que ser assim! Podem existir as cobranças, mas quem as alimenta ao invés de eliminá-las, somos nós mesmos quando nos deixamos levar pela depressão e negativismo.

O medo de estar só, é só medo! E medo é um dos sentimentos mais negativos e que maiores estragos causa na vida do ser encarnado.

Não tenha medo! Espere o momento certo! Fique bem e atrai pessoas boas para que possa identificar aquele(a) que lhe foi destinado nesta vida! Muitas vezes o grande amor de sua vida pode estar muito próximo, mas seu negativismo o afasta e impede que o identifique.

Sente-se só? Aproveite para direcionar seus pensamentos para outro lado! Vibre com amor, positivismo, trabalhe espiritual, sorria, seja agradável e verá que tudo pode mudar. Atraia pessoas boas e não tranqueiras...

Kazagrande

Cremação na visão Espirita


                                                                           CREMAÇÃO NA VISÃO ESPÍRITA

O medo de ser enterrado vivo induz muita gente a desejar ser cremado. Queima-se o cadáver evitando o problema. Mas há uma dúvida que inspira a pergunta mais frequente:
- Se no ato crematório o Espírito ainda estiver preso ao corpo, o que acontecerá?
Tudo aquilo que doamos temos, é da lei. Tudo que temos, devemos.
O corpo é uma veste e um instrumento muito valioso e útil para o espírito, enquanto encarnado. Depois de morto, nenhuma utilidade mais tem para o espírito que o animou. Poderá vir a ser cremado sem que nada disso traga qualquer prejuízo real para o espírito desencarnado.
Pensam alguns que se o seu corpo for queimado ou lesado haverá prejuízo para o seu ressurgimento no mundo espiritual. Entretanto, não é o corpo material que continua a viver além-túmulo nem é ele que irá ressurgir, reaparecer, mas sim o espírito com o seu corpo fluídico (perispírito), que nada tem a ver com o corpo que ficou na Terra.
É necessário observar que, se o Espírito estiver ligado ao corpo não sofrerá dores, porque o cadáver não transmite sensações ao Espírito, mas obviamente experimentará impressões extremamente desagradáveis, além do trauma decorrente de um desligamento violento e extemporâneo. Mas pense bem, enterrar o corpo é também algo horrível se o espírito permanecer preso a ele; a autópsia; a putrefacção do corpo, os vermes devorando a carne putrefacta, é também angustiante para o espírito. Entretanto devemos lembrar que o perispírito está em outra faixa vibratória, e que em circunstâncias normais não deve ser afectado, quer pela decomposição, quer pela cremação.
Entretanto, acreditamos que um espírito cujo corpo vai ser cremado, é desligado, talvez de forma violenta, mas não será queimado, mesmo que fique preso.
Sofrem mais os espíritos muito apegados à matéria, os sensuais, os que se agarram aos prazeres da vida. Mas respondendo objectivamente, acreditamos que não são sensações físicas, e sim emocionais, morais.
Para que o Espírito não se encontre ligado ao corpo físico, é recomendável um intervalo razoável após a morte (Emmanuel diz 72 horas), a fim de se ter maior segurança de que o desligamento perispiritual já tenha completado.
Nos fornos crematórios de São Paulo espera-se o prazo legal de vinte e quatro horas. Não obstante, o regulamento permite que o cadáver permaneça em câmara frigorífica pelo tempo que a família desejar. Espíritas costumam pedir três dias. Há quem peça sete dias.
Importante reconhecer, todavia, que muito mais importante que semelhantes cuidados seria cultivarmos uma existência equilibrada, marcada pelo esforço da auto-renovação e da prática do Bem, a fim de que, em qualquer circunstância de nossa morte, libertemo-nos prontamente, sem traumas, sem preocupação com o destino de nosso corpo.