terça-feira, 19 de março de 2013

Mesa Evangélica


Antes de iniciarmos o primeiro Trabalho do dia, que invariavelmente deveria ser a Mesa Evangélica, ficando a excepção apenas para os Prontos Socorros que ainda operam em regime de urgência, existe todo um preparo. Ao colocarmos o uniforme iniciamos um processo que nos conduzirá ao contacto com nossa Individualidade. Deixamos de lado nossos problemas e aflições e passamos a considerar que o atendimento ao paciente, encarnado ou desencarnado, é o mais importante dever do dia. Passamos por um processo completo de mediunização, onde os mantras e nossa preparação, nos dão a condição de participar da mesa Evangélica, já devidamente interiorizados em nosso espírito. Perguntaram “em que pensar? como me concentrar na Mesa Evangélica?”. Abordemos este tema sob a ótica de nossas duas diferentes mediunidades desenvolvidas: Doutrinador e Apará. O Apará, Mestre ou Ninfa Lua, tem normalmente uma maior faculdade de desprender-se das necessidades de concentração. Sua mediunidade já leva um pequeno entorpecimento do sistema de vigília, e um suave relaxamento se passa no momento que se dispõe a preparar-se para a incorporação.


Na Mesa Evangélica não é diferente. Deve deixar a mente livre de pensamentos pré-concebidos e entregar-se a projecção que recebe. A chamada para incorporação dos irmãozinhos é a chave para fechar as mãos, cruzar os braços e ser o perfeito aparelho de integração entre aqueles que necessitam do magnético humano para partir rumo a uma nova jornada. Este trabalho foi destinado aos nossos irmãos recém-desencarnados, que necessitam de fluído, para recuperar parte de suas forças, afim de acompanharem seus mentores. As ditas “Mesa Pesadas” não são um trabalho trazido pela Clarividente. Excepcionalmente, pode-se realizar uma Mesa Especial de Centuriões, como o Trino Araken concebia, visando direccionar a energia de maneira claramente desobsessiva para determinado evento ou pessoa. O tal “peso”, de algumas Mesas, é trazido pela falta de preparo dos médiuns participantes, que trazem suas energias pesadas e eternam seus próprios problemas. O Apará equilibrado vai à Mesa para cumprir o papel que a ela foi destinada: Receber os irmãozinhos recém-desencarnados, doar a energia e permitir que sejam rapidamente encaminhados pelos seus Mentores. Deste modo, a concentração é apenas na doação de energia a ser fornecida e ao esclarecimento promovido pelo Doutrinador.
 
Já o Doutrinador, concentra-se expandindo sua percepção. Trabalha a Doutrina com amor e procura sentir cada palavra proferida como um bálsamo a ser entregue aos que ali chegam ainda desorientados e enfraquecidos. Sua postura de carinho, respeito e total dedicação, é a verdadeira e necessária concentração.

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