segunda-feira, 25 de março de 2013

Mayas




Tikal era a maior das cidades maias, situada em Petén, região da atual Guatemala.

Tikal na era clássica

Tikal foi um dos maiores centros populacionais e culturais da civilização maia. Já no Século IV a.C. se iniciava a construção da sua arquitetura monumental mas as estruturas que hoje lá se vêem provêm do período clássico, que ocorreu de 200 d.C. até 850d.C.. Depois desta data nenhum grande monumento foi construído; coincidindo com esta data depósitos que comprovam ocorrência de incêndio em alguns palácios usados pela elite da cidade. Deste período em diante se inicia o gradual declínio de sua população até o seu abandono total por volta do Século X d.C.
O nome " Tikal " quer dizer " Lugar de Vozes " ou " Lugar de Línguas " na língua maia. Entretanto, a designação do nome antigo da cidade mais comum que se extrai dos hieroglifos a designam como Mutal ou Yax Mutal, que significaria " Pacote " ou " Pacote Verde ", e talvez metaforicamente " Primeira Profecia ". Estudiosos estimam que, no seu auge, a cidade tinha uma população entre 100000 e 200000 habitantes.

O sítio

O sítio apresenta centenas de construções antigas significativas, das quais apenas uma fração foi cientificamente escavada em décadas de trabalho de arqueologia. Os edifícios sobreviventes mais proeminentes incluem seis grandes pirâmides de plataformas (ou estágios) que apóiam templos nos seus topos. Elas foram numeradas geograficamente pelos primeiros exploradores, e foram construídas no período mais recente, entre o século VII e o início do século IX .


Rei de Tikal em escultura em madeira no Templo III
Representação de "Yax Nuun Ayin II" ou "Sol Escuro"
O Templo I foi construído ao redor de 695, o Templo III em 810 e o maior deles, o Templo-Pirâmide IV, com cerca de 72 metros de altura, foi construído em 720. O Templo V data de aproximadamente 750 e Templo VI foi erigido em 766.
Esta cidade antiga também tem os restos de palácios reais, além de várias pirâmides menores, palácios, residências, e várias estelas e monumentos de pedra.
Há até mesmo um edifício que parece ter sido destinado a uma prisão, originalmente com barras de madeira nas janelas e portas. E há também vários estádios de jogo de bola ritual maia.
A área residencial de Tikal cobria cerca de 60 km², embora as escavações ainda não tenham chegado a seus limites reais. Um enorme complexo de terraplenagem foi descoberto adjacente a Tikal, com cerca de 6 metros de largura trincheira atrás de uma plataforma, tendo sido mapeados apenas 9 km de sua extensão, que no total pode chegar a perto de 125 km., seguramente.
[editar]Breve história antiga de Tikal

Tikal dominava as terras baixas dos maias, mas estava freqüentemente em guerra. Várias inscrições dão conta de muitas alianças e guerras com outros estados maias vizinhos, dentre os quais Uaxactun, El Caracol, Naranjo e Calakmul.

História Moderna de Tikal

Duas estelas da acrópole norte
Como é freqüente, a memória de ruínas tão enormes quão antigas jamais se perdeu entre os habitantes da região. Algumas publicações começaram a aparecer após o século XVII que atraíram a atenção de John Lloyd Stephens no início do século XIX, cuja obra é tida como o início dos estudos da cultura maia.
Entretanto, devido à distância do local em relação às cidades modernas, nenhuma expedição científica visitou Tikal até1848. Várias outras expedições vieram avançar alguma investigação, mapeamento e fotografia de Tikal no século XIX e início do século XX.
Em 1951 foi construída uma pista para pouso e decolagem de aeroplanos, dando fim à dificuldade de se alcançarem as ruínas por viagem a pé ou lombo de mula, por vários dias, em meio à selva tropical.
De 1956 até 1970 foram feitas as maiores escavações arqueológicas do sítio pela Universidade da Pensilvânia. Em 1979o governo guatemalteco começou um projeto arqueológico que prossegue até os dias de hoje.
As ruínas de Tikal são consideradas Patrimônio da Humanidade e podem ser visitadas pelo público. O sítio foi usado como paisagem de fundo na cena da base dos rebeldes.

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