quarta-feira, 13 de março de 2013

Horizontal e Vertical



De uma forma bem simplista podemos definir a ocorrência de nosso trabalho mediúnico em duas “posições”: horizontal e vertical.

Quando entramos em contato com nossa Individualidade, com o nosso espírito, estando mediunizados e em condições de operar em contato com a Luz e seus mensageiros, operamos na “vertical, ou seja, estamos emitindo “para cima” e recebendo da mesma fonte as mensagens e energias.

Ao mesmo passo, quando não estamos bem sintonizados, devidamente mediunizados, ou mesmo nosso comportamento dentro dos trabalhos se torna incompatível com nossos Mentores, operamos na “horizontal” na faixa “etérico-terrestre”.

Na vertical recebemos diretamente as forças dos planos espirituais superiores. As mensagens nos chegam com clareza e as dúvidas se dissipam pela nossa intuição. Nos sentimos mais seguros, pois estamos ligados a nossa verdadeira missão, permitindo que nossos Mentores estejam em um contato direto e puro.
Já na horizontal, o contato se dá através de nossa personalidade. Não estando devidamente mediunizado, em contato com seu espírito, e por conseguinte, com sua missão, a emissão e recepção de forças passa a ser horizontal, dentro dos planos terrestres, possibilitando as interferências, tanto de irmãozinhos quanto do próprio médium.

Nossa capacidade de mediunização e nossa conduta doutrinária é que definem se vamos trabalhar, emitir e receber na “horizontal” ou “vertical”.

A função dos nossos mantras (considere mantras não somente os hinos, mas sim o conjunto completo de sons, gestos e atitudes) é justamente facilitar este trabalho na vertical.

O verdadeiro motivo da existência de tantos rituais, Leis, Chaves, etc, é fazer com que nossa atenção fique voltada para o quê temos que cumprir. Deixando nossa mente “ocupada” com a realização de eventos, que fazem parte de uma seqüência, que visa também trazer um comportamento compatível para ligação espiritual-vertical, além de agregar a precisão Iniciática.

Vejamos o quê nosso trabalho mais básico exige, os Tronos, por exemplo!

Sem contarmos todo o Ritual de Preparação na Pira, que já tem toda uma ritualística a ser cumprida, recordemos passo a passo nossa ida a um trabalho de Tronos.

Primeiro passamos pelo Castelo do Silêncio, tomamos sal e perfume, e durante alguns instantes nos harmonizamos para depois irmos em conjunto (doutrinador e apará), já em uma “pré-sintonia” para o setor de trabalho. Ao chegarmos, registramos nossa presença junto ao Comandante, pedindo sua permissão, e desta forma também às Entidades responsáveis pelo setor, que o acompanham.

Ao entrar na área, realizamos uma reverência e um cruzamento entre Doutrinador e Apará antes de nos sentarmos (percebam a ritualística só para poder sentar em um Trono). Aí vem uma nova harmonização e uma intensificação da mediunização, os dois se concentram por instantes, o apará realiza sua prece, o doutrinador “visualiza” sua Princesa, seu Cavaleiro, e só então estarão prontos para a “Ionização”, para unirem suas auras em um conjunto único de recepção vertical.

E mais... Antes de iniciar o atendimento aos pacientes, a Entidade incorpora, é oficialmente identificada em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo e o doutrinador recebe então uma “conferência” se sua aura também está em condições de iniciar o trabalho.

Só então é que iremos iniciar um atendimento.

Já haviam atentado para tantos detalhes? Fazemos tão automaticamente que nem nos damos conta do quanto de preparação existe basicamente para efetivar esta ligação vertical, que irá evitar as interferências horizontais (de irmãozinhos e do próprio médium).

Um par devidamente preparado, seguindo toda a ritualística com atenção, dificilmente estará correndo riscos de uma interferência! O comportamento, aliado a sintonia e mediunização, seguindo todos os passos com tranqüilidade e atenção, dão toda a segurança necessária para o fiel cumprimento da missão.

Ao mesmo passo, os que estão pelo Templo, e resolvem “vamos para os Tronos” e simplesmente vão, sem nada de preparação, mesmo que suas intenções sejam as melhores possíveis, estarão se expondo aos riscos de ficarem “meia fase”. Tendo que esforçar-se para manterem-se na vertical e ainda se expondo desnecessariamente aos riscos de uma horizontalização de forças e das interferências que pode trazer.

O maior alerta é para nós Doutrinadores apressados, que querem iniciar logo o trabalho! Respeitemos a intuição dos Aparás, que normalmente querem paciência e calma. Precisam deste tempo de harmonização, sentem esta necessidade. Nós Doutrinadores, devemos aproveitar para também intensificarmos nossa capacidade de concentração e “nos ligar” com toda a atenção e energia nesta verticalização.

Kazagrande

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