De há muito a vida de Jesus, sua morte e o
que ele representa para a humanidade continua a ter um fascínio, uma auréola
de mistérios que muitos estudiosos de diferentes tendências buscam esclarecer
e trazer novas luzes na tentativa de responder a muitas dúvidas e perguntas,
cujas respostas sempre resultam na imagem de uma criatura extraordinária,
apesar dos diferentes enfoques laicos ou religiosos. Seria cansativo e
antiliterário relacionarmos citações e tratados de renomados pesquisadores e
escritores nos assuntos referentes à vida de Jesus.O nosso intercâmbio
mediúnico com espíritos desencarnados, detentores de cultura
avançada,naturalmente nos conduziu a pontos comuns e também a uma avaliação
sobretudo laica da excepcional figura de Jesus.
O Mestre Nazareno era Um Judeu da estirpe do
rei Davi e descendia, portanto, da nobreza, conforme nos afirma o evangelista
Mateus, 21:9 e 15, "Hosana ao Filho de Davi". Também o evangelista
Marcos, 10:48, faz referência ao filho de Davi.
Jesus nasceu em Nazaré, uma aldeia da região
montanhosa da Galiléia, na época sob o domínio de Herodes Ântipas, tetrarca
da Galiléia e Peréia(4AC a 29DC)
A data do nascimento de Jesus ainda não tem
uma unanimidade por parte dos pesquisadores acredita-se que tenha ocorrido entre
os anos 6 a 9 da nossa era. Também a data de sua morte não tem ainda uma
definição consensual, pode ter ocorrido entre os anos de 26 a 36 DC.
Jesus o Mestre Nazarenos, a maior
inteligência de nosso planeta, viveu no meio do povo, como povo a quem muito
amou. Trabalhou e sofreu por esse povo, pelos humildes, pobres e
injustiçados.No relacionamento pessoal, não via a posição social das pessoas,
mas apenas a criatura humana como era na realidade, pois possuía as virtudes
integras constitutivas do seu próprio ser, que não se modulava às
conveniências.
Após anos de viagens e estudos, voltou à
Palestina culto e sábio para libertar o povo judeu mosáico, das leis
desumanas, da opressão e da miséria. O Mestre Nazareno buscava esclarecer o
povo oprimido para que, pelo conhecimento, se libertasse daqueles sacerdotes
corrompidos pelas riquezas, ambições, poder e que se julgavam donos da vida e
da morte.
A nossa referência à ascendência nobre de
Jesus é apenas no sentido de maior admiração, porque o Mestre jamais fez
qualquer alusão a este fato, jamais se prevaleceu desta condição. Como nobre
tinha direitos adquiridos na sociedade israelense, por isso, quando da sua
crucificação seu corpo não permaneceu na cruz. Este era um direito que até os
romanos respeitavam, tanto assim que, quando José de Arimatéia pediu o corpo
de Jesus para sepultar, foi atendido prontamente.
JESUS E O TRABALHO
Jesus e seu Pai José eram carpinteiros,
fabricavam portas, arados, jugos para juntas de bois, etc. O Mestre Nazareno
era apologista do trabalho e referindo ao CRIADOR, diz " Meu Pai
trabalha até agora, e eu trabalho também" (João, 5:17) O fato de
Jesus exercer a profissão do pai, um carpinteiro era absolutamente normal na
época. Segundo o professor de hebráico na Universidade de Estudos de
Pisa,Itália, Ângelo Vivian: "Para um hebreu religioso, o estudo do Tora
era a mais nobre das ocupações, desde que acompanhado pelo exercício de uma
profissão. A vasta maioria dos grandes doutores hebreus ganhava a vida com
trabalho, como exemplo, o rabino Áquila vivia de recolher e vender
diariamente um feixe de lenha, o rabino lehoshua exercia a profissão de
carvoeiro, o rabino Meir era escriba. O rabino Iosa filho de Hlafta
trabalhava o couro, Saulo de Tarso (Atos.18:3) fabricava tendas de couro e peles.
Entre os artesões, a profissão de carpinteiro (naggãr em hebráico), gozava de
muito prestígio.
-(La storia de Gesú - Rizzoli
Editora-Milão,Itália).
O HOMEM JESUS E ALGUNS EPISÓDIOS
SIGNIFICATIVOS
As pessoas subordinadas às influências
religiosas poderão perguntar. "Mas então, Jesus não era um santo?"
Não, Jesus não era um santo, senão não teria
valor nenhum seu esforço. Jesus tem o seu mérito pessoal e não se pode
excluí-lo da condição humana, divinizando-o.
Como diz o escritor Venezuelano Jon Aizpúrua
" Fizeram-no nascer de uma virgem concebido extracarnalmente, num ato de
pré-gestação, obviamente plagiado da antiquíssima mitologia bramânica".
Jesus não era um agênere ou tampouco um ser
sobrenatural. É preciso que se esclareça o dizer de Jesus: "Eu e o Pai
somos um. O Pai está em mim e eu nele" (João 10:30 e 38).
O Mestre Nazareno após milhares de
reencarnações em milhares de corpos, passando por uma cadeia imensa de
mundos, evoluiu até atingir uma fase bastante elevada da sua evolução,
compreendendo através da iluminação espiritual (sabedoria), que Ele era em
Deus e Deus era Nele.
Jesus, inteligência multimilenarmente
avançada em relação à cultura da época, soube inserir na filigrana das
parábolas o objetivo fundamental, que é a reestruturação da sociedade em
moldes de justiça perfeita.
Os seus ensinamentos aparentemente não têm
cronologia, mas se notarmos bem, em todos eles existe uma conexão perfeita,
profunda entre um e outro, porque todos são direcionados e têm como objetivo
a consolidação da fraternidade na face da Terra.
- Jon Aizpúrua escritor venezuelano (Revista
EVOLUTIVA N° 77- Caracas) Venezuela.
O evangelista Mateus no capítulo 8:8 a 13
narra a cura à distância do servo do centurião: "Vai-te e seja feito
conforme a tua fé". Naquela mesma hora o servo foi curado.
O Mestre Nazareno é viril quando diz aos
esvirros de Herodes que vieram para prendê-lo:"ide e dizei àquela
raposa...."(Lucas,13:22).
É viril e másculo quando enfrenta Pilatos e
os sacerdotes do Sinédrio, sem perder a dignidade, sem se acovardar em nenhum
instante, conservando o semblante sereno e suave.
É corajoso quando penetra no Templo
corrompido pelas negociatas, derruba as bancas de negócios escusos e expulsa
os comerciantes da fé, das oferendas religiosas. Jesus não se curvava, não se
subordinava às leis que privilegiavam uns em detrimento de outros.
Um episódio característico dessa
independência ocorreu quando o Mestre Nazareno a caminho de Jeruzalém,
repousou em Betânia, ficando na casa de Simão, o leproso, desobedecendo às
leis judáicas quanto a pureza. (Marcos,14:3).
É também o Jesus viril, corajoso que se
transforma em Jesus-ternura ao ver uma criança e diz: "Em verdade vos
digo que, se não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino
dos céus. Aquele que se tornar humilde como uma criança, esse é o maior no
reino dos céus". (Mateus,18:3 e 4).
Jesus tem seus pés lavados com perfumes por
Madalena, na época uma prostituta(Lucas, 7:36 a 38); Segundo o Prof.
Francesco Lambiasi "Nenhum judeu reverente se teria deixado tocar e ter
os pés beijados por uma prostituta" (La Storia de Gesú).
Jesus, O Mestre Nazareno, que defendeu a
mulher adultera do apedrejamento e da morte inócua, dá uma magistral lição
consubstanciada de sua célebre frase; "Aquele que estiver sem pecado que
atire a primeira pedra". Posteriormente, levantando a adúltera pelas
mãos indaga: "Mulher, onde estão os teus acusadores?- Se foram, Mestre,
respondeu a mulher detida em flagrante adultério. O Mestre Nazareno dá a
todos nós mais uma sublime e profunda lição: "Vai eu também não te
condeno".
Jesus, que vibra sobre o leproso e diz:
"Sê limpo"! E as carnes apodrecidas e fétidas se regeneram e se
tornam sadias.
JESUS É MESTRE POR EXCELÊNCIA
O Mestre Nazareno para muitos
pseudopregadores e inconsequentes intépretes do Novo Testamento, é Deus.
Confunde-no com Deus e é proclamado por grande número de pregadores de
púlpitos como sendo Deus.
Estas absurdas e até mesmo infantis
interpretações criam e estabelecem um quadro de confusão mental na grande
massa, no povo simples e desprovido de cultura. Esses pregadores sem qualquer
análise ou sustentação racional criam mais confusão do que entendimento.
O Mestre Nazareno é um espírito (homem) que
há aproximadamente 2 mil anos reencarnou na Terra, como normalmente os
espíritos reencarnam. O que difere dos homens é a extraordinária condição de
evolução do seu espírito, exemplificando pelo proceder aquilo que ensinava.
Quando da sua passagem pela Terra, Jesus
constatando que a religião era na época a base e a estrutura da sociedade,
tomou por empréstimo a cobertura religiosa, mas nem por isso deixou de
inserir habilmente, e em oculto, ensinamentos de ordem intelecto-evolutiva,
um dos principais objetivos de sua missão. Mais oculto ainda, o módulo
dinamizador do estruturante social, visando o congraçamento em torno de um
ideal comum bem configurado em duas expressões: "Um só rebanho e um só
pastor" (João, 10:16) e "Amai-vos uns aos outros"
(João,15:17).
Jesus não disse que isso seria a redenção ou
o caminho do céu, mas "ali" estava "toda a lei e os
profetas", ou seja, o módulo operacional (amai-vos), o objetivo (um só
rebanho) e obviamente, a causa e o efeito limitados ao círculo terreno. Jesus
não pregou e nem estabeleceu nenhuma religião. Pregou, isto sim, a
moralização, o auto-respeito e o respeito para com o próximo, a fraternidade
e não a caridade, mas o amor a todas as criaturas. O Mestre veio para ensinar
os homens e não para estabelecer cultos religiosos salvacionistas e
bajuladores eivados de prometimentos cerúleos.
Jesus não trouxe nenhuma proposição que não
estivesse ao alcance do homem aprender, entender, sentir e viver, senão teria
sido um mero visionário inconsequente. Tudo é uma questão de tempo, apenas.
Quando o Mestre Nazareno diz: "Amai-vos
uns aos outros", não está prefixada nenhuma data para que isto venha a
ocorrer, mas o estado intelectual e sensitivo em que o homem deverá estar no
futuro, para exercer esta recomendação. O amor é efeito não causa. Jesus foi
e é mestre por excelência. O Jesus-exemplo porque vivia e praticava o que
ensinava. O Mestre Nazareno não impunha mas, convidava sempre: "aquele
que quiser vir após mim, tome sobre si a sua cruz e
siga-me".(Mateus,16:24)
É preciso entender Jesus.Não é a cruz
infamante do Gólgota, mas a da responsabilidade que de configuração infantil
que vêm sendo difundida há muitos séculos, principalmente no meio religioso.[
O absurdo é atribuir a Deus a co-autoria da
sua morte."Morreu e derramou o seu sangue para nos salvar"!!! Este
seria um Deus sedento de sangue, decretando a morte de seu filho dileto, para
gáudio dos salvacionistas. Já dissemos e voltamos a repetir: "Jesus
estava consciente de que trazendo à Terra princípios que iriam abalar os
fundamentos de uma sociedade hipócrita e inícua desde então, teria que
suportar o suplício de uma morte igominiosa, pois era necessário este
acontecimento como consolidador do idealismo puro".
O Mestre Nazareno, através das suas
pregações, começou a preocupar o Sinédrio e Roma, principalmente quando os
seus ensinamentos começaram a ser compreendidos pelos intelectuais da época.
Naquele tempo de domínio e opressão, pregar para aquele povo injustiçado e
explorado:" Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque
serão fartos"(Mateus, 5:6), representou na verdade a decretação da sua
própria sentença de morte.
Francesco Lambiasi, Professor de Teologia
Fundamental do Pontifício Leoniano de Anagui
Publicação de Kardec Online
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SALVE DEUS! FAÇAM O FAVOR DE SEREM FELIZES. COMAM E BEBAM; A MESA ESTÁ POSTA! SALVE DEUS
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Jesus Histórico
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