segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Elevação


Muitas vezes Jesus coloca diante de nós nossas vítimas do passado, obsessores e sofredores, até mesmo um poderoso exu, para que possamos harmonizar aquela força desordenada.
A elevação ou entrega de um espírito sofredor ou obsessor ao Reino Central (*) é feita pelo Doutrinador, após, através da doutrina, emitir o ectoplasma que a Espiritualidade utiliza para dar o choque magnético naquele espírito, e deve ser feita corretamente, sob o risco de não ser efetivada.
O Doutrinador abre seu plexo e estende os braços erguidos bem alto, de modo que suas mãos ultrapassem sua aura, emitindo com firmeza a Chave de Entrega do Sofredor:

Ó, OBATALÁ! Ó, OBATALÁ!
ENTREGO, NESTE INSTANTE, MAIS ESTA OVELHA PARA O TEU REDIL!

Esta Chave abre um canal por onde é projetado aquele espírito. O médium de força nativa, isto é, sem ser Iniciado, pode lançar um espírito até o Terceiro Plano; o Iniciado pode elevá-lo desde o Quarto ao Sétimo Plano; o Centurião o eleva acima do Sétimo Plano, sendo seu alcance variado conforme sua força, que se amplia a cada passo iniciático ou consagração que recebe.
Outro cuidado que o Doutrinador deve ter no momento da elevação é com sua mente. Ele tem consciência de que está projetando aquele espírito para um plano superior que não conhece e, então, se faz necessário que mentalize um portal de desintegração, uma elipse. Na Mesa Evangélica é fácil, pois a elipse está no centro da Mesa. Em outras situações, o mais indicado é mentalizar a elipse da Estrela Candente, o maior e mais potente portal de desintegração de que dispomos.
Há muitos riscos envolvendo uma elevação mal feita. Se os braços não forem bem erguidos, a descarga poderá ser feita dentro da aura do Doutrinador, originando sérios inconvenientes para ele. Se na hora da elevação a mente do Doutrinador não estiver concentrada, aquele espírito pode ser lançado em outros caminhos, o que pesará nas costas do Doutrinador, pois a ele cabe toda a responsabilidade da entrega.
Temos vários exemplos: um espírito que perturbava o lar do casal que estava trabalhando no Trono foi trazido e, após doutrinado, foi feita a sua elevação. Só que no momento da entrega, o Doutrinador mentalizou seu lar, e para lá encaminhou, de volta, aquele sofredor. Outro Doutrinador, preocupado com a queixa de um paciente sobre problemas que estavam acontecendo com seu carro, obra de um obsessor, ao fazer a entrega, mentalizou seu próprio carro, onde foi se alojar aquele espírito.
Por isso, devemos sempre estar alertas! Ainda desconhecemos a maior parte de nossa capacidade mediúnica e, por isso, temos que buscar a técnica ideal para nossos trabalhos.
Há momentos, como na Mesa Evangélica é comum acontecer, em que o espírito não sobe com a elevação. Há Doutrinadores que insistem, fazendo novas elevações, temerosos de que aquilo signifique falta de força ou desobediência daquele espírito ou, até mesmo, desequilíbrio do Apará, que não solta o irmãozinho. Na realidade, a Espiritualidade está apenas mantendo o espírito incorporado para que ele receba ectoplasma de outra natureza, na doutrina e elevação de outro Doutrinador. É um espírito que necessita dessa dosagem mais alta de ectoplasma para que possa prosseguir sua jornada.
Outro ponto que deve ficar bem claro é que, no caso de obsessores ou de grandes chefes de falanges das Trevas que incorporam em algum trabalho, a elevação pode não ser completada, e aqueles espíritos voltam ao lugar de onde vieram, prosseguindo sua obra, porém com os benefícios do choque magnético da doutrina.
Sempre que o Doutrinador sinta que alguma coisa mudou na comunicação de um Espírito de Luz incorporado, deve pedir licença e fazer sua elevação, consciente de que é o responsável por tudo que acontece naquele trabalho.
Há casos em que o Mentor se afasta e dá lugar a um cobrador, que passa a falar e manipular exatamente igual ao Espírito de Luz, mas provocando confusão com suas mensagens.
Quando o Doutrinador está em perfeita sintonia com o trabalho, percebe a mudança. É o momento da elevação. Caso esteja errado, pode ficar tranqüilo que a entidade, vendo sua mente e seu coração, irá perdoá-lo pelo excesso de zelo.
Na Elevação de Espadas, o Doutrinador faz a elevação do Mentor do Apará, mas ali existe apenas um trabalho conjunto, pois o Mentor aproveita a força da elevação para retirar qualquer impregnação porventura existente naquele plexo, que poderia prejudicar o efeito da consagração.

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