sábado, 12 de janeiro de 2013

A Velha Estrada se Desmorona

Uma estrada construída sem amor é um caminho que se desfaz em agonia e tristeza, pois sua estrutura foi alicerçada sobre o lado podre da alma, e o material de sua composição serve apenas ao plano denso, de vontades e alegorias do ego; é muito pesada e pouco durável.

O Caminheiro trouxe uma nova vida, uma nova estrada. A aventura do espírito, a encarnação, passou de uma noite sem lua para dias claros sem nuvens. Chegam agora os(as) Irmãos(ãs), em Cristo Jesus, para uma nova consciência! Aos velhos imperadores, meu respeito; aos novos semelhantes, a minha admiração.

Quando o Divino Mestre Jesus chamou os apóstolos de vermes, queria demonstrar seu descaso com a bajulação, não precisava de riquezas materiais e era absolutamente livre, mesmo sob a dominação dos Romanos, ou tentativa de exclusão dos próprios Judeus. Eram tempos difíceis, de pouca luz. Um clarão cegou os que muito enxergavam e recuperou a visão dos humildes. Nascia a Nova Estrada... a estrada do Espírito.

Agora não existem fatos para o bem ou para o mal, apenas o sentimento que coloca cada um em seu lugar. Que mereçamos ser convidados pelo Dono do Reino, a ir à frente, quando nos sentarmos nas últimas cadeiras. O merecimento é a justiça que não está nas nossas mãos, mas o conhecimento nos proporciona viver a grandeza das mínimas coisas.

Quantas vezes nossos pés não se feriram pela incompreensão! Mas sei, Grande Pai, que o perfeito emana em tudo. Sou apenas o que pensava ao contrário, porque deixei entregar-me em enganos de fáceis propósitos terrenos. Agora sou Mestre! O servidor que sempre existiu, mas que outrora perdia-se na busca de algo que sempre teve, o Teu mandato da Graça!

Estas não são mais as mãos que outrora se imantavam nas lutas entre irmãos. Foram-se obras de coragem, tempos do Ter. Não há mais o que guardar; as selvas, os mares, nos trouxeram de volta; à frente os que conseguiram a união de suas resistências com a sua entrega, a sua fé: os patriarcas do perdão.

Fazemos agora leves estruturas, onde a entrega material é apenas uma passagem, não obrigação; onde as rodas que giram não precisam mais da agressão e nem da força animal. São sóis e luas, este é o Universo! Estes astros, criados para florescer a vida, não entendiam sublime capacidade. Agora não há mais dúvidas, os erros e as imprudências agora se desalinham, provocam a meditação, clareiam a mente, libertam e transformam.

Já se desmorona a velha estrada, não é preciso forçá-la, a sua capacidade de sobrevivência é a do tamanho de sua carga de amor ao próximo.

Cordeiros e lobos são só fantasias. O interno, só quem lá está pode enxergar, e em cada um, Deus tem o seu conhecimento, a sua sabedoria. Os mansos são os bem-aventurados, pois já encontraram a divindade que há em si. O Consolador é o da essência divina, não afastará expiações ou erradicará o livre arbítrio, chamará a luz que cada um é capaz de transportar. Salve Deus!   

Anderson Augusto - Mestre Lua

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