sábado, 20 de outubro de 2012

Livre como um pássaro


MEDO DA MORTE 



Um dos maiores motivos de sofrimento no além túmulo, é o apego aos bens terrenos.
É importante que reflitamos sobre isso, não nos deixando possuir pelos bens dos quais somos apenas usufrutuários. Um dos motivos de sofrimento dos que ficam, é o fato de não terem se dedicado o quanto deviam àqueles dos quais se despedem.
Por isso, convém que, enquanto estamos a caminho, façamos o melhor que pudermos aos nossos afetos, para que o remorso não nos dilacere a alma depois.
Essa é a temática do nosso vídeo no Momento de Luz de hoje.
Esperamos que apreciem.

MEDO DA MORTE – Livre como um pássaro



Segue o texto do vídeo na íntegra:
Um homem transitava por estrada deserta, altas horas.
Noite escura, sem luar, estrelas apagadas... Seguia apreensivo. Por ali ocorriam, não raro, assaltos... Percebeu que alguém o acompanhava.
Olá! Quem vem aí? - perguntou, assustado.
Não obteve resposta. Apressou-se, no que foi imitado pelo perseguidor. Correu... O desconhecido também.
Apavorado, em desabalada carreira, tão rápido quanto suas pernas o permitiam, coração a galopar no peito, pulmões em brasa, passou diante de um poste de luz.
Olhou para trás e, como por encanto, o medo desapareceu. Percebeu que seu perseguidor era apenas um velho burro, acostumado a acompanhar andarilhos.
A história assemelha-se ao que ocorre com a morte.
A imortalidade é algo intuitivo na criatura humana. No entanto, muitos têm medo, porque desconhecem inteiramente o processo e o que os espera no Mundo Espiritual.
O Espiritismo é o poste de luz que ilumina os caminhos misteriosos do retorno, afugentando temores sem fundamento e constrangimentos perturbadores.
De forma racional, esclarece acerca da sobrevivência da alma, descerrando a cortina que separa os dois mundos.
Com a Doutrina Espírita aprendemos a encarar com serenidade a morte, que chamamos de desencarnação, porquanto ninguém morre.
Isso é muito importante, fundamental mesmo, já que se trata da única certeza da existência humana: todos desencarnaremos um dia.
A Terra é uma oficina de trabalho para os que desenvolvem atividades edificantes, em favor da própria renovação.
Um hospital para os que corrigem desajustes nascidos de viciações pretéritas.
Uma prisão, em expiação dolorosa, para os que resgatam débitos relacionados com crimes cometidos em existências anteriores.
Uma escola para os que já compreendem que a vida não é simples acidente biológico, nem a existência humana uma simples jornada recreativa. Mas não é o nosso lar. Este está no plano espiritual, onde poderemos viver em plenitude, sem limitações impostas pelo corpo carnal.
Compreensível, pois, que nos preparemos, superando temores e dúvidas, inquietações e enganos, a fim de que, ao chegar a nossa hora, estejamos habilitados a um retorno equilibrado e feliz.
O primeiro passo é o de tirar da morte o aspecto fúnebre, mórbido, temível, sobrenatural... Há condicionamentos milenares nesse sentido.
Existem pessoas que simplesmente se recusam a conceber o falecimento de um familiar ou o seu próprio.
Transferem o assunto para um futuro remoto. Por isso se desajustam quando chega o tempo da separação.
Onde está, ó morte, o teu aguilhão? - pergunta o Apóstolo Paulo, a demonstrar que a fé raciocinada supera os temores e angústias da grande transição, dando-nos a compreensão de que o fenômeno chamado morte nada mais é do que o passaporte para a verdadeira vida.
O Espiritismo, se estudado, nos proporciona uma fé inabalável. O conhecimento de tudo o que nos espera, e a disposição de lutarmos para que nos espere o melhor.

* * *

Um dos maiores motivos de sofrimento no além túmulo, é o apego aos bens terrenos.
Muitas pessoas não aceitam as normas estabelecidas pela aduana do túmulo, que não nos permite levar os bens materiais no momento em que passamos para o outro lado.
Isso demonstra que tais pessoas ainda não entenderam que os bens materiais nos são emprestados por Deus como meio de progresso, e que os teremos que devolver, mais cedo ou mais tarde.
É importante que reflitamos sobre isso, não nos deixando possuir pelos bens dos quais somos apenas usufrutuários.
Um dos motivos de sofrimento dos que ficam, é o fato de não terem se dedicado o quanto deviam àqueles dos quais se despedem.
Por isso, convém que, enquanto estamos a caminho, façamos o melhor que pudermos aos nossos afetos, para que o remorso não nos dilacere a alma depois.

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