A Vivência Mediúnica de hoje fala da transição pela qual estamos passando no nosso planeta, principalmente no nosso planeta íntimo.
Propomos reflexões sobre esta expectativa global crescente de mudança, uma expectativa que anseia pelo fim dos tempos antigos, surgindo um tempo de amor.
Uma mudança que nos avisa que está na hora de agir de acordo com esse novo ser, de ancorar a ascensão nas ações, no dia-a-dia. Está na hora de pisarmos firmes no chão e cumprirmos nossas tarefas, sem abrir mão das nossas aspirações espirituais.
Marchemos em direção ao que verdadeiramente somos.
Muita paz.
VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS (108)
Tenho pensado mais amiúde acerca das transformações, que, em ritmo galopante, tem ocorrido em todo o globo terrestre, e partilho com vocês, hoje, as minhas reflexões pessoais, seguidas de fragmentos escolhidos do Evangelho.
Há certa inquietação no ar, que para mim ressoa como uma expectativa global crescente de mudança. Uma boa parte da humanidade aguarda um desfecho, e muitos se colocam como espectadores de um apocalipse global.
O significado deste ápice de eventos sucessivos varia desde a bem-vinda Nova Era até um oposto catastrófico de “fim dos tempos”, sobre o qual comentamos anteriormente neste blog.
Tenho tido alguns momentos assim, como se estivesse numa praia enquanto o mar fica cada vez mais longe, naquele momento que antecede ao tsunami. Mas, pessoalmente, sinto que essa mudança é muito mais interna que externa, e já está em pleno desenvolvimento.
Não são as forças das águas ou as demais forças da natureza que mais incomodam, e sim a revolução no mar interno dos pensamentos, crenças e posicionamentos.
O impacto das mudanças geofísicas não tem sido proporcional às transformações políticas e sociais que sacodem o globo.
É o homem novo, o evolvido como diria Pietro Ubaldi, que chegou para ficar e afirmar-se no orbe terrestre. Traz uma ética humanista baseada em valores universais.
Não dá mais para ficar “em cima do muro”, com pensamentos e frases feitas destituídas de uma lógica cristã, do tipo que “o bem de alguns é o mal de outros”. Tratando-se de bens imateriais, dos tesouros do Espírito, o que é realmente bom e bem para mim, o é para todos, sem exclusivismos ou falácias, dentro da mais límpida lógica Cristã.
Os antigos códigos de conduta esbarram na nova ética, em verdade, uma ética atemporal a cristalizar-se, a Ética Cristã.
A moral ensinada pelo Cristo e por muitos outros Mestres, está a sedimentar-se nas consciências dos homens. Esse é o processo pessoal, do apocalipse interno e intransferível de cada um. Estejamos encarnados ou não, todos nós estamos em processo de mudanças profundas, é o inexorável processo evolutivo em curso.
As filosofias, sistemas sócio-políticos e religiões dogmáticas, baseadas na exclusão e preconceito, comportam-se como pedras duras que teimam em não mover-se à chegada do turbilhão das águas. Aguas que aparam suas arestas e arrastam-nas, até que, como seixos rolados, descansem em outras paragens. Tenho pensado e aparado algumas arestas na tarefa, não muito fácil, da auto lapidação.
Como reflexo externo da demanda interna, pipocam as guerras, guerrilhas e disputas entre o status-quo desvirtuado e normótico, e um novo paradigma global baseado em valores mais equânimes. Os conflitos menores, em termos populacionais, estão no cotidiano, na convivência familiar, nos relacionamentos e no trabalho.
As mudanças assustam aos que teimam em manter velhas posturas. Devemos respeitá-los, porém a nossa livre-escolha passa necessariamente pelo auto respeito e auto amor, pela fidelidade a quem realmente somos.
Não fará bem a ninguém abandonar seu projeto evolutivo porque o outro não quer prosseguir. Liberar-se e seguir servindo de modo consciente ao Senhor real, a quem elegemos como modelo evolutivo, faz parte do projeto.
Muitos sofrem devido a esses confrontos, mas lembro sempre do consolador e do sábio Sermão da Montanha, e do tempo de Paz que já está a vir.
Observo que, junto às trágicas notícias, são inúmeros os textos e postagens na mídia, principalmente na internet, que falam da missão individual e coletiva desse novo homem que emerge, ainda com alguma dificuldade.
É animador que se pense e se fale mais sobre Amor, Fé, Solidariedade, Responsabilidade, Espiritualidade e Religiosidade. Isso está ocorrendo em todo o planeta, povos e nações de culturas tão diversas convergem e partilham! Todos aspiram à Paz.
Mas, está na hora de agir de acordo com esse novo ser, de ancorar a ascensão nas ações, no dia-a-dia. O evolvido pisa no chão e cumpre suas tarefas, sem abrir mão das suas aspirações.
Sinto que margeamos o “reino do Senhor na Terra”.
Do Livro dos Espíritos, capítulo II, “Meu Reino não é deste mundo”, Pilatos tendo entrado de novo no palácio e feito vir Jesus à sua presença, perguntou-lhe:
- És o rei dos judeus?
– Respondeu-lhe Jesus: Meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas, o meu reino ainda não é aqui.
Disse-lhe então Pilatos: És, pois, rei?
– Jesus lhe respondeu: Tu o dizes; sou rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence à verdade escuta a minha voz.
(S. JOÃO, 18:33, 36 e 37.)
Há muitos comentários sobre esse trecho, mas uma parte dessa fala me intriga particularmente: “Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas, o meu reino ainda não é aqui”.
O “reino ainda” não estava realizado, o que está a ocorrer nesse grande processo de transição. E a “minha gente”, somos todos nós, que ao abraçarmos seus desígnios, passamos a defendê-lo, apropriando-se da Sua Moral e compartilhando do Seu Amor.
Sem sectarismos, vejo como “judeus” não o povo especificamente, e sim a antigos dogmas e crenças baseadas em poder e deidade humanizada vingadora. Poderiam ser romanos, chineses, brasileiros ou etc...
Esse é o bom combate, e todos fomos convidados para pertencermos ao seu reino, defendendo-o. Toda a humanidade.
Milhares de Espíritos de Luz estão na Terra a nos auxiliar, inspirar, proteger e incentivar. Formam um exercito de Luz, o “povo” do Senhor que está aqui, agora, trabalhando conosco e em nós próprios para consolidar seu reino.
Os Bem-Vindos e os Bem-Aventurados, pois todos nós podemos ser Bem-aventurados, construiremos esse Reino, a princípio dentro de nós mesmos, e depois no externo e no coletivo. O mundo de Paz e Prosperidade já se delineia, à despeito de rasgos de escuridão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário