“Consagrei
Centúria! Agora posso comandar!”
Esta
é uma frase comum, que muitos não têm a coragem de dizer claramente, mas que a
maioria dos Doutrinadores sente intimamente.
É
natural, pois nossas heranças são de Comando e liderança.
Mas
o quê implica em ser Comandante?
Como
assumir os primeiros Comandos?
Qual
deve ser a minha postura como tal?
Primeiramente
compre um Livro de Leis! Um Comandante tem que conhecer todo o Ritual e suas
Leis. Tem que ter seu próprio Livro de Leis, e ler com muita atenção, tirar as
dúvidas com o Adjunto ou com Comandantes veteranos. Nunca pode ser um
“sabetudo”, pois o bom sendo é a principal resposta a todas as indagações
surgidas. Nossa Doutrina é coerente em suas Leis, e as lacunas que existem em
determinadas explicações, são sempre preenchidas com bom senso e equilíbrio.
Após
conhecer o Ritual, participando como observador de diversos Comandos de
Trabalho, é hora de trabalhar seu íntimo para a missão! Lembre-se sempre: não é
um cargo, é uma missão!
O
Comandante não é o “Chefe”! Não é quem manda e
desmanda e faz o quê quer! O Comandante é o “Responsável”. E “responsável”, na
acepção clara da palavra, é quem responde por tudo que acontece dentro de sua
responsabilidade. Colhe os frutos e bônus de sua atuação, ou sai no prejuízo total
por não saber conduzir-se.
Para
ser um Comandante e não ficar no prejuízo cada vez que assumir uma escala, tem
que ser equilibrado, atencioso, educado, prestativo, solidário, paternal e
entender a linha tênue que une Amor e Razão!
Abrir
o plexo, fazer a Chave de Abertura e dar ordens, qualquer um faz. Pegue um
paciente, dê a ele um papel com a Chave e ele vai... Agora, “Comandar”... É,
sobretudo, preparar-se para o peso da responsabilidade assumida! É estar com a
Tolerância aliada ao Amor Incondicional, vibrando na Humildade de servir.
Tem
que tolerar os médiuns que chegam desequilibrados e arrogantes, o paciente que
chega sofrido e fanatizado. Tem que saber olhar com os olhos do espírito e
encontrar os que estão verdadeiramente dispostos a auxiliar.
Elegância
e Educação! São palavras que devem definir o
Comandante para qualquer paciente ou visitante que o olhar!
Outro
ponto importantíssimo ao assumir um Comando: Comandante não pode faltar!
Ao
assumir uma escala, o compromisso é feito com seu Cavaleiro, e este não vai
faltar... Se você não aparecer, vai ficar sozinho, a mercê do próprio karma,
seu Cavaleiro vai estar bastante ocupado auxiliando aos que você abandonou.
Não
existem desculpas para faltar uma Escala! Pode até existir uma justificativa de
força maior, esta a Espiritualidade saberá avaliar, mas nada pode desculpar a
ausência em um trabalho assumido espontaneamente. Pois as escalas deverão
sempre ser assumidas espontaneamente! Ninguém pode lhe “escalar”, ou cobrar
sua presença, sem que você tenha assumido o compromisso.
Ninguém
é obrigado a assumir, mas assumiu? Tem que cumprir!
Não
irei estender mais este texto, mas aos poucos, iremos abordando o Comando de
cada um de nossos Trabalhos, de forma a mostrar na prática, como conduzir-se em
cada um, da Mesa Evangélica à Estrela Candente.
Kazagrande
O Centurião no antigo
exército romano era a patente de um homem responsável por outros cem homens.
Hoje, no Vale do
Amanhecer, o Centurião é o médium completo. Preparado e conhecedor das Leis e
Chaves do Amanhecer. Através da Centúria o médium verdadeiramente deve tomar
consciência de sua missão. Passa a ter a responsabilidade de conhecer nossas
leis, e saber conduzir-se em um trabalho, seja comandando ou comandado. Soma-se
a isso a responsabilidade de também externar a sua conduta.
Quando falo em externar
sua conduta, significa que não apenas dentro do Templo se deve buscar o
equilíbrio, a humildade, a tolerância e o amor. O conhecimento implica em
assumir nossos atos, e buscar verdadeiramente, 24 horas por dia, a própria
evolução. É compreender que terá que aplicar na prática diária o comportamento
que já deve estar tendo dentro do templo. Por este motivo, nunca se questiona
“quem é a pessoa” quando ingressa na Doutrina. O conhecimento vai libertando
cada um de sua ignorância inicial, e aquele que antes poderia estar na
marginalidade, com o tempo, vai compreendo a incompatibilidade do que realiza
no templo, com o quê possa estar fazendo de errado fora dele.
Através de nossas ações
é mudamos nossa vida! Todos os dias devemos pedir o devido auxílio para zelar
pelos nossos pensamentos, palavras e ações.
O Centurião perde o
direito ao julgamento do próximo, passa a ser juiz de si mesmo! Tia Neiva já
afirmava que “o maior desajuste é o julgamento". Julgamento é uma palavra
bastante abrangente, se refere até mesmo para aqueles momentos em que acreditamos
estar sendo vibrados. Esta simples preocupação já gera uma vibração, e aquele
que a recebe, muitas vezes está isento, assim aquela força volta para sua
origem, fazendo mal justamente ao seu emissor.
Nossa forma de avaliação
só pode basear-se nas coisas práticas. Verificando pelos frutos... É pelo fruto
que se conhece a árvore.
Nos Planos Espirituais
Superiores o Centurião é o Cavaleiro, o guardião, costumava dizer nas aulas que
era a “Policia Federal”.
A relação entre Centúria
e comando somente se dá pelo gabarito adquirido de conhecer as Chaves e Leis.
Se sua missão está nisso ou não, na verdade não importa! Trabalho espiritual é
trabalho espiritual! Somente sua consciência e mediunização poderão avaliar o
quanto você está recebendo em cada realização. Afirmo que muitas vezes um
médium em uma mesa evangélica pode receber mais que um comandante na Estrela
Candente... Tudo depende da sintonia com que se realiza o trabalho.
As Consagrações e
Classificações implicam primeiramente em MAIS RESPONSABILIDADE E COMPROMISSO.
"A Centúria significa para o Apará um
portal de desintegração aos mundos ainda desconhecidos, é mais uma chave com
mil
conhecimentos”.
Tia Neiva
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