A Lojinha
Pai João se aproximou de Tia Neiva enquanto ela caminhava pelo
pátio frontal do Templo:
- Fía, olhe para aquele médium ali e tenha muito carinho em sua
avaliação.
Tia Neiva percebeu tratar-se de um Mestre bastante conhecido e
aproximou-se iniciando uma conversa sobre um tema qualquer.
Enquanto falava, em sua clarividência, observava a aura do
Médium e lhe chamou atenção a dissonância entre o quê via, e o quê estava sem
seu colete. Com muito tato tocou no tema, e soube que ele havia adquirido de
um vizinho, por um preço mais em conta. Este colete tinha um Radar que ele
ainda não havia conquistado!
Explicou a ele a importância de somente usar aquilo que houvesse
conquistado, assim não correria o risco de participar de um trabalho em uma
posição para qual seu plexo ainda não estivesse preparado,
trazendo conseqüências para toda sua jornada!
Passou na Lojinha e deu a ele um colete novo, orientando-o para
que procurasse os Devas afim de obter a orientação sobre quais as armas que
poderia realmente usar.
***
Salve Deus! A Lojinha surgiu para ordenar a aquisição de nossas
armas, para proteger o médium de usar algo fora do padrão, ou fora de suas
reais condições mediúnicas. O mestre responsável tem que ser um profundo
conhecedor de nossas armas e saber orientar, com carinho e respeito, todos
que procuram, encaminhando aos Devas, quando necessário.
A função da Lojinha não é gerar lucros abusivos, pode participar
com um lucro justo na manutenção das despesas do Templo (água e luz, por
exemplo), mas sua função não é ganhar dinheiro com a exploração do corpo
mediúnico.
As armas devem ter uma pequena margem de lucro, para as
despesas, mas também cumprir seu papel de auxiliar os médiuns menos
favorecidos que a procurarem. Eu mesmo recordo que não tend nenhuma condição
de pagar pelo meu primeiro colete, o recebi sem qualquer despesa ou
compromisso firmado.
Obviamente não se pode sair dando nada de graça, cada qual deve
lutar também pela conquista de cada radar a ser colocado no colete, mas não
se pode fechar os olhos àqueles que, não podendo nada doar de dinheiro para o
Templo, contribuem, com seu trabalho físico, auxiliando nas obras,
participando ativamente em qualquer atividade que lhes seja solicitado,
assumindo as funções mais humildes e normalmente de maior esforço físico.
A maioria de nossos médiuns é carente, e se esforça na aquisição
de cada arma após uma difícil jornada para conquistá-la. Assim, nada como o
bom senso para definir os preços e o emprego produtivo de cada centavo que
ingresse para o benefício material de todos.
Aqueles que visando uma pretensa economia começam a confeccionar
os próprios Radares ou buscar “alternativas” para aquisição, estão fora da
Contagem deixada por Tia Neiva! Não basta ser “igualzinho”, tem que ter a
emanação do Mestre responsável, designado para este trabalho específico.
Tendo os preços justos, a Lojinha elimina os “piratas
doutrinários”.
Estes normalmente visam o lucro, disfarçando suas reais
intenções em “preços melhores”, mas revertem os lucros somente para si,
acabando até por comprometer sua própria encarnação.
Perolas do Pai João
Kazagrande
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SALVE DEUS! FAÇAM O FAVOR DE SEREM FELIZES. COMAM E BEBAM; A MESA ESTÁ POSTA! SALVE DEUS
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Perolas do Pai João - A Lojinha
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