segunda-feira, 2 de abril de 2012

Tiãozinho e Justininha



          Existiauma bela fazenda, situada no município de Ponta Porã, estado de Mato Grosso,tendo como proprietário o Sr. Germano Perez, que ali vivia com sua esposa, DªGuiomar Peres, e seus três filhos.


         
Suafilha mais velha, linda mocinha paraguaia, nos seus 14 anos de idade, cabeloscompridos e louros, olhos negros “rasgados”, chamava-se Justininha Perez.

          Alivivia, em completa harmonia, esta honesta família. O Sr. Germano tinha muitosnegócios com animais de criação, de inigualável qualidade. Apesar de suanacionalidade paraguaia, já se sentia um brasileiro naturalizado.

          Em 1915, eu, Sebastião Quirino deVasconcelos, filho de fazendeiros de Mato Grosso – Joaquim de Vasconcelos e DªPersínia Quirino de Vasconcelos, minha mãe – estava administrando, com mãofirme, nossos bens, vivendo em nossa fazenda, cercado pelo amor de meus pais.

          Certo dia,meu pai me chamou e me entregou uma quantia em dinheiro, dizendo-me:

          - Meu filho,já tens um pouco de prática, e melhor seria, para nós, se não precisasses teausentar daqui. Porém, preciso que vás até Ponta Porã comprar uma partida debom gado para ser solto, aqui, nestas invernadas. Esta é a melhor maneira deempregar este teu dinheiro. Dizem que na Fazenda Perez tem um gado sadio e porbom preço. Sim, meu filho, em breve estarás se casando, e deves, desde já,cuidar do teu futuro. Vá, meu filho, aproveita estas invernadas...

          Três diasdepois desta conversa, estava de partida. Equipei uma tropa de bons animais,com cinco vaqueiros armados com seus bacamartes de chumbo grosso, pois eraaquela região muito perigosa, infestada de onças traiçoeiras. Levei, também,dois comandantes, peritos em guiar boiadas e um crioulinho, chamado Zeferino,homem de minha inteira confiança, pois fomos criados juntos e eu o consideravacomo um irmão. Só que eu era claro, e ele pretinho como piche. Com oscargueiros repletos de apetrechos de cozinha e mantimentos, com as bênçãos demeus pais, partimos para Ponta Porã.

          Gastamosvinte dias em nossa jornada, e ficamos conhecendo uma porção de lugarejos, ondeparávamos para descansar e pernoitar, tendo eu, na minha bela idade, namoradomuitas moças.

          Chegamos, porfim, à bem formada Fazenda Perez, e fomos muito bem recebidos por um senhorgordo, de aspecto bonachão, que se apresentou como o Sr. Germano. Convidou-nosa entrar na grande casa, e ordenou que nos fosse servido o jantar.

          Depois dalauta refeição, fomos nos sentar em uma ampla sala de visitas, para podermosconversar sobre negócios.

          Nossa atençãofoi despertada pela entrada de uma mocinha, com belas tranças e um arangelical, que vinha trazer uma moringa com água.

          - Justininha,minha filha, – disse o Sr. Germano – venha até aqui conhecer estes cidadãos!

          E voltando-separa nós, continuou:

          - Esta é aminha filha mais velha. Ela é muito caseira, muito acanhada. Não gosta defestas, e só sai de casa para ir à casa da tia. É muito sistemática estamenina...

          Ela foicumprimentando, apertando as mãos de um por um, até chegar diante de mim.Olhamo-nos como se já nos conhecêssemos, e senti meu corpo se arrepiar. Ela seretirou apressada, mas eu estava certo de que ela também sentira alguma coisade diferente, como se já tivéssemos nos encontrado em outras eras.

          Após algumtempo, o Sr. Germano chamou Dª Guiomar, que era uma pessoa muito alegre, e nospropuseram:

          - Vamos pegaros instrumentos e cantar até a hora de dormir?

          Todosapoiamos a boa idéia e, pouco depois, chegaram alguns tocadores, acompanhadospor umas mocinhas. Começaram a tocar e a cantar e, enquanto isso, os donos dacasa nos serviam bebidas, doces e biscoitos.

          De repente,ouviu-se uma exclamação de surpresa do velho fazendeiro, que se deparara comJustininha sentada ali, assistindo à alegre reunião. Sua filha raramenteparticipava desses eventos.

          O Sr. Germanopegou a mão de sua filha e pediu silêncio.

          - Justininha,agora, vai cantar em homenagem aos nossos visitantes! – anunciou.

          Justininhacorou, acanhada, e nossos olhares se cruzaram. Ela, então, foi para junto de umvioleiro, e iniciou uma canção, que dizia:

                    Meuamor nunca chega,
                    Eume canso de esperar...
                    Agarça branca me disse
                    Queele não vai demorar!...

                    Papaizinhome consola,
                    Garçabranca vai buscar...
                    Nãoé mentira do papai,
                    Meuamor já vem pra cá!

          Terminada a canção, todos aplaudimos.Eu estava fascinado por aquela criaturinha, uma linda criança! Sentia meu peitoexplodir de paixão pela bela Justininha. Pediram que eu cantasse alguma coisa.Peguei meu violão, e comecei:

                    Morena,minha morena,
                    Morenados sonhos meus,
                    Lábiosda cor de verbena,
                    Morenados olhos meus...

                    Deusao te fazer, criança,
                    Fez-teentre as flores a mais bela,
                    Dotandotua alma de esperança
                    Eteu olhar de estrelas!...

                    Querodormir em teus braços,
                    Aosgozos do coração,
                    Minhaalma assim não resiste
                    Atanta ingratidão...

                    Nomar de tuas madeixas,
                    Quiseraeu naufragar...
                    Teusolhos negros me matam
                    Nessasingeleza sem par!

          Terminei, etodos vieram me cumprimentar. O Sr. Germano me disse:

          - Jovem, parabéns.Tens uma bela voz, e creio que deixou muitos corações apaixonados!...

          O fazendeiroanunciou que estava na hora de dormir, e todos começaram a se retirar. Fiqueipor ali, e me sentei diante do fogo que estava se apagando, mergulhado em meuspensamentos.

- É verdade, – pensava – que sempresonhei com alguém como Justininha. Sinto que ela veio matar esta saudade que euvivia alimentando em meu coração, sem mesmo saber de quem!

Mergulhado em meus sentimentos e emminha paixão, senti, de repente, alguém que se aproximava, às minhas costas.Virei-me, e qual não foi minha surpresa: ali estava Justininha, com sua saiabem comprida, seus cabelos soltos e uma echarpe sobre os ombros. Senti forteemoção, e, se não estivesse já sentado, por certo teria caído. Ela falou:

- Meu papaizito pediu-me para vir terconsigo. Ele me disse que você é um jovem educado e de boa família, e queparece estar triste em nossa casa!

Ela continuou, com seu ar angelical, afalar:

- Sabe, senhor Sebastião, eu queriaouvir, novamente, aquela sua canção! Gostei tanto!

E escondendo o lindo rostinho naecharpe, perguntou:

- Foi para mim que o senhor cantou, nãofoi? Se foi, peço que a recite agora, sem música... Quero ouvi-la novamente!

Eu não conseguia desviar o olhardaquela pequena fada. Falei, emocionado:

- Dona Justininha, quando a senhoracantou, disse que seu amor estava longe, mas já vinha para si. É verdade queele existe e que seu pai bem o conhece? Responda-me, porque eu a amo e queroque seja minha esposa!...

A surpresa paralisou-a por um momento.Logo, sorriu e me respondeu:

- Não, não tenho nenhum amor... Sei quesinto uma grande saudade, que eu mesma não sei de quem! Só sei que ele existee, um dia, chegará, e me levará para longe daqui. O senhor vem de muito longe?

- Sim! – respondi, emocionado – E teriacoragem de casar-se comigo e, juntos, irmos embora daqui?

- Sim! Sim! – respondeu ela – Sinto quevocê é esse meu grande amor!... Se o papaizito e a mamãezita consentirem, vamosnos casar, e partiremos juntos... A tua canção... Sei, agora, que cantou paramim, porém, naquele momento, não gostei, porque parecia que olhava, comternura, para Marinalva, aquela sirigaita, que eu não suporto!... E você tambémaplaudiu muito quando a Maura cantou! Sabe? Fiquei sem graça, com ciúme, quasecom raiva, e por isso não quis mais cantar. Ainda tinha uma linda canção paracantar para você... – e concluiu com firmeza – E quando você quiser algumacoisa, peça para mim, que eu mesma virei trazer. Pode dirigir-se a mim, ouviu?Não precisa pedir nada às outras moças, porque terei o maior prazer ematendê-lo.

Ao ouvi-la, pensei como era singularaquela moça. Sentia minha paixão aumentar a cada momento. Disse-lhe, então:

- Justininha, nada quero com estasmoças! Estou apaixonado por você e vou pedir a seus pais o consentimento paranos casarmos. Amanhã já irei embora, mas vamos marcar um dia para eu voltar epedi-la em casamento...

O Sr. Germano chegou, interrompendonosso encontro, e disse:

- Meu rapaz, está de parabéns! Minhafilha até parecia um bichinho arredio e, no entanto, soubestes torná-la tuaamiga. Parabéns, meu jovem, parabéns!...

Sorri como resposta e fomos dormir.

No outro dia, bem cedo, separamos ogado e fiz o pagamento. Juntei meus empregados e tudo ficou pronto para apartida. Fui me despedir dos velhos, e o Sr. Germano me contou que estava, hámuitos anos, sem sair da fazenda, e que gostaria de dar um passeio com afamília. Aproveitei a oportunidade, e ofereci-lhes minha casa, ficando acertadoque, tão logo pudessem, iriam passar uns dias conosco, em nossa fazenda.Justininha foi até o curral para as nossas despedidas. Contei-lhe sobre oconvite que havia feito e a possibilidade de conhecerem meus pais. Ela saiuchorando, e senti algo atravessar minha garganta, sufocando-me. Parti com meupovo, levando quinhentas cabeças de gado. Retornávamos pelos mesmos lugares quehavíamos passado na ida, mas não tinha a mesma alegria. Meus companheirosriam-se de mim, dizendo:

- A paraguaia parece que prendeu ocoração do patrãozinho!

- É verdade – confirmavam outros,sorrindo – e, pelo que vemos, vai haver festança em breve!

E ficavam sempre brincando comigo,procurando afastar minha tristeza.

Na verdade, eu tinha ânsias de gritaraquele amor que sufocava meu peito. Notei, então, que Zeferino estava como eu.Querendo ajudá-lo, num momento em que ficamos só nos dois um pouco afastados dopessoal, perguntei-lhe o que estava se passando. Ele baixou a cabeça e falou,quase chorando:

- Sabe, Tiãozinho, a verdade é quegostei muito daquela crioulinha, chamada Tianinha, que foi criada por DªGuiomar. Nós nos demos muito bem, e se eu não me casar com ela, morro depaixão... E sei que ela também morrerá!

Fiquei boquiaberto, surpreso por vê-loestar na mesma situação que eu. Contei-lhe sobre minha paixão pela linda meninaparaguaia. Animei-o, dizendo que eu faria tudo para ver nós dois felizes,realizando nossos sonhos de amor. Ele ficou tão alegre que pegou o bacamarte edisparou um tiro para cima, cujo estampido assustou todos. Para os rapazes quese acercaram de nós, curiosos, ele disse:

- Vou me casar com Tianinha! Vou mecasar! Convido todos para o meu casório!...

Prosseguimos nossa trabalhosa viagem e,sofrendo e brincando, chegamos em casa. Meus pais já estavam preocupados esaudosos, e fizeram grande festa pela nossa chegada. Logo que arrumamos ascoisas, fui procurar Martinha, minha antiga namorada, e fiquei surpreso:durante os dois meses que durou minha viagem, ela ficara noiva de outro!

Seguiram-se dias de calmaria, e fuirelatando aos meus pais os detalhes da viagem, inclusive sobre nossa rápidaestada na fazenda do Sr. Germano e a forma gentil com que ele nos tratara.Contei, com pormenores, a paixão de Zeferino por Tiana, seu desejo de logo secasarem, mas me resguardei, nada falando de Justininha. Meus pais ficaram bemimpressionados com o que contei, e demonstraram o desejo de logo conheceremaquela família que tão bem nos acolhera.

O tempo foi passando, e já se tinhaescoado quase um ano de nossa viagem. Não conseguia deixar de pensar na minhabela paraguaia, e Zeferino já começava a perder a esperança de reencontrarTiana. Tive, então, a idéia de pedir a meu pai que enviasse um convite àfamília Perez para que viessem passar o Natal conosco. Ele, alegremente,concordou, e logo partiu um mensageiro, portando o convite.

Passados uns dias, eu estava no curral,na rotina do trabalho, quando chegou Zeferino esbaforido, gritando e pulando:

- Chegaram! Chegaram! Eles já estão láem casa!

Saímos correndo, com o coraçãoexplodindo no peito. A primeira coisa que vimos foram os animais parados dianteda casa. Chegamos como dois furacões, e a alegria estava em nossos semblantes enos de nossos visitantes.

Seguiram-se dias de alegria erealizações, porque, revelados nossos sentimentos, tanto o Sr. Germano como meupai se mostraram felizes com nossa união. Isso solidificou ainda mais a amizadeque surgiu entre os dois. Algum tempo depois, realizou-se o enlace de Zeferinoe Tiana. Um mês depois, casei-me com Justininha. Ela, em seu vestido de noiva,era o símbolo da pureza, embora seus ciúmes fossem os mais engraçados possíveise todos riam da sua ingenuidade.

Fomos morar em um retiro, perto da sededa fazenda. Lembro-me bem que, quando já estávamos com cerca de dois meses decasados, recebemos a visita de umas primas minhas, que vieram de Parnaíba, eficaram com meus pais. Justininha, ao vê-las, ficou com ciúme, fazendo suasbirrinhas. Resolvi, então, me retirar, pedindo desculpas e alegando que tinhaque ir encontrar Zeferino. Quando me preparava para sair, minhas primas seacercaram de mim, pedindo que eu não fosse. Justininha ergueu-se e, com umgeitinho altaneiro, disse:

- Respeitem-me, ouviram? Ele é meuesposo, e quem manda sou eu. Por isso, sinhás corujas, cheguem mais perto e vãover!...

Depois, virando-se para mim, falou:

- E você, não gostou do que fiz?

Cheguei-me a ela, e tomando-a nosbraços, dei-lhe um beijo, sorrindo daquela cena.

Sim, meus irmãos, quando amamosverdadeiramente, quando estamos com nossa alma gêmea, estamos com a mais docedas mulheres e, em geral, aquelas são, aos nossos olhos, as mais belas, divinase originais! Por este amor, perdoamos tudo, em recompensa pelo que de bom nostraz. Justininha e eu éramos eternos namorados, porém seus ciúmes continuavam.Eu bem a compreendia, ao ponto de até achar graça de seus caprichos tãoinfantis.

Estávamos com cinco meses de casadosquando resolvemos passear na casa de uma tia minha, onde eu ficara paraestudar, quando criança. Todos gostaram da idéia, e, com as recomendações dosvelhos, partimos rumo à cidade de Parnaíba.

Chegamos às margens do grande rio, eera preciso usar uma chalana para fazer a travessia. Senti medo, mas nadadisse. Entramos na embarcação e partimos. Ao chegar na metade do caminho, sentique não estávamos seguros, e houve uma profunda confusão. Abracei Justininhacom força, e tive a sensação da morte! Foi tudo tão repentino que não consigodescrever.

Ouvi Justininha gritar e me falar emdesespero:

- Tiãozinho, saia de perto dessacoruja!

E virando-se para uma moça que estavaali junto, continuou:

- Saia de perto do meu esposo, sinhácoruja! Ele é meu esposo, viu?

Vimos, então, que a moça olhava, aolonge, aquela fatal chalana, que acabava de afundar nas águas do rio Parnaíba.Depois, escutamos gritos de desespero... Olhamo-nos e logo compreendemos quenão mais éramos deste mundo físico. Sim, ali ficaríamos esperando algum chamadopara outras moradas!...

Depois de algum tempo, assistimosquando chegaram nossos restos mortais. Justininha em tudo reparava e ria,achando graça do que via. Porém, se alguma moça ia ver meu cadáver e faziaqualquer comentário, ela brigava e dizia coisas que me faziam rir. Tudo ali,onde estávamos, era novidade e motivo de riso para nós. Começou a escurecer eeu comecei a me preocupar conosco. Que devia fazer? Justininha parecia umfrágil passarinho e se agarrava em mim. Era o que me preocupava: sua inocênciae sua confiança em mim a livravam de qualquer pensamento mau. Disse-lhe:

- Justininha! Somos espíritos, e onosso mundo, o mundo dos espíritos, me parece ser outro, longe daqui. Vamospedir a Deus que nos mande um Guia, para bem nos conduzir, pois não sabemos ocaminho e temos que chegar lá!

Ela começou a rezar a Ladainha de NossaSenhora. Eu sabia, apenas, a Ave-Maria que minha tia havia me ensinado. Acercou-sede nós um homem, trajando como se fosse um fidalgo, que disse chamar-se Netunoe pediu que o acompanhássemos. Porém, nós tivemos medo, e não quisemos seguircom ele. Começamos a correr de um lado para outro, sendo assediados porespíritos sofredores, que mais pareciam bichos, e que tentavam nos agarrar.Chamávamos por Deus e, na mesma hora, eles se afastavam.

Já estávamos cansados de tantaperseguição, quando apareceu novamente o fidalgo e nos disse:

- Meus filhos! Sempre fui o protetor devocês e, no entanto, me temem, pois já se esqueceram de mim. Agora, escutem oque lhes vou dizer...

Nisso, ia passando um casal deencarnados, e ele continuou:

- Sim! Vocês, agora, são espíritos! Voulhes dar uma prova. Vá, Tiãozinho, pegue Justininha e passem por eles – falou,apontando o casal.

Lembro-me bem! Passamos através deles,e o casal apenas revelou sentir arrepios e continuou caminhando. O período quepassamos vagando nos deixara na dúvida se éramos ou não desencarnados.Voltamos, então, até o nosso instrutor.

- Vamos agora – nos disse ele – atéonde está aquele pequeno grupo de senhores.

Era um grupo de homens que conversavamanimadamente sobre seus negócios materiais. Ficamos um pouco entre eles, ecomeçaram a se sentir mal. Um se queixava de enxaqueca, outro dizia estarsentindo um grande peso nas costas, enfim, se foram, nos deixando sozinhos. Euperguntei a causa daqueles transtornos naqueles senhores que, antes de nossachegada, pareciam nada sentir. Netuno sorriu, e nos explicou:

- Quando vocês passaram pelo casal,assim como em meio aos senhores, foram-lhes fornecidos os necessários fluidos,isto é, ectoplasma, força vital.

Levou-nos para um outro lugar, econtinuou:

- Agora, procurem ver os quadros deseus feitos...

Foi então que tudo se clareou para nós.Não sentimos mais medo do nosso protetor e seguimos ele para um plano dereadaptação, as casas transitórias. Passamos, assim, a sermos submetidos àsexigências da hierarquia espiritual.

Hoje, após várias missões, inclusive em Nosso Lar, uma Casa Transitória,aqui estamos, integrados à missão do Grande Seta Branca. Somos, também,Jaguares, junto a vocês, Mestre Sol e Mestre Lua, Doutrinador e Apará!...

Salve Deus!

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