quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Interrogando as Entidades


“Nada que provém da Luz é inútil!”  

Sempre insisto muito com esta frase pelo fato de ser uma verdadeira “chave” para desmistificação. Uma entidade, uma intuição, uma comunicação, somente será proveniente da Luz, se efetivamente trouxer algo bom e produtivo.

Infelizmente existem os médiuns que levam os desejos de sua personalidade para um trabalho espiritual, onde somente a Individualidade deveria permanecer, e com isso apresentam perguntas desprovidas de real valor espiritual para um missionário interessado em cumprir sua missão de auxiliar aos menos esclarecidos e encaminhar nossos irmãozinhos.

Vamos refletir com clareza sobre a necessidade de interrogar uma Entidade sobre encarnações passadas, por exemplo. Primeiramente, sabemos que tivemos a bênção do esquecimento, provida por Deus, pela necessidade de estarmos livres de preconceitos, em uma nova jornada e também para não nos prendermos às tristes lembranças de um passado onde falhamos por não saber amar.

Especular sobre este assunto é uma grande falta de preparo para quem assume uma missão a ser cumprida na Individualidade. É mais do que isso, é uma total insensatez! Querer saber se foi rei ou rainha, comandante ou princesa, se teve riquezas, reajustes com histórias dignas de virar filmes... Salve Deus!

Qual a utilidade? Se houver alguma, a informação chegará em uma hora precisa e sem a necessidade de qualquer pergunta a respeito. Por vezes, em um reajuste pesado, nossos Mentores consideram que poderá ser de valia se você tiver consciência que passa pela situação, em função de um passado vivido e que pode lhe ajudar a aceitar o presente. Mas, isso chega naturalmente, sem perguntas, sem forçar!

Insistir com questionamentos infantis é buscar a mistificação! Pensemos em como fica o médium incorporado ao “ouvir” este tipo de questionamento. Por vezes a Entidade até “vislumbra” o passado do inquiridor, mas sabe que de nada valerá expor a situação de um passado esquecido pelo amor de Deus! E o médium, acuado pela insistência das perguntas, por vezes acaba “soltando” o quê não deve, ou até mesmo mistificando uma comunicação.

Não posso crer que seja tão difícil compreender que ao entrarmos no Templo uniformizados, não somos mais o José, ou a Maria! Somos “o nosso espírito”, dotado de uma experiência transcendental e que está ali somente para servir! Para se doar!

Do contrário, será apenas um paciente de uniforme! Paciente pode tudo, pode perguntar o quê quiser, chorar todas as suas mazelas e receber o consolo e apoio pela emanação das Entidades. Sabemos que JAMAIS uma Entidade de Luz proverá o quê não seja verdadeiramente útil.

Impensados doutrinadores com perguntas pessoais, tomando o tempo de atendimento dos necessitados, ou vaidosos aparás com “historinhas” de encarnação e vidências sem qualquer aproveitamento útil, não passam de pacientes de uniforme!

É hora de avaliar nossa conduta! De sentir nossa missão! É hora de compreender que quando vamos ao Templo, vamos para servir, e não para ser servidos ou manifestar nossos pensamentos pessoais. Do contrário, é melhor continuar como paciente. O médium que assume sua missão, é aquele que compreende que tem o quê fazer pelos outros, e coloca sua missão acima de seus desejos pessoais. Coloca seu uniforme para abandonar a personalidade e identificar-se perante a Espiritualidade como Servidor da Luz.

Havendo necessidade, a mensagem chegará! Nos Tronos, em um Alabá, em um Angical... Sem precisar perguntar, sem forçar, apenas porque nossos Mentores sabem nossas reais necessidades e no momento em que estivermos preparados, e houver utilidade, tomaremos conhecimento do que nos é proveitoso.

Kazagrande

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