terça-feira, 13 de setembro de 2011

Maturidade no Exilio


 

Em nossa caminhada dentro da Doutrina passamos por diversas fases. Ingressamos normalmente pela dor e mesmo aqueles que chegam pelo amor, movidos pela herança familiar dentro da Doutrina, passam por momentos em que acabam se apegando, ou redescobrindo a ciência espiritual que nos permite deixar a velha estrada e trilhar com segurança a nova Escola do Caminho.

Ao chegarmos, somos tomados por um sentimento de fascinação. Queremos aprender logo, crescer doutrinariamente, buscar classificações e com isso mais forças para melhor servir. É natural a ansiedade em buscar novas classificações, e normalmente este sentimento é puro e visa tão somente novos horizontes, para novos trabalhos e maior aproveitamento da missão.

É um engano, que descobrimos com o passar dos anos...

Logo após os primeiros passos vem uma certa decepção, em maior ou menor nível. Nos decepcionamos com irmãos “mais velhos de casa” e que teoricamente já deveriam ter muito a nos ensinar, e, no entanto, continuam arraigados aos seus sonhos materiais da personalidade. Encontramos mentirosos, iludidos, falsos videntes, e, invariavelmente, nossos cobradores...

Em qualquer grupo doutrinário, religioso, filosófico ou social, existem membros que não compreendem a essência da instituição e os verdadeiros valores espirituais que são proferidos. Não somos diferentes neste aspecto! Somos iguais a qualquer agrupamento humano composto de personalidades das mais diversas estirpes e caracteres. A única certeza é que todos irão evoluir, mais cedo, ou, mais tarde... Estamos a caminho, é o que verdadeiramente importa!

Pensem como poderia ser pior encontrar seu mais terrível cobrador pelas ruas, no trabalho, ou mesmo em casa, na família! Ao encontramos na Doutrina, por pior que possa ser sua conduta, devemos ter em conta que ele, por algum motivo, está tentando... Está procurando compreender o quê o levou a esta Doutrina e o quê será a sua missão.

A intolerância e a falta de amor, da parte de alguns, não poderá jamais suplantar o incondicional amor da Mãe que nos uniu nesta jornada!

Somos uma tribo que já teve outras encarnações em conjunto e por conseguinte, existiram desajustes. Obviamente o ideal seria que todos compreendessem o novo caminho trazido pelo Divino Mestre, onde a Lei do Perdão substitui o “dente por dente, olho por olho”. O ciclo Kármico da expiação foi rompido e agora a Caridade e o Perdão podem prescrever nossos restos Kármicos. A isso Pai Seta Branca se referiu em sua Mensagem! Não precisamos mais cobrar “centil por centil”, podemos perdoar e semear o perdão para quando chegar nossa hora de pedir perdão, possamos ter o quê apresentar.

Os melhores anos de nossa jornada doutrinária são os que passamos de “branquinho”. Quando ainda somos Aspirantes ou apenas Iniciados. É necessário que busquemos cada vez mais o entusiasmo, a dedicação, a pureza do “branquinho”. Que lembremos que entre um Arcano e um Aspirante, não real diferença: São todos Trabalhadores da Luz!

Novas classificações, novos trabalhos e missões, chegam com o tempo e se necessário for, vem ao seu encontro e de maneira natural, sem forçar. Nosso “exército” não é para ser olhado pelo plano físico, onde posições são honrarias! Nossas classificações são espirituais e somente valem alguma coisa se forem merecidas, se forem efetivadas espiritualmente. Lembro de mim, há muitos anos, quando recebi o Rama 2000 e, todo orgulhoso, agradecia a Pai João... Sabem o quê ele me disse? – “Meu Filho, nos planos espirituais você já está quase conquistando o direito de usar seu colete de Iniciado”. Salve Deus!

Não vemos nada mesmo... Peço ao Pai todos os dias para jamais me envaidecer novamente e confesso que, se até o fim desta minha jornada física, conquistar o direito de entrar de “branquinho” no Canal Vermelho, já estará bom!

Nos Tronos e na Mesa temos nas mãos a verdadeira caridade a ser prestada: a caridade ao desconhecido, encarnado e desencarnado que não conhecemos e que nada pode nos dar em retribuição. O perdão podemos praticar a cada dia. Perdoando a nós mesmo e nossos passados, e a toda e qualquer ofensa recebida.

Caridade e Perdão! Eis as chaves reais para a evolução e para mudar nossas vidas, para “prescrever nossos restos Kármicos”.

Kazagrande

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