sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Edificar o amor espiritualizado

O amor espiritualizado é fruto da dedicação e do esforço constante da criatura em educar a si mesma, dominando seu orgulho e egoísmo ferozes, nas regras libertadoras do Evangelho de Jesus, para poder amar sem se preocupar em ser amada. Na floresta imensa das imperfeições e defeitos, a lavoura abençoada do amor não poderá nascer sem proteção e cultivo constante na terra do coração.
O amor espiritualizado começará a surgir com o desenvolvimento das sementes das virtudes: a humildade, a bondade, a paciência, o perdão, a tolerância, a indulgência, a ternura, a delicadeza, o entendimento e o respeito.
Sem os tesouros da fé sincera, guardada no cérebro e no coração, essas plantas divinas não germinarão no canteiro sublime da alma.
Não basta ficar esperando pelo amor do companheiro ou da companheira: o importante é aprender a amar sem exigência, a fim de materializá-lo no dia-a-dia da convivência conjugal. Os cônjuges devem promover entre si estes tesouros da felicidade, como nos escreve o autor de “Nosso Lar”:
“O homem encarnado saberá, mais tarde, que a conversação amiga, o gesto afetuoso, a bondade recíproca, a confiança mútua, a luz da compreensão, o interesse fraternal — patrimónios que se derivam naturalmente do amor profundo — constituem sólidos alimentos para a vida em si.”

(“Nosso Lar” — André Luiz / F. C. Xavier)
Nos cônjuges que procuram sinceramente espiritualizar-se,  inobstante o envelhecimento lhes diminua progressivamente a atividade sexual fisiológica, o intercâmbio entre suas almas alcançará níveis cada vez mais  altos de espiritualidade, sustentando e multiplicando a alegria, a simpatia e o entendimento. É a sexualidade em sua expressão espiritual, como nos ensina o Instrutor de André Luiz:
“Entre os casais mais espiritualizados, o carinho e a confiança, a dedicação e o entendimento mútuos permanecem muito acima da união física, reduzida, entre eles, a realização transitória.”

(“Nosso Lar” — André Luiz / F. C. Xavier)
A manifestação sexual evolui com o ser. O sexo não se acabará por causa da espiritualização das criaturas, mas, sim, os cônjuges deixarão as vibrações grosseiras pelas vibrações sutis e harmoniosas, intensificando  o contato das almas, conquistando novos níveis superiores de vida, em busca da Espiritualidade Maior, ficando a união física como expressão passageira, embora ativa, mas sem ser a fonte maior de suas alegrias. Entre os cônjuges na velhice corpórea, quando há o crescimento dos valores espirituais, poderá haver maior coeficiente de prazer sutil da alma, maior alegria no coração e
maior simpatia nas vibrações espirituais do que entre cônjuges recém-casados que também muito se amam, mas ainda não aperfeiçoaram a harmonização recíproca.
O amor é todo espiritual e não está escravizado a qualquer tipo de desejo. O Espírito André Luiz define com profundidade:
“Amar não é desejar. Ë compreender sempre, dar de si mesmo, renunciar aos próprios caprichos e sacrificar-se para que a luz divina do verdadeiro amor resplandeça.”
(“Agenda Cristã” — André Luiz / F. C.  Xavier)
Na Terra, dificilmente as pessoas acreditam no amor espiritualizado, pois julgam-no uma ilusão, uma fantasia, uma coisa irreal. Somente vamos sentir profundamente sua falta quando estivermos no Mundo Espiritual. Cônjuges que não se amam verdadeiramente na vida física não se reencontrarão pela união afetiva na Vida Espiritual, mas os que se amam com as profundas vibrações espirituais estarão unidos sempre, em qualquer lugar, para realizações sempre mais elevadas e maravilhosas, dentro da Lei de Evolução, em busca, cada vez mais, das sublimes irradiações do Amor Universal.


sALVE dEUS
Muita paz

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