sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

INCORPORAÇÃO

A incorporação é o fenômeno pelo qual uma entidade utiliza um médium em toda sua totalidade, isto é, seu cérebro, sua coordenação motora, sua voz, seus gestos, para se comunicar. Tanto pode ser um Espírito de Luz como uma poderosa entidade das Trevas, um sofredor ou um obsessor. Nos trabalhos do Templo, as incorporações são controladas pela força de IFAN (*), o Cavaleiro Ligeiro.

A energia de incorporação se projeta no plexo solar ou Sol Interior (*) do médium Apará e se escoa pelos chackras umerais (*), onde se aplica o passe magnético para eliminação de resíduos após uma incorporação.
Existe muita discussão em torno da veracidade desse fenômeno, principalmente por parte de pessoas que se dizem doutoras em Bíblia e alegam não ser esta uma manifestação dos santos espíritos.
Como poderíamos interpretar, então, o que descreve Isaías (XX, 2): “Naquele tempo, falou o Senhor por intermédio de Isaías, filho de Amós” e, também, Ezequiel (II, 2): “E o espírito entrou em mim, depois que me falou e me pôs em pé, e ouvi o que ele dizia” senão como puros exemplos de incorporações?
Na nossa Doutrina, o médium de incorporação é o Apará (*), que pode ser consciente ou semiconsciente. É muito difícil, raro mesmo, aquele que é inconsciente.
A faculdade mediúnica é força própria, individual, e cada um a pratica à sua própria maneira, sendo responsável pelos seus atos mediúnicos e sabendo que seu corpo lhe pertence. Nenhum espírito - de Luz ou Inluz - usará o corpo de um médium sem a permissão deste. Mesmo em casos aparentemente sem o conhecimento do médium, uma permissão é dada pelo seu subconsciente, movido pelo amor incondicional, para acontecer a manifestação.
A percepção do médium, sua sensibilidade e seu magnético animal controlam sua incorporação e isso ocorre de forma tão refinada e discreta em alguns casos que é confundida com inconsciência.
A incorporação é acompanhada da vibração do espírito que incorpora, e por ela o Doutrinador sente como deve agir, e caso se trate de um irmão Inluz, como fazer a sua doutrina e o momento preciso de fazer sua elevação. Da mesma forma que Deus permite as comunicações de espíritos elevados, para nos orientarem e instruir, permite aquelas de espíritos sem Luz, que procuram nos induzir aos erros e às mentiras, testando nosso amor e nossa confiança na Doutrina. Em muitas ocasiões, nos Tronos, um espírito Inluz incorpora e passa a agir e falar como se fosse um Mentor. O Doutrinador, atento e harmonizado, vai sentir a diferença, e só lhe cabe fazer a elevação daquele espírito.
Na 1a. Epístola de João (IV, 1) nos é dito: “Caríssimos, não creiais a todo espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, porque são muitos os falsos profetas que se levantam no mundo!” Com isso, nos alerta para que, especialmente os Doutrinadores, devidamente mediunizados, possam estar certos de com quem estão lidando. Por ação de irmãos das Trevas podem ocorrer mistificações, o que geralmente é alheio à vontade ou controle do médium de incorporação. Por isso o Doutrinador deve estar mediunizado e alerta para lidar com espíritos dessa natureza, com caridade e compreendendo que aquele irmão deve ser tratado com muita sinceridade e muito amor, aplicando-lhe uma doutrina equilibrada e emanando paz e compreensão, até sentir o momento preciso para fazer a elevação.
Existem muitos casos de incorporações descontroladas, pois é um fenômeno milenar e poucos os que se preocupam em aprimorar suas faculdades mediúnicas, disciplinando a manifestação dos espíritos.
A maioria de brigas e violências são frutos de incorporações descontroladas, ação de espíritos das Trevas que se manifestam em condições propícias em bares, presídios, festividades e movimentos que envolvem muitas pessoas, descontrolando seus participantes e os envolvendo em sangrentos conflitos, de onde aqueles espíritos sugam o fluido magnético animal que os alimenta e dá força.
O Apará - médium com seu plexo iniciático -, por seu amor, por sua Doutrina, por sua consciência, age de acordo com sua força mediúnica, mas temos que considerar que também é influenciado pelas vibrações do ambiente em que está, com sua percepção captando desequilíbrios da mente do Doutrinador e de outras pessoas presentes, e tudo isso é que lhe dará as condições de sua incorporação. Sabemos que essas condições variam de momento a momento, e não podem ser aferidas a não ser quando se efetiva a incorporação. O Apará sabe, sente, as nuanças da incorporação. Cabe ao Doutrinador aprender, também, diferenciar entre as comunicações puras, a Voz Direta, ou mesmo os sinais do estado do espírito incorporado, daquelas que expressam apenas o espírito do próprio Apará.
Tia Neiva nos ensinou que o Doutrinador é o único responsável pela interferência numa comunicação de um Apará, pois tem que estar sempre alerta para evitar as mensagens truncadas que possam ser atribuídas a um Preto Velho, gerando sofrimentos e angústias.
Na I Epístola aos Tessalonicenses (V, 20 e 22), Paulo adverte: “Não desprezeis as profecias. Examinai tudo: abraçai o que é bom. Guardai-vos de toda aparência de mal.” Em nossa Doutrina aprendemos a não confiar nas comunicações (*) até termos a certeza da verdadeira natureza daquele espírito incorporado, e os perigos das previsões (*).
No Trono Milenar podemos exercitar nosso amor, nossa doutrina e nossa sensibilidade aprende a diferença entre as vibrações de um espírito de Luz e as de nossos irmãos das Trevas. Isso é válido tanto para o Apará como para o Doutrinador, para irem sabendo a diferença das incorporações.
Um grande exemplo dessa variação vibratória das incorporações é a de Pai Seta Branca. O Apará, mesmo veterano e equilibrado, precisa passar por uma preparação, que denominamos cultura, para que seu plexo vá se preparando para tornar seu ectoplasma refinado, a fim de receber a poderosa energia, evitando, assim, choques e desequilíbrios decorrentes desta grandeza, tornado-o apto ao trabalho no Oráculo e na Bênção.
Os médiuns Aparás, de 16 aos 18 anos, não podem trabalhar em locais onde haja comunicação (Tronos, Alabá, Angical, etc.).
Para facilitar nosso estudo, fizemos, em separado, observações sobre interferências, obsessor, cobrador, Pretos Velhos, Povo das Águas, Caboclos, etc.

• “Forçar a incorporação de um médium é virar uma página e limitar a sua lição. A faculdade mediúnica é força própria, individual. Cada um a acumula à sua maneira. O médium que não dá sua própria mensagem é um falso profeta!” (Tia Neiva, s/d)

• “Não é justo, filho, depois da incorporação, ficar em dúvida: Será que incorporei? Será que foi o Preto Velho ou o Caboclo? Não foi somente uma impressão minha? Isso é triste para os nossos Mentores, que se apressam para que saia tudo com a precisão do Espírito da Verdade.

Trata-se de um conjunto, de um ritmo de aparência de encantos, de energia.

Não podemos designar este sentimento de amor. É o coroamento das virtudes, é muito mais científico do que pensamos.

Quando solicitada uma incorporação, uma enorme e complexa força se faz em nós.

Seriam bastantes os cruzamentos destas forças para a cura desobsessiva, quanto mais que sabemos da presença de Caboclos e Pretos Velhos.” (Tia Neiva, 8.4.79)

O meu 2019 para os visitantes, leitores e residentes.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

PACIÊNCIA DE JÓ

Quando passamos por uma sequência de factos turbulentos ou quando acontecem muitas coisas que testam nossa capacidade de resignação, dizemos que é preciso ter paciência de Jó para tudo suportar.

A expressão remonta a uma das mais antigas histórias narradas na Bíblia.

Jó era o homem mais rico da região em que vivia.

Possuía milhares de ovelhas e camelos, centenas de juntas de bois e jumentos, uma imensa propriedade, sete filhos, três filhas e grande quantidade de criados.

Era considerado um homem bom, justo e temente a Deus.

A fé de Jó foi severamente testada quando o mal o atingiu de diferentes formas.

Num mesmo dia, sua propriedade foi invadida e saqueada, seus rebanhos foram roubados, seus empregados assassinados e seus filhos e filhas morreram quando a casa desabou sobre eles, em meio a um vento muito forte vindo do deserto.

Jó se entristeceu profundamente, prostrou-se no chão e orou.

Não se revoltou.

Reconheceu que tudo o que tinha havia sido dado por Deus e que o Senhor achara por bem tirar tudo dele.

Dessa forma, afirmou sua fé e mostrou resignação à vontade do Pai.

Entretanto, as problemáticas continuaram.

Ele teve o corpo coberto de chagas.

Era a temida lepra.

Sua esposa, atormentada pela dor, disse que ele deveria amaldiçoar Deus e morrer.

Contudo, Jó permaneceu firme em sua fé.

A esposa, revoltada, o abandonou.

Sozinho, isolado, Jó foi visitado por três amigos que, em vez de consolá-lo, tentaram convencê-lo de que Deus o estava castigando por seus muitos pecados.

Jó discordou deles, reafirmou sua fé na bondade e justiça divinas e ainda orou ao Senhor para que não punisse seus amigos.

Por sua fé inabalável, por sua paciência em tudo suportar, após algum tempo, o Pai Celeste lhe permitiu a restituição da saúde, curando-o da lepra.

Depois, Jó conseguiu reaver, e duplicados, todos os seus bens.

Tornou a se casar e teve dez filhos, concluindo sua vida, anos mais tarde, em felicidade.


Costumamos estar de bem com Deus quando a vida nos sorri e tudo corre de acordo com nossas expectativas.

Basta um revés para nos desestruturarmos, erguermos os olhos e perguntarmos:

Por quê comigo, Senhor?

A Doutrina Espírita nos traz luz sobre as causas dos males que nos afligem.

Muitas vezes são reações a ações nossas, do passado, que se refletem nesta vida.

Outras vezes são consequências de más escolhas que fizemos nesta vida mesmo, acreditando que passariam em branco.

O Espiritismo também nos elucida que escolhemos, antes de reencarnar, as provações pelas quais iremos passar.

Porém, esquecemos disso e, diante das dificuldades, questionamos a bondade e a justiça do Pai.

As provas que enfrentamos são, na verdade, um bem, pois nos ajudam a cultivar a humildade, a paciência, a resignação, preparando-nos para a vida futura.

Se tivermos fé em Deus e confiança nas leis divinas, encararemos o sofrimento como um resgate, um pagamento de dívidas contraídas anteriormente.

Isso nos permitirá enfrentar os reveses com calma e confiança, superando as provas da vida.

Ter Fé é guardar no Coração a Luminosa certeza em Deus.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Padre Pio

O dia em que Padre Pio segurou o Menino Jesus nos braços

Testemunhas confirmam as visões que o ele tinha na época do NatalPadre Pio adorava o Natal. Desde criança, ele tinha uma devoção muito especial ao Menino Jesus.

De acordo com o padre capuchinho Joseph Mary Elder, “Na casa dele em Pietrelcina, o próprio [Padre Pio] preparava a manjedoura. Ele costumava começar a trabalhar já em outubro… Quando visitava a família, procurava pelas pequenas imagens de pastores, ovelhas e magos. Ele criava o presépio, fazendo e refazendo-o continuamente até que ele achasse que estava certo.”

Essa devoção permaneceu com ele durante toda a vida. Em uma carta a uma filha espiritual, ele escreveu: “Quando começou a Santa Novena em honra ao Menino Jesus, senti como se meu espírito estivesse nascendo de novo para uma nova vida. Senti como se meu coração fosse pequeno demais para abraçar todas as nossas bênçãos celestes.”

A Missa da Meia-Noite em particular era uma celebração alegre para o Padre Pio, que ele repetia todos os anos. Durante a Missa, a alma dele era elevada a Deus com grande alegria, uma alegria que os outros podiam ver facilmente.

Além disso, testemunhas relataram que viram Padre Pio segurando o Menino Jesus. Não era uma estátua de porcelana, mas o próprio Menino Jesus em uma visão milagrosa.

Renzo Allegri conta a seguinte história.

“Estávamos rezando o rosário enquanto esperávamos a Missa. Padre Pio estava rezando conosco. De repente, em uma aura de luz, vi o Menino Jesus aparecer nos braços dele. Padre Pio ficou transfigurado, seus olhos fitavam a criança brilhante em seus braços, seu rosto foi tomado por um sorriso atônito. Quando a visão desapareceu, o Padre Pio percebeu o jeito que eu estava olhando para ele e concluiu que eu tinha visto tudo. Mas ele se aproximou de mim e me disse para não contar para ninguém.”

Uma história semelhante foi contada pelo Pe. Raffaele da Sant’Elia, que morou ao lado do Padre Pio por muitos anos:

“Em 1924, eu me levantei para ir à igreja para a Missa da meia-noite. O corredor era enorme e escuro, e a única iluminação era a chama de uma pequena lamparina a óleo. Através das sombras, pude ver que Padre Pio também estava indo para a igreja. Ele havia saído do quarto e caminhava devagar pelo corredor. Eu percebi que ele estava envolto em um feixe de luz. Eu dei uma olhada melhor e vi que ele tinha o Menino Jesus em seus braços. Eu apenas fiquei parado, paralisado, na porta do meu quarto, e caí de joelhos. Padre Pio passou, todo radiante. Ele nem percebeu que eu estava lá.”

Esses acontecimentos sobrenaturais destacam o profundo e eterno amor de Padre Pio por Deus. Um amor marcado pela simplicidade e humildade, com o coração aberto para receber qualquer coisa que Deus tivesse planejado para ele.

Que possamos também abrir nossos corações para receber o Menino Jesus no dia de Natal e deixar que o amor insondável de Deus nos supere com alegria cristã.Leia também:Quando Jesus conversou sobre o fim do mundo com o Padre Pio

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

O TAU

Você sabe o que é o TAU?

Caro Leitor, eis uma pergunta inicial importante: Você já viu um símbolo que vem sendo confundido com um crucifixo? Ele é usado pelos membros da Toca de Assis e por outros movimentos da Igreja Católica Apostólica Romana. Além de fiéis católicos estarem também utilizando. Você conhece tal símbolo?

Bem, esse artigo traz uma breve explicação sobre o Tau.

Ele além de ser um emblema bíblico é a última letra do alfabeto hebraico e a 19ª do grego, derivado dos Fenícios e correspondente ao " T " na língua portuguesa. O Tau é a convergência das duas linhas: verticalidade e horizontalidade significam o encontro entre o céu e a terra. Divino e humano.

Na Bíblia o profeta Ezequiel ouviu Deus: "Os inocentes marcados com este sinal (TAU) serão salvos" (Ez 9,4).

No ano de 1215 o papa Inocêncio III (1198-1216) prega um novo símbolo cristão e São Francisco de Assis (1181-1226), estando presente nesta reunião, assume o Tau como símbolo de sua Ordem religiosa: a Ordem dos Frades Menores (OFM). Uma tradição assinala que Santa Clara, com a imposição do tau sobre os doentes, invocava a cura destes a Deus.

Em geral, o Tau é pendurado no pescoço por um cordão com três nós. Este cordão significa o elo que une a forma de nossa vida. O fio condutor do Evangelho.

A síntese da Boa Nova está nos três nós do cordão, os quais são os três conselhos evangélicos: obediência, pobreza e castidade (pureza de coração). Obediência significa acolhida para escutar o valor maior. Quem abre os sentidos para perceber o maior e o melhor não tem medo de obedecer e mostra lealdade a um grande projeto. Pobreza não é categoria econômica de quem não tem, mas é valor de quem sabe colocar tudo em comum. Ser pobre, no sentido bíblico-franciscano é a coragem da partilha. Ser puro de coração é ser transparente, casto, verdadeiro. É revelar o melhor de si.

Os três nós significam que o obediente é fiel a seus princípios; o pobre vive na gratuidade da convivência; o casto cuida da beleza do seu coração e de seus afetos. Tudo isto está no Tau da existência!

Muitos seguidores usam o Tau como um amuleto, um pingente, uma jóia... Modos incorretos de se pensar em seu uso. Ele é um sacramental que nos recorda um caminho de salvação que vai sendo feito ao seguir, progressivamente, o Evangelho. Assim, pede-se que a pessoa que usa o Tau faça jus aos três nós.

O Tau deve ser um sinal de uma espiritualidade deve ser um sinal de que aquele (a) que o usa é uma pessoa que vive em tensão de permanente conversão e mudança de vida, em vontade firme de se tornar nova criatura; deve ser sinal de que aquele (a) que o ostenta é uma pessoa que busca a sua salvação e de todos os homens na cruz de Jesus Cristo; deve ser um sinal de que aquele (a) que o traz é uma pessoa que vive a esforçar-se por ser pobre, por se despojar e desprender dos bens terrenos para se enriquecer dos valores das bem-aventuranças: o Reino de Deus, a paz, a mansidão, a fraternidade universal, a misericórdia e o perdão, o respeito pela criação, a alegria, a partilha de bens, a luta pela justiça e a paixão por Jesus Cristo pobre, Crucificado e Ressuscitado.

Usar o TAU, para o fiel cristão é colocar a vida no dinamismo da conversão: Cada dia devo me abandonar na Graça do Senhor, ser um reconciliado com toda a criatura, saudar a todos com a Paz e o Bem. É configurar-se com aquele que um dia ilumina as trevas do nosso coração para levar-nos à caridade perfeita. Também é transformar a vida pela simplicidade, pela luz e pelo verdadeiro amor. É exigência de missão e serviço aos outros, porque o próprio Senhor se fez servo até a morte e morte de Cruz.

O verdadeiro Tau franciscano é aquele todo de madeira, sem nenhum tipo de apetrecho fixado a ele (crucifixo, foto, desenho...), também não é aquele feito de aço ou outro metal (ouro, prats...). Ele também precisa ter o cordão com os três nós. Esse entendimento vem da época de Francisco, pois ele usava apenas um Tau de madeira preso a um cordão com os três nós. Tudo que difere disso faz com que eles não sejam “verdadeiros taus franciscanos”, entendem??

O Tau não é um amuleto mágico.
Não é um fetiche, nem menos um brinquedo qualquer.
Não é um amuleto de boa sorte de possuir apenas porque “traz o bem”.

É sinal do que?

É o sinal concreto de uma devoção cristã, mas sobretudo um sinal de vida no seguimento do Cristo pobre e crucificado.
É o sinal de reconhecimento do cristão, ou seja, do filho de Deus, do filho que escapou do perigo, aquele que foi salvo. É um sinal de potente proteção contra o mal (Ez 9,6).
É um sinal querido por Deus para mim, é um privilégio divino (Ap 9,4; Ap 7,1-4; Ap 14,1).
É o sinal dos redimidos do Senhor, dos sem mancha, daqueles que confiam Nele, daqueles que se reconhecem filhos amados e que sabem que são preciosos para Deus (Ez 9,6).
É símbolo da dignidade dos filhos de Deus, porque é a Cruz de Cristo.
É um sinal que me lembra que preciso ser, também eu, forte nas provações, pronto a obedecer o Pai e dócil na submissão, como foi Jesus diante da vontade do Pai.

São Francisco e a cruz

São Francisco de Assis, pela semelhança que o Tau tem com a cruz, tinha-o como muito importante, tanto que este ocupou um lugar relevante na sua vida como também nos gestos. Nele, o velho sinal profético se atualiza, retoma a força salvadora e exprime a bem-aventurança da pobreza, elemento substancial da forma de vida franciscana.

O Tau era um sinal querido por Francisco, sinal revelador de uma convicção espiritual profunda que somente na cruz de Cristo está a salvação de cada homem.

Assim, o Tau, que tem uma sólida tradição bíblico-cristã, foi acolhido por São Francisco no seu valor espiritual, e o Santo de Assis tomou posse de maneira tão intensa e total, até se tornar, ele mesmo, por meio dos estigmas em sua carne, aquele Tau vivo que tanto ele contemplou, desenhado, mas sobretudo amado.

Porque na madeira?

A madeira é um material muito pobre e simples, e os filhos de Deus são chamados a viver de maneira simples e em pobreza de espírito (Mt 5,3). A madeira é um material que se trabalha facilmente e que o cristão batizado precisa se deixar modelar na vida de todos os dias, da Palavra de Deus, ser voluntário do Seu Evangelho.





quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

MENSAGEM DA TIA NEIVA - AO FILHO JAGUAR.wmv.mp4

Se Deus é Amor então por que há tanta dor e sofrimento?


A mudança está no ar, de fato, enormes mudanças e revelações estão prestes a serem descobertas, à medida que a humanidade progride mais eficazmente para o momento de seu grande despertar. Seu despertar sempre foi a Vontade de Deus para você, e a Vontade de Deus, a Vontade Divina, de fato, a Vontade da Humanidade – sua vontade coletiva desde que a experiência de separação irreal, mas muito real, começou – é Vontade Única e Sempre é alcançada. Não há exceções!

É claro que muitos de vocês perguntam e continuam a perguntar: “Se Deus é Amor e Sua Vontade é para sermos felizes, então por que há tanta dor e sofrimento no mundo?” Difícil que é para você entender e aceitar, a Vontade Única, sua Vontade coletiva e Deus é para todos é que você experiencia ALEGRIA eterna! Isso é realidade! O que você está vivenciando e parece ter experimentado por eons – julgamento, culpa, conflito, dor e sofrimento – é ilusório.

Sim, a dor e o sofrimento são muito convincentes, e parecem totalmente reais, porque a sua forma física, o corpo humano, tem sentidos e sentimentos incorporados a ela para permitir que ela cuide de si mesma e aproveite a vida. E essa sensibilidade tem um preço – você tem um ditado: “Não existe essa coisa de almoço grátis!” – e esse preço é a capacidade de sentir prazer e dor, felicidade e sofrimento. Seus corpos são instrumentos sensíveis através dos quais a consciência experimenta a irrealidade da separação da Fonte, momentaneamente.

A experiência da separação foi apenas uma sensação momentânea, mas parece estar em andamento há milhares de milênios. Na Realidade existe apenas o Amor – que inclui paz, contentamento, felicidade, cuidado, cooperação, harmonia – e o que você experimenta como seres humanos que não é do Amor é irreal, mesmo que pareça muito real. A maioria de vocês se identifica quase de todo coração com seus corpos, com suas formas humanas, e com os sentimentos e sensações que eles sofrem. Entretanto, quando você entra em meditação, contemplação, ou apenas relaxa, e sua “tagarelice mental” diminui ou até mesmo cessa por um tempo, você se encontra em paz consigo mesmo em auto-aceitação.

Sofrimento é devido a seus pensamentos e julgamentos e culpa que vai com eles. É disso que se trata o sentido da separação. Quando você se sente um com o outro – seu parceiro, cônjuge, filhos, em um relacionamento amoroso – medo, conflito e desconfiança se dissolvem. E se você está com dores físicas, mentais ou emocionais devido a doenças ou danos a seus corpos, ou por razões emocionais ou psicológicas, estar na presença de pessoas queridas frequentemente facilita isso. É sobre isso que se trata – ser um, ser amorosamente apoiado, saber que você não está sozinho. Esse saber, esse sentimento interior de pertencer, estar em casa, amado e aceito é o que todos buscam. E, claro, isso é realidade! É nesse ponto que você está em todos os momentos da sua existência eterna, você acaba de perder temporariamente o acesso à percepção consciente disso.

Estar separado do amor, da fonte é insuportável. E isso nunca pode acontecer. Mas como humanos individuais separados, parece que você está separado, sozinho, isolado de todos os outros. Todos sonham quando dormem e, às vezes, seus sonhos são horríveis e terrivelmente reais, e às vezes são sem graça, irrelevantes ​​e, às vezes, podem ser divertidos, empolgantes e edificantes. Então você acorda, e eles não são mais porque eram irreais, e muito rapidamente você os esquece totalmente. Bem, a separação, como você está experimentando como humano na forma, também é um sonho, é irreal, e você irá acordar. E, como acontece com os sonhos, toda a memória da separação também desaparecerá quando isso acontecer, e vocês se encontrarão mais uma vez, onde vocês sempre estiveram, em Um com a Fonte e em total Alegria.

Todos vocês estão cientes de que uma enorme mudança está ocorrendo, mesmo que você seja incapaz de identificar bem o que está mudando. Você sente e sabe que isso está acontecendo. E, ao mesmo tempo, à medida que mais “coisas” surgem para serem tratadas tanto em si mesmas quanto em outras pessoas com quem você está em comunicação, a vida pode ser, e para alguns, muito desconfortável e muito perturbadora. Apenas aceite que o que está acontecendo é um aspecto necessário e inevitável do processo de despertar.

A maioria de vocês experimentou mudanças indesejadas em suas vidas, mudanças que podem ter ocorrido repentina e inesperadamente, portanto, todos tendem a ser cautelosos com a mudança. Muitos planejam suas vidas para evitar mudanças, mas a verdadeira mudança é inevitável no estado separado irreal que você experimenta como humanos. Então, ao invés de se preocupar com o que pode acontecer próximo de aborrecer ou perturbar você em suas vidas individuais. . . COMEMORE, porque você vai acordar do sonho da separação para a alegria absoluta da Unidade, e lá no fundo você sabe disso. Sim, a maioria de vocês se esqueceu de quem é, mas o véu do esquecimento deve ser removido, e a surpresa e a alegria irão substituir permanentemente o temporário, senão aterrorizante desconhecimento, de quem você realmente é.

Interiorize-se todos os dias sem falhar, e momentaneamente ao longo do dia conforme as ocasiões permitem, e conecte com o Amor, com a Fonte, com a Mãe/Pai/Deus que está sempre presente lá esperando para abraçar você e ajudá-lo a sentir a completa aceitação que é seu direito e sua herança. Você é divinamente amado, sempre, e nada pode mudar isso.


Com muito amor, Saul.

Canalizada por John Smallman

Fonte: johnsmallman.wordpress.com – Edição e tradução exclusiva dos Trabalhadores da Luz: Laudi Fagundes.