sexta-feira, 22 de julho de 2016

Este é um alinhamento com o seu coração emocional

Se você não esteve dormindo bem ultimamente, ou se sente como se estivesse sendo espremido em um torno, ou se sente ansioso, cansado, triste, muito emotivo e pronto para fugir para uma ilha deserta, em algum lugar, você não está sozinho. Estamos em um intenso ciclo de energia, novamente, e isto está trazendo aspectos da década de 80. Estamos completando ciclos, abrindo novos portais, criando novos paradigmas, ancorando a 5D na 3D, acabando com eras de medo com base em sistemas de crenças mutáveis, e mais, tudo em um período muito curto de tempo.

Qual é o objetivo de tudo isto? Devemos criar espaço para a energia da 5D e para fazermos isto, temos que processar toda a nossa bagagem da 3D. Uma das maiores lições é a aceitação, é a lição de cada vida, e sem ela, nós criamos mais Karma e sofrimento. É o tema da mensagem desta semana, uma canalização do Arcanjo Uriel.

O propósito da vida é aprender a aceitação dos outros e reconhecer o seu caminho de vida como o seu próprio domínio energético. O Amor Incondicional é parte da aceitação, mas não é um estado emocional, é um estado energético. Para ser capaz de amar incondicionalmente é preciso o estado de completo não julgamento e isto é aceitação. Qualquer forma de julgamento é uma expressão do medo e da limitação, baseado em energias cármicas e nos ciclos passados da alma.

Para alcançar a aceitação, você deve conhecer o seu próprio coração, ser claro sobre a sua intenção e alinhado com a sua própria energia, e, então, você poderá aceitar outras ações baseadas no alinhamento e não nas emoções. Quaisquer ligações desalinhadas que lembrem as emoções são as suas lições para ajudá-lo a alcançar a aceitação. E este é o propósito da vida.

Os ciclos cármicos dos grupos de almas são construídos nos julgamentos dos outros e como as suas ações o afetam. Embora você acredite que outros criem deliberadamente a dor e o sofrimento em suas vidas, a sua dor é uma reação baseada em suas expectativas e no desejo de ser amado por aqueles que não podem amá-lo. As lições de amor e aceitação que você estende aos outros são um reflexo de sua necessidade de saber que você pode ser valorizado e você escolhe a pessoa para quem isto requer a maior quantidade de esforço. Este é um alinhamento com o seu coração emocional partido e não cicatrizado, não com o seu coração divino, e isto cria mais dor, Karma e uma nova lição de aceitação.

Compreender os caminhos dos outros como a sua própria jornada e resistir à tentação de julgá-los quando eles não agem como você acha que eles deveriam, ou fazer o que você acha que é certo e melhor para você, é a lição mais difícil da humanidade. Você pode evitar as lições de aceitação, estando alinhado com as suas intenções para a paz, a alegria, o amor e a abundância que você quer em sua vida, e estar em um estado de total amor próprio. Lições de não aceitação pelos outros, que agem de maneiras não amorosas em relação a você, refletem a sua própria falta de amor próprio.

Na polaridade do espaço da 3D, o julgamento é o oposto da aceitação; dentro da dualidade integrada da 5D que você está criando, a aceitação é a única energia, não há oposto. Estar alinhado dentro do seu próprio ser energético, passar da cura para a totalidade e para a congruência energética, é parte de sua jornada da ascensão. Quando você reconhece e aceita os outros, você completa os seus próprios ciclos de cura e pode entrar em alinhamento com os seus aspectos multidimensionais. Qualquer dor, raiva, remorso ou tristeza que você sente em relação aos outros, é a confirmação de que há uma lição de aceitação para você completar, antes que possa ascender para o ser multidimensional.

Quando você está em um estado de aceitação, você pode escolher as suas conexões baseadas nas frequências e vibrações mais elevadas, porque você não precisa mais de lembretes para resistir ao julgamento de outros com base em suas necessidades, ou que lhe falta amor próprio, que é também a auto-aceitação.

Este é o propósito da humanidade e o propósito de cada existência, compreender a aceitação como o novo paradigma energético, o caminho multidimensional em que não há julgamento, assim não há medo, raiva ou ódio, somente paz, amor e alegria. Este é o momento que você escolheu para permitir que a ascensão plena ocorra. E para ascender totalmente, a humanidade deve aprender a aceitação e, então, praticá-la em cada situação e com todos, e quando não houver julgamento, não haverá mais razão para o caos e o medo, não haverá mais espaço para que a polaridade exista e a nova integração multidimensional da 3D com a 5D, que é a ascensão, poderá ser concluída.

Fonte – http://enlighteninglife.com
Tradução – Regina Drumond –reginamadrumond@yahoo.com.br

Videomessaggio di Papa Francesco

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Técnica da Mediunidade


– 4 parte

Parte I – Plano Físico – Eletricidade


Além da intensidade da corrente, e da resistência que a ela opõe o condutor, encontramos outras especialidades a estudar.


Potencial: A diferença de pressão elétrica entre uma ponta do fio e a outra extremidade determina opotencial elétrico da corrente. Mede‐se esse potencial pela unidade volt. Então, 1 volt é a diferença de potencial que produzirá 1 ampère de corrente, através de 1 ohm de resistência.


Logicamente, quanto maior a diferença entre os dois extremos do condutor, maior a voltagem. E é exatamente essa diferença de potencial que faz com que a corrente flua ou caminhe, do lado mais forte para o mais fraco, (geralmente chamado “terra”).





Então, numa corrente de 120 volts, precisamos de uma resistência de 120 ohms, para termos uma corrente de 1 ampère. Temos duas maneiras de “ligar” uma corrente a elementos isolados.




Ligação em série: Quando a corrente passa de uma lâmpada a outra, temos a ligação em série, e o comportamento é o seguinte: Cada uma das lâmpadas de Natal recebe 1 ampère; cada lâmpada tem 15 ohms; as oito perfazem 120 ohms (15 x 8 = 120); a entrada é de 120 volts.


Donde vemos que a resistência de cada lâmpada é somada à outra, e o total das resistências (120 o.) vai estabelecer a intensidade da corrente (1 a). Corrente fraca, utilizada, por exemplo, nessas lâmpadas das árvores de Natal.


Ligação em paralelo: Mas podemos ligar diretamente a corrente total em cada lâmpada e teremos: Entrada, 120 volts; cada lâmpada fica com os 15 ohms de resistência, e com 8 ampères de corrente, portanto receberá intensidade de corrente, em cada uma, oito vezes maior que na ligação em série.


Tipo utilizado na iluminação doméstica, para não enfraquecer a corrente nas lâmpadas e demais aparelhos elétricos.


Círculo fechado: Isso é importante para a constituição da corrente mediúnica. Por isso ela sempre é construída em circuito, em redor de uma mesa ou sem mesa. Isto porque, geralmente, os médiuns têm fraca potência, e por isso a ligação é feita em série, em circuito fechado. Só médiuns de grande potência podem ser ligados em paralelo.


Potência Elétrica: A potência elétrica depende da combinação entre: a) A intensidade da corrente (amperagem) e; b) A pressão elétrica (voltagem). A potência é medida em watts; 1 ampère, quando a diferença de potencial é de 1 volt. Então conhecemos os watts (potência) de uma corrente, multiplicando os volts pelos ampères.


No último exemplo que demos acima: na ligação em série, as lâmpadas poderão ter uma potência de 60 w, mas na ligação em paralelo terão 120 w, ou seja, o dobro da potência. A energia (erg) é a potência combinada com o tempo.


Mede‐se em watts hora (wh) ou, para facilitar nas quantidades maiores, quilowatt hora (kwh). Para encontrar-se a energia, bastará multiplicar a potência pelo tempo. Por esse meio descobrimos a energia despendida.


Energia despendida pelos médiuns: Assim, nas reuniões mediúnicas podemos calcular a energia despendida pelos aparelhos calculando o potencial de força do conjunto, a intensidade da corrente, a potência do aparelho e o tempo gasto.


Em vista disso é que se aconselha que as reuniões não devem durar mais do que uma hora e meia, a fim de não desgastar muita energia dos presentes.


Entretanto, a presença de pessoas com muita vitalidade (muito potencial) e com a manifestação de Espíritos muito elevados (grande intensidade de corrente) e demédiuns de forte potência, pode demorar‐se, mais, porque a energia fica muito acrescida em capacidade.


Além disso, se a corrente estiver bem ligada ao Gerador Universal da Força Cósmica (Deus) por pensamentos elevados e preces desinteressadas, isso fortificará de muito a capacidade do grupo e compensará a energia consumida no intercâmbio.


Transformador: O transformador é um aparelho que consiste em duas bobinas (um fio fino isolado, geralmente por verniz) enrolado num núcleo de ferro doce. A corrente, ao passar pelo fio em redor do ferro, magnetiza‐o e desmagnetiza‐o muitas vezes por segundo.


Funciona o transformador de acordo com o número de espiras (voltas), dessa primeira bobina, e com o número de espiras da outra bobina (secundária) de saída, que é magnetizada por indução. Se a bobina primária (de entrada) tiver a metade das espiras que a bobina secundária (de saída), a corrente que entrou com 60 volts, sairá do outro lado com 120 volts.


Entretanto, se a voltagem foi aumentada a corrente diminui. Então, o interessante não é fazer o transformador trabalhar nesse sentido, e sim no sentido contrário: diminuindo a voltagem e aumentando a corrente. Isso se consegue colocando mais espiras na bobina primária e menos na bobina secundária. Como sempre existe pequena perda (2% a 3%), a corrente não aumenta na prática tanto quanto deveria fazê‐lo teoricamente.


Os não-médiuns: Daí verificamos, na prática, que, em certas reuniões mediúnicas, há elementos humanosque funcionam como verdadeiros transformadores que aumentam a corrente. Quase sempre são pessoas quenão são médiuns, e até que muitas vezes se julgam inúteis na reunião. Ficam ali parados, concentrados, firmes, mas nada sentem.


No entanto, estão servindo incalculavelmente para o bom êxito das comunicações; são os chamados estacas de sustentação de uma reunião. Sem a presença deles, a reunião se tornaria tão fraca que quase nada produziria.


Como há esses transformadores que aumentam a corrente, existem os que agem de modo inverso: diminuem a corrente. São aqueles que se isolam do conjunto, ou porque permaneçam preocupados com seus pensamentos próprios, ou porque cedam ao cansaço e durmam: a interrupção de corrente trabalha como um transformador que diminui a corrente, embora não a corte.


Retificador: Chamamos assim ao aparelho que transforma a corrente alternada em corrente contínua. Trabalha baseado no princípio das válvulas, que deixam a água correr num “sentido”, mas se fecham, impedindo‐a de voltar. Assim, no retificador elétrico, o aparelho deixa passar os elétrons de um lado só, não lhes permitindo o regresso.


O processo que fará entender é o da válvula eletrônica retificadora: A válvula é composta de um filamento que, aquecido, expele elétrons. Estes são atraídos pela placa, que os manda à frente. Mas não podem regressar da placa ao filamento. A corrente entrou alternada, ao sair da placa tem um só sentido: é direta.


Telemediunidade: Também na reunião mediúnica há pessoas que atuam como válvulas retificadoras quase agentes catalíticos, que permitem ao aparelho sensitivo (médium) a recepção de mensagens.


No entanto, essa tarefa é quase sempre afeta a seres desencarnados, que facilitam a recepção das correntes provenientes do mundo astral mais elevado ou mesmo do mundo mental. É a chamada telemediunidade, em queum Espírito retifica as correntes mais elevadas, tornando‐as acessíveis aos aparelhos encarnados.


Em muitas ocasiões, esses intermediários acrescentam, a essa tarefa, a de “transformadores” para diminuir a intensidade da corrente, a fim de poder ser recebida pelo aparelho mediúnico (médium)


Vejamos, agora, como se dá a comunicação propriamente dita, sob o ponto de vista eletrônico: Precisamos analisar o comportamento da onda de som, combinada com aonda elétrica, fixando bem que, na mediunidade, também se trata de onda, embora seja onda de pensamento.


Estudemos alguns termos de rádio:


Ionte: Quando os elétrons viajam por um gás, têm eles a propriedade de eletrizar os átomos desse gás, que se tornam carregados; passam então a denominar‐seiontes (ou íons). Podemos defini‐los, então, comoátomos (ou radicais) eletricamente carregados.


Os iontes podem ser carregados de eletricidade positiva (formando os cationtes) ou negativa(formando os aniontes). Quanto mais a atmosfera se carrega de iontes, mais ionizada fica, isto é, mais eletrificada. A ionização poderá ser positiva ou negativa.


Durante o dia, a atmosfera fica mais iontizada, e por isso os aparelhos receptores funcionam com menos perfeição, já que, além de receberem a onda hertziana, recebem também as cargas dos iontes, o que produz estática. Havendo à noite menor iontização da atmosfera, por causa da ausência das radiações solares, funcionam melhor os receptores.


Ambiente da sessão: Daí a preferência para o exercício da mediunidade nas horas noturnas, quando há poucos iontes elétricos na atmosfera, já que a mediunidade funciona à semelhança do rádio, e o comportamento das ondas de pensamento ser semelhante ao das ondas hertzianas.


Vibrando intensamente os iontes elétricos produzidos pelas radiações solares, interferem (embora funcionando em faixa de onda mais baixa) nas ondas mais delicadas do pensamento; assim como, de modo geral, as ondas solares luminosas interferem na manifestação dos fluidos magnéticos e no ectoplasma.


Por isso, as sessões de efeitos físicos necessitam de ausência de raios luminosos. Então, para o bom funcionamento de uma reunião mediúnica, é indispensável um ambiente bem iontizado positivamente, por pensamentos elevados. A atmosfera assim carregada facilita as comunicações, já que ativa o campo elétrico‐magnético.


O melhor meio de iontizar o ambiente é manter os acumuladores ligados ao gerador (manter mentes e corações unidos ao Pai) de modo a emitir cationtes, que saturem a atmosfera. Essa emissão é realizada pelospensamentos de amor desinteressado e de prece desinteressada, jamais por preces particulares só para si ou para os seus, nem com amor só por aqueles que estão em contato conosco.


Em contrapartida, os ambientes carregados negativamente, com pensamentos de egoísmo, de discussões, de futilidades, de raivas e personalismos, só permitem reuniões fracas, improdutivas e até perturbadas, delas saindo os participantes em estado pior do que entraram: mais enfraquecidos, com órgãos psíquicos e físicos afetados.


Se não houver ambiente bem iontizado, é melhor não realizar reuniões. Por isso não se deve fazer uma sessão de intercâmbio em qualquer lugar, nem sob pretexto de Caridade. Sim, é caridade dar um copo de leite a um faminto; mas será caridade dá‐lo quando estiver estragado ou envenenado?


Válvula: Vejamos agora o comportamento de uma válvula termoiônica, dessas que utilizamos em nossos radio receptores. Vemo‐la construída de:


a.) um filamento de metal próprio, ligado à corrente elétrica que o esquenta até o rubro (em brasa), estado em que o fio expele de si milhões de elétrons, que têm seu caminho facilitado por causa do vácuo dentro da válvula.


b.) de uma placa de metal, que recebe o jato de elétrons e os encaminha para diante pelo fio, mas não permite que eles voltem ao filamento; assim procedendo,transforma a corrente alternada em corrente direta ou contínua.


c.) nas válvulas mais complexas, entre o filamento e a placa existe uma grade, que tem a finalidade de selecionar o fluxo dos elétrons. Com esses elementos básicos e alguns secundários, é obtida a retificação da corrente e sua ampliação.


O Corpo Pineal: Na caixa craniana temos a principal válvula do corpo humano, que será estudada mais minuciosamente no capítulo da Biologia: o corpo pinealou epífise.


Ainda aí se localiza a grande auxiliar da pineal, que é ahipófise. No resto do corpo encontramos outras válvulas, mas isso é objeto de outra parte do estudo. No entanto, fique claro que, para a comunicação, necessitamos de uma válvula detentora ou retificadora, que é o corpo pineal.


Comparativamente à termoiônica, a pineal funciona recebendo corrente alternada e deixando sair corrente direta. É, pois, uma transformadora de corrente. Mas, ao mesmo tempo age tal qual um transformador de frequência, pois recebe ondas pensamento que de lá saem modificadas em ondas palavra.


Essa modificação da ideação em palavras é constante, no trabalho interno do “eu”, que fornece as ideias à mente abstrata; essas ondas curtíssimas são enviadas do transmissor (coração) e captadas pela pineal (cérebro), sendo aí transformadas em palavras discursivas, em raciocínios, em deduções e induções.


Com a prática desse trabalho constante, embora inconsciente, a pineal exercita‐se para mais tarde, mais amadurecida, poder fazer o mesmo com ideias provenientes de fora, de outras mentes por meio da telepatia.


A pineal, formidável válvula eletrônica, capta asondas‐pensamento, (corrente alternada) e as detecta em ondas discursivas (corrente direta pessoal) trabalhadas pelos lobos frontais do cérebro, e depois traduzidas em som (pelo aparelho fonador), ou em desenhos ideográficos (pelos músculos das mãos).


TÉCNICA DA MEDIUNIDADE
Carlos Torres Pastorino
Originalmente publicado em 1968

Pela Editora Sabedoria

domingo, 17 de julho de 2016

O Velho Mundo

O texto a seguir é um dos últimos artigos do médium Divaldo Franco, publicado na coluna Opinião, no Jornal A Tarde em 5.05.2016, data do seu aniversário e encerra o mês em sua homenagem.1




Retorno, mais uma vez, à Europa, numa sucessão de viagens desde há 31 anos contínuos, para divulgar o Espiritismo. As recordações das cidades formosas e atraentes voltam-me à mente numa comparação com os dias atuais, nos quais, o medo, o desconforto moral, a insegurança fazem-se presentes em, praticamente, todas as cidades, ricas sob os mais variados aspectos e afligidas entre as circunstâncias inesperadas de que são objeto.

Em toda parte quase, são encontradas as marcas do repúdio e do rancor num crescendo assustador. A solidariedade inicial aos sofredores que diariamente atravessam o Mediterrâneo em busca de um lar, de uma nova oportunidade, cede lugar ao ressentimento e ao armamento das emoções que se enclausuram, objetivando a sobrevivência aos infelizes atos de terrorismo.

Rememorando o passado relativamente remoto, vejo as caravelas europeias viajando na direção do Oriente com objetivos imperialistas e dominadores, escravizando populações que foram dizimadas, povos que se transformaram em objeto de cobiça, recursos de toda espécie que foram transferidos para embelezamento e deleite dos poderosos e cultos dominadores.

Esquecidos da cultura de cada raça, das suas origens e destinações, da misericórdia de Deus que a todos nos fez à Sua imagem e semelhança, na essência daquilo que somos, compraziam-se em atormentar e destruir. Hoje experimentam o retorno dos dislates da crueldade. O tema é credor de reflexão, a respeito da Lei de Causa e Efeito, utilizada pelo Espiritismo para explicar as aflições humanas e das sociedades.

O indivíduo é semeador da própria existência e responsável pelos atos que se permite, colhendo conforme a ensementação, porquanto nunca é possível fugir-se da consciência vigilante, mas que, de quando em quando, permanece entorpecida.

Viver, portanto, de acordo com a sublime filosofia do Pensador de Nazaré, Jesus, é de valor inestimável para a construção da própria felicidade.

Penso, então, no mundo de amanhã.


Divaldo Pereira Franco.

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 5.5.2016.
 

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Queda da Bastilha - Vale do Amanhecer

A Música Espírita

Recentemente, na sede da Sociedade Espírita de Paris, o Presidente fez-me a honra de pedira minha opinião sobre o estado atual da música e sobre as modificações que poderiam me trazer a influência das crenças espiritas. Se não acedi em seguida a esse benevolente e simpático apelo, crede bem, senhores, que só uma causa maior motivou a minha abstenção.


  1. Os músicos, ai! São homens como os outros, mais homens talvez, e, a esse título, são falíveis e pecáveis. Eu não fui isento de fraquezas, e se Deus me fez a vida longa a fim de dar o tempo de me arrepender, a embriaguez do sucesso, a complacência dos amigos, as adulações dos cortesãos, freqüentemente, me arrebataram o meio.
Um maestro é uma força, neste mundo onde o prazer desempenha um papel tão grande. Aquele cuja arte consiste em seduzir o ouvido, em abrandar o coração, vê muitas armadilhas serem criadas sob seus passos, e ele nelas cai, o infeliz! Ele se embriaga com a embriaguez dos outros; os aplausos lhe tapam os ouvidos, e ele vai direto ao abismo sem procurar um ponto de apoio para resistir ao arrastamento.


No entanto, apesar de meus erros, tinha fé em Deus; acreditava na alma que vibrava em mim, e, livre de sua carriola sonora, depressa se reconheceu no meio das harmonias da criação e confundiu sua prece com aquelas que se elevam da Natureza ao infinito, da criatura ao ser incriado!


Estou feliz pelo sentimento que minha vinda provocou entre os espíritas, porque foi a simpatia que a ditou, e, se a curiosidade de início me atraiu, é ao meu reconhecimento que devereis a minha apreciação da pergunta que me foi colocada.


Eu estava lá, pronto para falar, crendo tudo saber, quando meu orgulho caindo desvendou-me a minha ignorância. Fiquei mudo e escutei; retornei, e me instruístes, e, quando às palavras de verdade emitidas por vossos instrutores se juntaram a reflexão e a meditação, disse a mim mesmo: O grande maestro Rossini, o criador de tantas obras-primas segundo os homens, não fez, aí senão engrenar algumas das pérolas as menos perfeitas do escrínio musical criado pelo mestre dos mestres.


Rossini reuniu as notas, compôs as melodias, provou a taça que contém todas as harmonias; ele ocultou algumas chamas ao fogo sagrado; mas, esse fogo sagrado nem ele, nem os outros criaram! Nós não inventamos: nós copiamos do grande livro da Natureza e a multidão aplaude quando não tenhamos muito deformado a partitura.


Uma dissertação sobre a música celeste!... Quem poderia disto se encarregar! Que Espírito sobre-humano poderia fazer vibrar a matéria em uníssono com essa arte encantadora? Que cérebro humano, que Espírito encarnado poderia dela retirar as nuanças variadas ao infinito?... Quem possui a esse ponto o sentimento da harmonia?


Não, o homem não foi feito para semelhantes condições! Mais tarde, bem mais tarde! À espera, eu virei, logo talvez, satisfazer ao vosso desejo e vos dar a minha apreciação sobre o estado atual da música, e vos dizer as transformações, os progressos que o Espiritismo poderá nela introduzir. Hoje é muito cedo ainda.


O assunto é vasto, já o estudei, mas me extravasa ainda; quando dominá-lo, se, todavia, a coisa for possível, ou melhor, quando eu o tiver entrevisto tanto quanto o estado de meu espírito me permitir, eu vos satisfarei; mas ainda um pouco de tempo. Se um músico pode sozinho muito falar da música do futuro, deve fazê-lo como mestre, e Rossini não quer falar como escolar.


Rossini (Espírito)


Compilado da Revista Espirita / 1969
Paris, grupo Desliens, 9 de dezembro de 1868
Médium: Sr. Desliens

#681 Semente de sequoia

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Intuição – a voz interior mansa e delicada

Será que ainda temos um potencial inimaginável apenas à espera de ser desbloqueado?Quando você imagina o funcionamento do cérebro humano, a resposta é um sonoro “Sim!O cérebro humano inclui os hemisférios direito e esquerdo. Estes operam em contextos diferentes, pois eles executam funções diferentes.
Na maioria das pessoas, o hemisfério esquerdo é principalmente detalhista, enquanto o hemisfério direito é visualmente orientado e reconhece os padrões.O hemisfério direito reconhece a imagem, a visão geral ou o contexto, enquanto o cérebro esquerdo traduz a imagem em palavras. Quando você olha para alguém que parece ser alguém que conheceu há muito tempo, você reconhece o padrão do rosto desta pessoa bem antes de ouvir o nome.
Você se move para um olhar mais atento, embora tente não encarar e o seu cérebro esquerdo está pensando: “Oh, este é… oh, eu nunca o esquecerei, qual é o seu nome?”O hemisfério esquerdo do cérebro, detalhista, proporciona estas funções:

LógicaPercepção SeqüencialAnálise RacionalPrecisãoA sensação de passagem do tempo em uma velocidade fixa.A tradução de imagens visuais do lado direito em palavras.
O hemisfério direito do cérebro, que reconhece os padrões, proporciona estas funções:

Consciência Espacial – A capacidade de imaginar e de operar no espaço tridimensional.Visão geral da imagem total – o reconhecimento dos padrões de luz, som ou pensamento.Interação com pensamentos em sua forma simbólica e natural.Habilidade artística – Imagens visuais.Habilidade Musical.Memória.A experiência das emoçõesO estado de sonhoA recepção de Impressões intuitivas.
Na educação, o lado esquerdo do cérebro é promovido muito mais do que o direito. Muita atenção é dada à aritmética e habilidades com as palavras, enquanto a arte e a música recebem pouca atenção, e o desenvolvimento intuitivo não recebe nenhuma.Quando você dirige em uma velocidade constante, o seu cérebro direito, com a sua consciência espacial, monitora a estrada à frente para mudanças de padrão. Se você se envolve em uma conversa enquanto dirige, usando as habilidades das palavras do cérebro esquerdo, e algo no padrão do tráfego requer a sua atenção, você tem que mudar o seu foco principal para o seu cérebro direito a fim de lidar com isto. Isto explica por que a conversa pára quando você vai fazer uma curva. A curva não requer tanta atenção, mas exige toda uma mudança dos lados do cérebro, então, a conversa pára neste curto espaço de tempo.A música ressoa naturalmente com o lado direito da mente. Alguma vez você já cantou as músicas dos anos dourados, aquelas que você não ouvia há anos? Você não se surpreendeu com quantas das letras se lembrou? Como conseguiu lembrar, linha após linha, a letra que não ouvia há anos? A resposta se encontra no lado direito do cérebro que se lembra da letra. Quando você ouvia a música, ela tocava no lado direito do seu cérebro e ficou automaticamente armazenada na memória do lado direito do cérebro, à espera de ser recordada, às vezes, décadas mais tarde.O desenvolvimento do lado direito do cérebro pode incluir habilidades artísticas e musicais, o que pode ser usado para fazer com que o seu ambiente imediato pareça belo.Para ver como as habilidades da arte ligam o lado direito do cérebro, tente desenhar uma imagem de sua mão esquerda, só que sem olhar para o papel em que você está desenhando.
Quando a sua mão direita desenha o esboço de sua mão esquerda no papel, haverá um ponto em que o seu pensamento vira para o lado direito do cérebro. Provavelmente, você começará o desenho em um estilo linear que prefere linhas retas e simples, e, então, de repente, muda para um estilo mais complexo que vê todas as curvas e detalhes, aprecia a sua beleza e começa a incluí-los.A qualidade de vida pode ser melhorada intensamente com mais atenção do lado direito do cérebro. Imagine o luxo de viver em um mundo onde as comunidades são projetadas para acalmar os seus sentidos e inspirá-lo com as visões, sons e cheiros de um ambiente bonito.Sua conexão espiritual é desenvolvida através do lado direito do cérebro. A meditação proporciona a paz interior e o desenvolvimento da intuição, o que, por sua vez, fornece insights necessários para a jornada de sua vida.Quando a atividade do lado direito do cérebro é reforçada, o seu funcionamento normal ocorre mais em todo o cérebro, e ambos os hemisférios começam a ser usados em equilíbrio. Os dois hemisférios do cérebro estão ligados por uma banda larga de tecido nervoso chamado de corpo caloso. Esta faixa de ligação do tecido é maior nas mulheres do que nos homens, surgindo a questão:“No que as mulheres são conhecidas por terem mais do que os homens?”Poderia haver muitas respostas a esta pergunta – habilidades como perseverança durante as compras, manterem longas conversas significativas e principalmente, serem capazes de pedir indicações quando perdidas!Entretanto, a maior diferença está na intuição das mulheres. Não é que os homens não tenham intuição, é apenas que as mulheres tendem a ter mais dela.A fim de desenvolvermos as nossas habilidades latentes, e o nosso potencial espiritual, precisamos sentir o nosso caminho para uma experiência mais profunda com o lado direito do cérebro orientado para o sentimento, assim como consideramos o nosso caminho no desenvolvimento do lado esquerdo do cérebro orientado para a palavra.Precisamos nos acostumar a usar a linguagem do lado direito do cérebro.
O lado direito do cérebro usa os símbolos e imagens, não palavras. Os símbolos podem ser visuais, e eles podem ser pacotes de informações completas – através de bolas, que são imagens inteiras contendo pensamentos e sentimentos.Operar no lado direito do cérebro significa compreender conceitos sem palavras, senti-los, conhecê-los, deixando que a lógica do lado esquerdo do cérebro espere até que a nossa sabedoria tenha tido a chance de se tornar mais do que ela era antes.Se você é novo na arte de prestar atenção a sua intuição, então, precisará de um pouco de prática, antes que a proficiência seja alcançada. Suas tentativas iniciais podem parecer falhas, mas isto é de se esperar no início.Pratique, sendo receptivo à “voz interior mansa e delicada” de sua intuição. Quanto mais você prestar atenção as suas percepções intuitivas, mais você irá perceber o quanto elas são profundamente corretas.A Prática faz a perfeição, e você irá alcançar bons resultados muito mais cedo do que possa esperar. Basta manter o controle de todas as suas idéias, e com um pouco de prática dedicada, você irá se surpreender com a sua exatidão.Fonte – http://www.spiritualdynamics.netTradução – Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.brEsta mensagem ressoou com você? Então compartilhe para nos ajudar a divulgar as mensagens dos Seres de Luz

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terça-feira, 5 de julho de 2016

#677 Poder e vontade de salvar

A Cidade de Deus e a Cidade do Homem







“Voz de Cristo, voz misteriosa da graça que ressoais no silêncio dos corações, Vós murmurais no fundo das nossas consciências palavras de doçura e de paz. Às nossas misérias presentes repetis o conselho que o Mestre dava frequentemente durante a sua vida mortal: confiança, confiança”.


Pe. David Francisquini


São Paulo Apóstolo — na primeira Epístola aos Tessalonicenses — distingue no ser humano o corpo, a alma e o espírito, enquanto em outras epístolas ele se refere apenas ao corpo e à alma, como costuma ser apresentado o ser humano na filosofia aristotélico-tomista. Ao tomar a divisão do homem em três partes, o Apóstolo atendia com certeza à mentalidade e à concepção helenistas de então.




Por ser próvido, Deus protege o homem, dispensando-lhe graças e ajuda, porque a qualquer momento o mal pode se abater sobre ele, tanto na alma quanto no corpo. Com bondade de Pai, Ele fala no fundo de seus corações palavras de confiança e de serenidade, conforme escreve o Abbé Thomas de Saint-Laurent em seu Livro da Confiança:





“Voz de Cristo, voz misteriosa da graça que ressoais no silêncio dos corações, Vós murmurais no fundo das nossas consciências palavras de doçura e de paz. Às nossas misérias presentes repetis o conselho que o Mestre dava frequentemente durante a sua vida mortal: confiança, confiança”.





Convém ressaltar que em outra passagem das Sagradas Escrituras, Deus dá a entender que o germe de deterioração, como a cabeça de alfinete, pode aflorar com frequência nas regiões misteriosas do homem: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz e mais penetrante do que toda espada de dois gumes; chega até à separação da alma e do espírito, das junturas e das medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração. Não há nenhuma criatura invisível em Sua presença mas todas as coisas estão a nu e a descoberto, aos olhos daquele a quem falamos” (Hb. 4,12).





Deus, onisciente e sábio, desvenda os pensamentos humanos e penetra — para empregar a palavra dos Salmos — em seus próprios rins. Para discorrer sobre essas regiões insondáveis do homem, onde nascem as ideias e as resoluções, valemo-nos do velho Simeão ao se referir a Maria Santíssima: “E uma espada traspassará a tua alma, a fim de se descobrirem os pensamentos escondidos nos corações de muitos” (Lc. 2,35).





Confrontando os textos acima, ao utilizar a figura da espada que penetra até a medula ou junção da alma e do espírito, pode-se verificar a existência de uma região misteriosa na qual se originou sua imensa e profunda dor pela maldade dos homens. É aí que o processo revolucionário, pelos atrativos do mundo, não mede esforços para desordenar as paixões humanas.






Por sua grandeza e excelência, o homem aspira pelo maravilhoso, pelo esplendor e pelas harmonias dos conceitos denominados transcendentaisunum, bonum, verum e pulchrum. A sua própria constituição ontológica tende para Deus e para tudo que espelha e reflete as perfeições divinas na criação. Tomemos o exemplo de uma criança inocente.





Ela gosta de ouvir contos de fadas, de princesas, de palácios e castelos, de se admirar com eles; idem em relação aos jardins, às flores e às fontes; ela propende a cavalgar o épico e o maravilhoso da vida. Para desviá-la dessas tendências, a Revolução cria desenhos animados monstruosos, brinquedos obscenos que são verdadeiros monstros, velocidades siderais para quebrá-la psicologicamente.





A criança torna-se agitada, nervosa e dominada por torcidas, perdendo assim as referências do respeito, do acatamento e da docilidade. Poder-se-iam acrescentar ainda as inúmeras alusões aos divertimentos eletrônicos, ao mundo virtual com experiências de novas sensações e cacofonias, que vão atuando nessas regiões profundas de sua alma, destemperando-a, desequilibrando-a para a vida.





As crianças assim deformadas rompem com a sua axiologia — isto é, com a ordem das coisas, que é naturalmente boa — e caminha rumo à negação de Deus. Este processo começa o mais das vezes em palavrões, violências e intemperanças de toda ordem. Isso se passa, voltamos a repetir, nas camadas mais profundas da alma.





A partir de então, o caminho para a ação preternatural, ou seja, diabólica, fica aberto para os inimigos de Deus através de uma nova forma no vestir-se, na maneira de se comportar e se expressar, no ver e julgar a realidade, resultando no rompimento do cristal da inocência que comprometerá o procedimento da pessoa.






Pelos novos hábitos, peca-se sem se dar conta de que se está distanciando da fé, de suas relações com Deus, com a Igreja, com o mundo criado no que ele tem de ordenado e deslumbrante. Perde-se também o equilíbrio na vida familiar, onde o pai representa o rei e a mãe, a rainha; quebra-se a harmonia no convívio e cada um vai se refugiar em seu próprio egoísmo.




Peca-se por não se viver segundo os ditames da fé e da prática da verdadeira caridade cristã, ao adotar valores de uma dita cultura que prestigia o orgulho e a sensualidade. Um exemplo: a Ideologia de Gênero que vem sendo imposta em todo o mundo, inclusive no Brasil. Todos esses males conduzem a pessoa a incorrer na presunção de conquistar o Céu sem nada fazer ou aprender para alcançar tão sublime benefício. E, ainda pior, leva a pessoa a cair no desespero da própria salvação eterna.




Trabalho árduo e meticuloso, levado a cabo pelos asseclas de Satanás no processo multissecular, iniciado com a decadência da Idade Média, período histórico mais próximo da Cidade de Deus. Os referidos asseclas de Satanás transformaram-na na Cidade do Homem, em cujos profundos abismos nós hoje nos encontramos.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Formação dos mundos


Na formação do planeta Terra, juntamente com outros mundos dispersos pelo espaço, foram estruturados também elementos etéricos, que constituíram a forma fluídica dos mundos. A matéria primitiva e a dela derivada vibram em vários campos ou dimensões.


Na formação do planeta, sob a amorável orientação da consciência cósmica de Jesus, foram também estruturadas as várias camadas dimensionais que compõem a realidade energética dos mundos. Os espíritos processam sua evolução ao longo dos milênios tanto na parte mais densa ou física quanto na parte extrafísica, que constitui a realidade energética da criação.



Tanto a parte física ou materializada como as dimensões paralelas que circundam as crostas dos mundos dispersos na amplidão estão estuantes de vida e movimento, constituindo campo abençoado de aprendizado para as consciências em processo de evolução. Interpenetrando-se e irradiando-se a partir da matéria densa que constitui os mundos ou planetas materiais, outros mundos existem, estruturados em matéria sutil, imperceptíveis ainda pelos instrumentos da tecnologia humana.



Esses mundos astrais, sutis ou energéticos circundam a camada densa e material dos planetas. Quaisquer que sejam os nomes que se dêem a essas dimensões ou campos vibratórios, a realidade é que eles existem e sempre serão parte integrante dos mundos.


Isso nos esclarece também certos fatos relativos à habitação de outros mundos dispersos no cosmos. Os conceitos humanos em relação aos corpos de manifestação de outras inteligências, habitantes desses mesmos mundos, são limitados. Esses corpos são adaptados à forma e dimensão da esfera física ou espiritual em que se encontram, em matéria que vibra em faixas diferentes da que constitui o vosso mundo.


No que diz respeito à formação e construção das estruturas que deram origem ao vosso Sistema Solar, a mente do Cristo coordenou todas as atividades realizadas durante eras.


De acordo com planos predeterminados, influiu com a sua vontade na matéria cósmica dispersa pela imensidade, condensando-a sob o influxo de seu poder, sempre de acordo com as leis sábias estatuídas pela Suprema Consciência, que chamamos de Deus e Pai.


A matéria fundamental com a qual trabalhou a mente crística e seus prepostos, na formação dos mundos, já existia anteriormente, criada diretamente pela vontade suprema do Todo-Poderoso.


“Matéria fundamental – Conforme se pode ler na resposta à questão 39 de O Livro dos Espíritos, "(...) os mundos se formam pela condensação da matéria espalhada no espaço", afirmação que coincide com as constatações recentes da física. Marcelo Gleiser, físico brasileiro, diz que "somos filhos das estrelas" (1997)”.


O Cristo, responsável pela formação do vosso sistema, utilizando-se de seu potencial de co-criador, o verbo ou a força divina, modificou o estado de repouso desse fluido primordial, imprimindo-lhe movimento, e atuou diretamente nos domínios atômicos e subatômicos do fluido universal.


Preencheu esse fluido com a sua própria força ou energia que passou a ser o impulso para o desenvolvimento e a manutenção das formas materiais e fluídicas ou energéticas dos mundos formados durante os milênios de evolução. Traçou as dimensões do vosso sistema de acordo com o que se pode chamar de dimensões de sua própria aura.


No Plano Cósmico isso corresponde à distância até o último dos mundos do vosso sistema cosmogônico. Estabeleceu assim, a sob sua amorável influência, o campo de evolução das almas que estavam sob sua paternal proteção.


Por meio da ação e da presença do Cristo Cósmico, o responsável espiritual pela evolução da vida no mundo, podemos ter uma idéia mais aproximada da grandeza de Deus, pois ele, o Cristo, existe, age e atua no mundo como representante do Pai, trazendo-nos uma imagem do Absoluto, que se reflete em sua própria natureza.


Desde longas eras a representação da Divindade foi associada ao astro solar. No Sistema Solar, o Sol é o centro irradiante de vida, e, por seu magnetismo cósmico, mantém os mundos de seu sistema em relação direta com ele próprio. Dessa forma, pode-se compreender como a atividade do Cristo, representante da Divindade, sempre foi associada ao Sol, que se tornou seu símbolo.


Embora suas características se assemelhem às da estrela de vosso sistema, sua existência e atuação está mais acima e além dos limites físicos ou dimensionais desse mesmo sistema planetário, atuando em níveis de consciência que, por enquanto, são inconcebíveis para a humanidade terrestre. Ele é a "expressa imagem da Divindade", segundo a interpretação do apóstolo Paulo.


Compilado do livro Gestação da Terra

Autor: Alex Zarthu (espírito) e Robson Pinheiro