BIOGRAFIA IRMÃ
SCHEILLA
Na Colônia
Espiritual Alvorada Nova, Scheilla desenvolve um trabalho forte e muito amplo
com dedicação ímpar, coordenando quatorze equipes cujos coordenadores formam
com ela o Conselho da Casa de Repouso, o qual se reúne periodicamente para
decidir as questões pertinentes a Casa. Após essas reuniões, Scheilla
encaminha a Cairbar Schutel o comunicado de suas atividades. Sua
administração direta no Hospital foi estipulada há muito tempo pela
Espiritualidade Superior. À equipe de trabalho de Scheilla ligam-se muitos
encarnados para a consecução da cura espiritual nos dois planos da vida.
ENCARNAÇÕES DE SCHEILLA
Tem-se
notícias apenas de duas encarnações de Scheilla: uma na França, no século
XVI, e outra na Alemanha.
Na existência francesa, chamou-se Joana Francisca Frémiot, nascida em Dijon a
28/01/1572 e desencarnada em Moulins a 13/12/1641. Ficou conhecida como Santa
Joana de Chantal (canonizada em 1767) ou Baronesa de Chantal. Casara-se, aos
20 anos, com o Barão de Chantal. Tendo muito cedo perdido seu marido, passou
a dedicar-se à obras piedosas e orações, juntamente com os deveres de mãe
para com seus 4 filhos.
Fundou, em 1604, juntamente com o Bispo de Genebra, S. Francisco de Salles,
em Annecy, a Congregação da Visitação de Maria, que dirigiu como superiora de
1612 a 1619, no bairro pobre de Santo Antônio em uma pequena casa alugada em
Paris. Passaram por grandes necessidades, mas a Ordem da Visitação foi
aumentando e superou todos os problemas. Em 1619, São Vicente de Paulo ficou como
superior do Convento da Ordem da Visitação. Santa Joana de Chantal deixou o
cargo de superiora e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da ordem. A
Santa várias vezes tornou a ver São Vicente de Paulo, seu confessor e diretor
espiritual. À data de sua morte a Congregação da Visitação de Maria contava
com 87 conventos e, no primeiro século, com 6.500 religiosos. A 13 de
dezembro de 1641 ela veio a falecer.
A
outra encarnação conhecida de Scheilla, verificou-se na Alemanha. Com a
guerra no continente Europeu, aflições e angústias assolaram a cidade de
Berlim, na Alemanha, onde Scheilla atuava como enfermeira. Seu estilo
simples, sua meiguice espontânea, muito ajudavam em sua profissão. Bonita,
tez clara, cabelo muito louro, que lhe davam um ar de graça muito suave. Seus
olhos, azuis-esverdeados, de um brilho intenso, refletiam a grandeza de seu
Espírito. Estatura mediana, sempre com seu avental branco, lá estava Scheilla,
preocupada em ajudar, indistintamente. Esquecia-se de si mesma, pensava
somente na sua responsabilidade. Via primeiro a dor, depois a criatura...
Numa tarde de pleno combate, desencarna Scheilla, a jovem enfermeira. Morria
no campo de lutas, aos 28 anos de idade.
Muitos anos depois, surgia nas esferas superiores da espiritualidade, com o
seu mesmo estilo, aprimorado carinho e dedicação, Scheilla, a Enfermeira do
Alto!
TRABALHO ESPIRITUAL NO BRASIL
Tudo
indica que Scheilla vinculou-se, algum tempo após a sua desencarnação em
terras alemãs, às falanges espirituais que atuam em nome do Cristo, no
Brasil.
Peixotinho, em Macaé-RJ, iniciou um trabalho de orações para as vítimas da
Segunda Grande Guerra. Foi então que, de repente, chegou lá e se materializou
um espírito chamado Rodolfo, que contou que era de uma família legitimamente
espírita, morando na Alemanha. Ele teve que servir na guerra como
oficial-médico e o pai dele, Dr. Fritz, muito reservado, educado, severo,
muito autêntico, que passou muitas idéias humanitárias aos filhos, havia lhe
dito: - Matar nunca. Ao que Rodolfo respondeu: - Pai, não é isso, vou servir
como médico.
Pois bem, em certa ocasião, o Dr. Rodolfo foi chamado como oficial para
integrar um pelotão de fuzilamento. Ele, então, disse: - A minha missão é salvar,
não matar. E, de acordo com o regulamento militar, ele passou a ser
considerado criminoso, porque deixou de servir à pátria, pois a pátria pedia
a ele que matasse alguém e ele se negou. Então, disseram-lhe: - Já que você
não vai executar esse homem, você vai ficar junto dele para morrer como um
traidor. E ele foi fuzilado na mesma hora. A essa altura, manifestou-se
(espiritualmente) ao pai e disse: - Pai, já estou na outra dimensão da vida.
Cumpri a palavra empenhada: não matei, preferi morrer. Para que não
continuasse no ambiente de guerra, foi amparado espiritualmente no Grupo
Espírita Pedro (Macaé-RJ).
Peixotinho, por ter sido militar, em razão justa, como espírita, tinha esse
trabalho de preces em benefício das vítimas de guerra e pela paz. E esses
fatos se deram no auge da Segunda Guerra Mundial, quase no final.
Certo dia, Rodolfo (espírito) disse, assim, no Grupo de Oração do Peixotinho:
- Orem por minha irmã, ela está correndo perigo. E como a voz do alemão,
através da voz direta por ectoplasmia, não era bem nítida, um sotaque
carregado, a pronúncia do nome da sua irmã não saía boa, ao invés de
Scheilla, saía Ceila. Passado alguns dias ele disse: - Minha irmã acabou de
desencarnar. Foi vítima de bombardeio da aviação. Ela e meu pai desencarnaram.
Dias depois, para agradável surpresa da equipe, materializou-se uma jovem
loura e disse: - Eu sou Scheilla. Foi muita alegria! Os irmãos ficaram cheios
de júbilos espirituais.
Conta-nos R. A. Ranieri que, numa das primeiras reuniões de materialização,
iniciadas em 1948 pelo médium “Peixotinho”, surgiu a figura caridosa de
Scheilla. Em Belo Horizonte, marcou-se uma pequena reunião que seria
realizada com a finalidade de submeter a tratamento Dona Ló de Barros Soares,
esposa de Jair Soares. No silêncio e na escuridão surgiu a figura luminosa de
mulher, vestida de tecidos de luz e ostentando duas belas tranças, era
Scheilla. Nas mãos trazia um aparelho semelhante a uma pedra verde-claro, ao
qual se referiu dizendo tratar-se de um emissor de radioatividade, ainda
desconhecido na Terra. Fez aplicações em Dona Ló. Depois de alguns minutos,
levantou-se da cadeira e proferiu uma belíssima pregação evangélica com
sotaque alemão e voz de mulher. Em vários grupos espíritas brasileiros, além
de sua atuação na assistência à saúde, sempre se caracterizou em trazer às
reuniões certos objetos, deixando no recinto o perfume de flores que lhe
caracterizam.
Na obra "Chico Xavier - 40 Anos no Mundo da Mediunidade" de Roque
Jacintho, encontramos o seguinte depoimento: "Chico aplicava passes. Ao
nosso lado, ocorreu um ruído, qual se algum objeto de pequeno porte tivesse
sido arremessado, sem muita violência. (- Jô - disse um médium - Scheilla
deu-lhe um presente). Logo mais, procuramos ao nosso derredor e vimos um
caramujo grande e adoravelmente belo, estriado em deliciosas cores.
Apanhamo-lo, incontinenti, e verificamos nele água marítima, salgada e
gelada, com restos de uma areia fresca. Scheilla o transportara para nós.
Estávamos a centenas de quilômetros de uma nesga de mar, em manhã de sol
abrasador que crestava a vegetação e, em nossas mãos, o caramujo que o
Espírito nos ofertara, servindo-se da mediunidade de Chico!" "Na
assistência reduzida, estava presente um cientista suíço, materialista, que
ali viera ter por insistência de seus familiares. Scheilla, em sotaque
alemão, anunciou: - Para nosso irmão que está ali - indicava o suíço -, vou
dar o perfume que a sua mãezinha usava, quando na Terra. Despertou-lhe um
soluço comovido, pela lembrança que se lhe aflorou à memória, recordando a
figura da mãezinha ausente.”
Tempos depois, um outro raro instante se deu com a presença de Scheilla.
"Bissoli, Gonçalves, Isaura, entre outros, compunham a equipe de
beneficiados, agrupando-se numa das salas da casa de André, tendo Chico se
retirado para o dormitório do casal, onde permaneceria em transe mediúnico.
Uma onda de perfume, corporifica-se Scheilla, loira e jovial, falando com seu
forte sotaque alemão. Bissoli estabeleceu o diálogo:
- Eu me sinto mal - diz Bissoli - Você - informou Scheilla - come muita
manteiga Bissoli. Vou tirar uma radiografia de seu estômago. A pedido, nosso
companheiro levantou a camisa. O espírito corporificado aproxima-se e
entrecorre, num sentido horizontal, os seus dedos semi-abertos sobre a região
do estômago de nosso amigo. E tal se lhe incrustassem uma tela de vidro no
abdômen, podíamos ver as vísceras em funcionamento. - Pronto! - diz Scheilla,
apagando o fenômeno. - Agora levarei a radiografia ao Plano Espiritual para
que a estudem e lhe dêem um remédio.”
QUEM É NA VERDADE SCHEILLA?
Certo
dia, em mensagem psicografada, assim se expressou Cairbar Schutel a seu
respeito:
"Scheilla é, para mim, um verdadeiro exemplo de fé, de perseverança, de
humildade e, sobretudo, de muito amor. Quem dera pudéssemos todos nós ter uma
pequenina parcela de seu infinito desejo de amar! Scheilla vivencia o amor em
sua plenitude, fazendo da cura a sua verdadeira face. Ama e trabalha diuturnamente
pelo próximo. Outra não foi à recomendação de Jesus quando esteve entre nós!
Outra não é a recomendação dos Espíritos que orientaram Allan Kardec na obra
de Codificação!"
Esta Mentora trabalha igualmente na linha do
Vale do Amanhecer
Fonte: Centro Espírita Irmã Scheilla - Curitiba (PR) e GLASER,
Abel. Alvorada Nova, pelo espírito de Cairbar Schutel.
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